A poucas horas do fim de 2006 e do nascimento de 2007, saudamos todos os ribeirenses - presentes e ausentes da terra de Óis da Ribeira, a terra que nos viu nascer ou nos acolheu.
O ano que acabou trouxe mágoas e alegrias para todos. Vivamos intensamente estas e esqueçamos o que de menos bom fez emoções, sons e cheiros do nosso dia-a-dia. Passámos mais um ano, estamos mais experientes, saibamos e sejamos capazes de ser melhores em 2007!!!
ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
31 dezembro 2006
30 dezembro 2006
||| SADDAM ENFORCADO !!!
Saddan Hussein foi enforcado. Não abri uma garrafa de champanhe há poucos dias, quando faleceu Augusto Pinochet. nenhuma morte de um ser humano me alegra, mesmo que se trate de um torcionário. Qualquer manifestação de regozijo pelo desaparecimento de alguém torna-nos moralmente equivalentes ao pior que existe na nossa espécie. Por este motivo, também não sinto nenhuma satisfação pela execução de Saddam Hussein, ocorrida esta noite: sem sequer discutir os aspectos processuais do caso, que aliás me parecem muito duvidosos, começo desde logo por contestar a chocante falta de justiça por detrás de cada execução "judicial". E lembrar honrosos precedentes históricos que deviam ter deixado rasto: a pena de morte decretada a Pétain no pós-guerra, de imediato comutada por De Gaulle; a execução a que foi poupado Ezra Pound, como colaboracionista do fascismo, na sequência dos apelos de várias dezenas de intelectuais, com Hemingway à cabeça. Tantas décadas depois, recuámos em termos civilizacionais. Que satisfação podemos sentir com isto?
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=756721&div_id=291
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=756721&div_id=291
29 dezembro 2006
||| A MORTE DE SADDAM HUSSEIN E A INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DO ABORTO
No domínio dos valores, não devemos ser relativistas. A vida humana é um valor absoluto: sou radicalmente contra a pena de morte.
A sentença capital decretada ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein - por mais execrável que tenha sido o seu regime e por maior "canalha" que ele próprio fosse no exercício do seu poder despótico - fere os mais elementares princípios civilizacionais, tornando os seus juízes e algozes numa espécie de equivalente moral do antigo tirano. Nenhum dos crimes cometidos por Saddam, por mais repugnantes que tenham sido, poderá ser reparado com a sua execução, ditada pela "justiça dos vencedores", neste caso equivalente a pura vingança, mesmo que camuflada pela necessária respeitabilidade de um tribunal.
Não devemos ser magnânimos com os ditadores, mas devemos ainda menos imitá-los nos instintos carniceiros. O respeito por uma vida humana, seja ela qual for, deve funcionar sempre como linha divisória entre a civilização e a barbárie. E não me venham dizer que tudo isto é relativo. Porque não é.
E a propósito, o que tem isto a ver com a interrupção voluntária de gravidez. Temos pena de um ditador-assassino e não temos opinião sobre um ser vivo?! Sim ou não?
A sentença capital decretada ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein - por mais execrável que tenha sido o seu regime e por maior "canalha" que ele próprio fosse no exercício do seu poder despótico - fere os mais elementares princípios civilizacionais, tornando os seus juízes e algozes numa espécie de equivalente moral do antigo tirano. Nenhum dos crimes cometidos por Saddam, por mais repugnantes que tenham sido, poderá ser reparado com a sua execução, ditada pela "justiça dos vencedores", neste caso equivalente a pura vingança, mesmo que camuflada pela necessária respeitabilidade de um tribunal.
Não devemos ser magnânimos com os ditadores, mas devemos ainda menos imitá-los nos instintos carniceiros. O respeito por uma vida humana, seja ela qual for, deve funcionar sempre como linha divisória entre a civilização e a barbárie. E não me venham dizer que tudo isto é relativo. Porque não é.
E a propósito, o que tem isto a ver com a interrupção voluntária de gravidez. Temos pena de um ditador-assassino e não temos opinião sobre um ser vivo?! Sim ou não?
28 dezembro 2006
||| DESABAFO DE NATAL A PROPÓSITO DE TELEMÓVEIS E DOS SERVIÇOS QUE PAGAMOS E NÃO TEMOS
Ontem enviei 4 fotos do telemóvel para o meu e-mail da Netcabo. Como não chegaram, apesar de ter recebido um relatório da TMN a dizer que estavam entregues, telefonei a reclamar. Disseram-me que o problema não era deles, mas sim do servidor de Internet. Explicaram-me que eles, TMN, enviam as mensagens para o servidor, no caso a Netcabo, que as distribui. Portanto, a culpa seria deles, servidor de Internet.
Aconselharam-me a ligar para a Netcabo, ao que respondi que era um pouco estranho ir reclamar à Netcabo de um serviço que pago à TMN. Telefonei para a Netcabo. Expliquei o que vos acabei de contar. Disseram-me que não, que a culpa não seria deles, antes da TMN… Perguntei como fazer para uma reclamação. Deram-me o endereço electrónico para as queixas e reclamei para lá. Passado umas duas horas, recebi esta resposta da Netcabo:
“Estimado Cliente: Na sequência do seu contacto, que desde já agradecemos, comunicamos que para procedermos à análise da ocorrência, necessitamos que nos reenvie, por favor, o presente e-mail com a seguinte informação:
- Nº. de Cliente.
- Nº. de Bilhete de Identidade.
- Nº. de Identificação Fisca.
- Nº. de série do equipamento (encontra-se na zona inferior do equipamento).
- Mac-Adress (número que se encontra na zona inferior do equipamento)
- Serviço que possui.”
Não acham estranho que a empresa que me vendeu o modem e me cobra religiosamente a factura mensal não saiba os meus números fiscal, de cliente, série do equipamento e MAC (seja lá isso o que for) nem, sequer o serviço que possuo (e que eles me prestam e de que se fazem cobrar)? Acham isto normal? Ou será isto só para irritar o parceiro? Desculpem, mas não há espírito natalício que aguente: Vão todos dar uma volta!!!
Aconselharam-me a ligar para a Netcabo, ao que respondi que era um pouco estranho ir reclamar à Netcabo de um serviço que pago à TMN. Telefonei para a Netcabo. Expliquei o que vos acabei de contar. Disseram-me que não, que a culpa não seria deles, antes da TMN… Perguntei como fazer para uma reclamação. Deram-me o endereço electrónico para as queixas e reclamei para lá. Passado umas duas horas, recebi esta resposta da Netcabo:
“Estimado Cliente: Na sequência do seu contacto, que desde já agradecemos, comunicamos que para procedermos à análise da ocorrência, necessitamos que nos reenvie, por favor, o presente e-mail com a seguinte informação:
- Nº. de Cliente.
- Nº. de Bilhete de Identidade.
- Nº. de Identificação Fisca.
- Nº. de série do equipamento (encontra-se na zona inferior do equipamento).
- Mac-Adress (número que se encontra na zona inferior do equipamento)
- Serviço que possui.”
Não acham estranho que a empresa que me vendeu o modem e me cobra religiosamente a factura mensal não saiba os meus números fiscal, de cliente, série do equipamento e MAC (seja lá isso o que for) nem, sequer o serviço que possuo (e que eles me prestam e de que se fazem cobrar)? Acham isto normal? Ou será isto só para irritar o parceiro? Desculpem, mas não há espírito natalício que aguente: Vão todos dar uma volta!!!
27 dezembro 2006
||| A ODISSEIA DOS PREÇOS EM 2007
Vamos pagar mais 2,1% pelos transportes públicos, 6% pela electricidade, 1 a 5% pelos medicamentos, mais pelos combustíveis, mais (muito mais) pelo tabaco, aumentam as taxas de juro e por aí fora. Os ordenados, esses, não aumentam (para os privados) ou aumentam uma ridicularia face à inflação (para os funcionários públicos). Feliz 2007.
É assim que, de acordo com o primeiro-ministro, caminhamos passo a passo para a recuperação colectiva. Só é pena que, individualmente, corramos a passo de corrida para um saldo negativo permanente na conta bancária. Podem já não existir amanhãs que cantam mas, pelo menos, ainda há políticos dotados para o canto lírico.
Dizem-me que José Sócrates escolhe o prato dos almoços da sua entourage, o que todos comem. Faz sentido. Nós também acabamos por engolir o que ele nos impõe. Em alguns casos, infelizmente, apenas as migalhas que restam sobre a mesa.
É assim que, de acordo com o primeiro-ministro, caminhamos passo a passo para a recuperação colectiva. Só é pena que, individualmente, corramos a passo de corrida para um saldo negativo permanente na conta bancária. Podem já não existir amanhãs que cantam mas, pelo menos, ainda há políticos dotados para o canto lírico.
Dizem-me que José Sócrates escolhe o prato dos almoços da sua entourage, o que todos comem. Faz sentido. Nós também acabamos por engolir o que ele nos impõe. Em alguns casos, infelizmente, apenas as migalhas que restam sobre a mesa.
26 dezembro 2006
||| RAZÃO DE SER DO NATAL!!!
O Natal português está cheio de rituais hipócritas. Políticos e eclesiásticos não resistem ao poder da comunicação das rádios e televisões para fazerem, tal como o Papa, a suas bênçãos “urbi et orbi”, ou às visitas natalícios ao pobrezinhos, velhotes e demais desfavorecidos, houve mesmo um autarca que deu um jantar para os desfavorecidos.
Chega o Ano Novo e volta a suceder o mesmo, e lá vamos ver alguns governantes a passar a noite ao lado dos que são forçados a trabalhar, é muito provável que o ministro da Administração Interna vá acompanhar a BT, o ministro da Defesa o faroleiro das Berlengas e por aí adiante. A importância destes rituais é tão importante que até têm o seu próprio protocolo, o primeiro-ministro serve-nos o peru de Natal, o Presidente da República dá-nos as passas para a noite de Ano Novo.
A tendência é para que os políticos nos deixem descansados na noite de Natal, talvez seja uma consequência do espectáculo ridículo que Bush deu ao mundo quando no Dia de Acção de Graças foi ao Iraque oferecer um perú de plástico. Mas se os políticos andam mais comedidos, os eclesiásticos deram este ano um triste espectáculo ao assumirem-se como mullahs, houve mesmo um tal D. João que se esqueceu que estava no Porto e falou como se estivesse falando para talibans nas montanhas do Afeganistão.
Aos rituais políticos e eclesiásticos seguem-se as reportagens televisivas do costume, ficamos sempre a saber que para os comerciantes este Natal foi pior do que o anterior, temos a oportunidade de conhecer mais um ou dois tenentes da GNR promovidos a relações públicas da guardal, mostram-nos as prisões desertas graça às precárias e visitamos uma ou duas aldeias ara conhecer as suas tradições. No fim acabamos (quase) todos de bandulho cheio, com mais três quilos de gorduras várias e com as mesas cheias de comida para despachar numa semana em que se trabalha um pouco menos, para depois libertarmos as toxinas de todo ano, dissolvidas em champanhe e fogo de artifício na noite de Ano Novo.
É assim pelo país fora e também, obviamente, em Ois da Ribeira!!
Chega o Ano Novo e volta a suceder o mesmo, e lá vamos ver alguns governantes a passar a noite ao lado dos que são forçados a trabalhar, é muito provável que o ministro da Administração Interna vá acompanhar a BT, o ministro da Defesa o faroleiro das Berlengas e por aí adiante. A importância destes rituais é tão importante que até têm o seu próprio protocolo, o primeiro-ministro serve-nos o peru de Natal, o Presidente da República dá-nos as passas para a noite de Ano Novo.
A tendência é para que os políticos nos deixem descansados na noite de Natal, talvez seja uma consequência do espectáculo ridículo que Bush deu ao mundo quando no Dia de Acção de Graças foi ao Iraque oferecer um perú de plástico. Mas se os políticos andam mais comedidos, os eclesiásticos deram este ano um triste espectáculo ao assumirem-se como mullahs, houve mesmo um tal D. João que se esqueceu que estava no Porto e falou como se estivesse falando para talibans nas montanhas do Afeganistão.
Aos rituais políticos e eclesiásticos seguem-se as reportagens televisivas do costume, ficamos sempre a saber que para os comerciantes este Natal foi pior do que o anterior, temos a oportunidade de conhecer mais um ou dois tenentes da GNR promovidos a relações públicas da guardal, mostram-nos as prisões desertas graça às precárias e visitamos uma ou duas aldeias ara conhecer as suas tradições. No fim acabamos (quase) todos de bandulho cheio, com mais três quilos de gorduras várias e com as mesas cheias de comida para despachar numa semana em que se trabalha um pouco menos, para depois libertarmos as toxinas de todo ano, dissolvidas em champanhe e fogo de artifício na noite de Ano Novo.
É assim pelo país fora e também, obviamente, em Ois da Ribeira!!
25 dezembro 2006
||| PORQUE HOJE É DIA DE NATAL!!!
Porque hoje é dia de Natal, clique no endereço do You Tube e veja. É uma maravilha e a prenda de Natal para si, que tem a maçada de ver o Contra d´Ois. A todos os visitantes, aqui deixamos os renovados votos de Boas Festas e de um Feliz Natal com esta deliciosa e comovente animação: «O Rapaz do Tambor», realizado por Jules Bass e Arthur Rankin Júnior e com argumento de Romeo Muller. Um clássico, a não perder.
24 dezembro 2006
23 dezembro 2006
||| PRESÉPIO...
"José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, a cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria, sua mulher, que se encontrava grávida. E quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoira, por não haver para eles lugar na hospedaria.
- "São Lucas, 2: 4-7
Presépio de Óis, já vimos o da Igreja, no site do Padre Júlio, assim como lemos no blogue Dois Por Três uma evocaão de saudosista, que nos transportou no tempo. BOAS FESTAS PARA TODOS!
- "São Lucas, 2: 4-7
Presépio de Óis, já vimos o da Igreja, no site do Padre Júlio, assim como lemos no blogue Dois Por Três uma evocaão de saudosista, que nos transportou no tempo. BOAS FESTAS PARA TODOS!
22 dezembro 2006
||| MÃE NATAL!!!! PORQUE HOJE É 6ª. FEIRA, ANTEVÉSPERA DO DIA DE NATAL !!!
Os meus amigos e conterrâneos estão fartos do velhote de barbas brancas inventado pela Coca-Cola? Também eu. Estão cansados de renas e veados e restante fauna característica da quadra? Pois também eu, sejam bem-vindos ao clube. Enjoados do ar de querubim natalício de um qualquer ministro?!! Então, estou com vocês.
Por isso, vamos lá então trocar as voltas aos clichés, até para assinalar condignamente o solstício de inverno, para que em 2007 mantenha o bom humor e o fervoroso culto da Scarlett Johansson, que não aparece aqui em corpo mas está connosco em espírito. E agora com licença, que vou ali comer uma rabanada.
Ah, olhem bem para o Pai Natal da foto: Quer dizer: a Mãe Natal!!!
BOAS FESTAS!!!
Por isso, vamos lá então trocar as voltas aos clichés, até para assinalar condignamente o solstício de inverno, para que em 2007 mantenha o bom humor e o fervoroso culto da Scarlett Johansson, que não aparece aqui em corpo mas está connosco em espírito. E agora com licença, que vou ali comer uma rabanada.
Ah, olhem bem para o Pai Natal da foto: Quer dizer: a Mãe Natal!!!
BOAS FESTAS!!!
21 dezembro 2006
||| JUNTA PRÓDIGA!!!
Leio nos jornais que a Junta de Freguesia propôs e a a Assembleia de Freguesia aprovou por unanimidade a cedência da antiga sede da autarquia à Tuna Musical. Se a aprovação foi unânime, nada há a opôr, tudo bem, quem sou eu... um mero não eleito e nem sempre residente a ser oposição. Os senhores políticos decidiram, está decidido... Falta saber em que condições, se a coisa é dada de mão beijada, se há compromissos e contrapartidas ou se, meramente, a Tuna continua a facturar nos serviços... e os outros que façam obras!!! De resto, tudo bem!!!
20 dezembro 2006
19 dezembro 2006
||| O AVÔ NATAL
Estamos em época de Natal e do cujo Pai que aparentemente desce pela chaminé para distribui prendas. Mas agora digam-le lá se, com estas barbas e estes cabelos brancos, não acham que ele devia chamar-se antes Avô Natal? E como os avós são sempre mais generosos, vou propor um referendo, simultâneo com o do aborto, para se decidir a coisa: o Pai dito, passa a cujo Avô... Natal!!
18 dezembro 2006
||| PORQUE HOJE É 2ª. FEIRA E DE HOJE A 8 DIAS É DIA DE NATAL, VÉSPERA DE FERIADO!
Hoje é segunda-feira e a grande questão da semana é o alvoroço que já está montado à volta do próximo dia 26 de Dezembro. Será que o Governo vai dar o 26 como feriado? - questão frequente nos locais de trabalho, nos aeroportos, nos supermercados e nos demais centros comerciais, entre dois rabiscos nos talões (e no verde, código, verde) com que se transforma crédito em débito.
Quais serão os planos do Governo? Dia 26, uma terça-feira logo a seguir a 25, data que este ano foi escolhida para o Natal, é o grande tabu de Sócrates e do Tio Patinhas que zela pelas finanças do torrão.
Os comentadores aguardam impacientes pela quebra do segredo, as agências de comunicação fazem estudos de mercado para sentir o pulsar do povo, alguém segreda aos conselheiros de imagem que seria mais hábil repartir a balda entre 26 de Dezembro e 2 de Janeiro, os Spin atiram palpites à toa aproveitando a hipótese de só terem 50% de probabilidades de falhanço e Pacheco mantém-se colado ao teclado pronto para desancar caso haja tolerância por o País-estar-em-Crise ou caso ela não seja concedida pela afronta que representa à-tradição-e-bons-costumes-civilacionais-da-Terra-de-Camões.
Last but not the least, as habituais fontes geralmente bem informadas já espalham o boato. A seguir com atenção.
Quais serão os planos do Governo? Dia 26, uma terça-feira logo a seguir a 25, data que este ano foi escolhida para o Natal, é o grande tabu de Sócrates e do Tio Patinhas que zela pelas finanças do torrão.
Os comentadores aguardam impacientes pela quebra do segredo, as agências de comunicação fazem estudos de mercado para sentir o pulsar do povo, alguém segreda aos conselheiros de imagem que seria mais hábil repartir a balda entre 26 de Dezembro e 2 de Janeiro, os Spin atiram palpites à toa aproveitando a hipótese de só terem 50% de probabilidades de falhanço e Pacheco mantém-se colado ao teclado pronto para desancar caso haja tolerância por o País-estar-em-Crise ou caso ela não seja concedida pela afronta que representa à-tradição-e-bons-costumes-civilacionais-da-Terra-de-Camões.
Last but not the least, as habituais fontes geralmente bem informadas já espalham o boato. A seguir com atenção.
17 dezembro 2006
||| O MEU DITADOR É MELHOR QUE O TEU!!! OU COMO UM MAO TSÉ TUNG CHINÊS VALE POR 100 PINOCHETS
Depois de ler isto, fiquei com uma dúvida: a drª. Ana Gomes também terá aberto uma garrafa de champanhe em Setembro de 1976, quando morreu Mao Tsé-Tung, um dos três maiores déspotas do século XX?
Sou capaz de apostar que não. Suspeito que tenha vertido uma furtiva lágrima - ou, dada a sua natureza temperamental, pode até ter chorado copiosamente nesse dia. É certo que Mao matou mais gente do que cem Pinochets. Mas era também capaz de escrever poemas, o que no planeta da indignação selectiva em que vivemos serve de atenuante aos olhos de qualquer alma sensível.
Além disso, nessa época, a drª Ana Gomes olharia certamente com horror para uma garrafa de champanhe, esse inominável "luxo burguês". É que ela, não esqueçamos, foi uma fervorosa militante maoísta. No tempo da Revolução Cultural houve quem tivesse ido parar a um "campo de reeducação" por muito menos... Ponha-se a pau!!
16 dezembro 2006
||| ESTIVE Ó LUME, A VER A BOLA!!!
Está frio quase de rachar!!!
Por falar nisso, sabe bem, nestes dias curtos e frios, sentarmo-nos em frente da lareira, sentindo por companhia o crepitar da lenha e a visão do fogo a acenar-nos com as suas labaredas! Por isso, e porque está um frio de rachar, não se pode andar na rua, vem uma aragem de frio desgraçada, que nos greta as mãos e os beiços. Entõo, resolvi ir buscar umas achas, atear o lume e, depois, conversar com ele, o lume, oferecendo-lhe, agora e mais logo, uma e mais uma acha para que continue a tagarelar connosco... até que a conversa tarde! Depois, caminha que se faz tarde! Olhem, o Benfica ganhou por três a zero ao Derrota de Setúbal e o Sportem venceu por um a zero os da Académica de Coimbra!!! Vou dormir!!!
Por falar nisso, sabe bem, nestes dias curtos e frios, sentarmo-nos em frente da lareira, sentindo por companhia o crepitar da lenha e a visão do fogo a acenar-nos com as suas labaredas! Por isso, e porque está um frio de rachar, não se pode andar na rua, vem uma aragem de frio desgraçada, que nos greta as mãos e os beiços. Entõo, resolvi ir buscar umas achas, atear o lume e, depois, conversar com ele, o lume, oferecendo-lhe, agora e mais logo, uma e mais uma acha para que continue a tagarelar connosco... até que a conversa tarde! Depois, caminha que se faz tarde! Olhem, o Benfica ganhou por três a zero ao Derrota de Setúbal e o Sportem venceu por um a zero os da Académica de Coimbra!!! Vou dormir!!!
15 dezembro 2006
||| A CEIFEIRA AQUÁTICA E A PERGUNTA: OS JACINTOS VÃO SER CEIFADOS E TODOS DESCARREGADOS EM ÓIS?
AM, um habitual comentador daqui, surpreendeu-se com os parabéns ontem aqui deixados à Câmara de Águeda, por ter cumprido a promessa de colocar na pateira a prometida ceifeira aquática. Mas surpreendido, porquê? Já não se pode elogiar a honra da palavra cumprida? Pena é que seja necessário tal sublinhar. Por cumprir ser raro, entre políticos
Deixou, porém, o atento AM uma inquietante pergunta: se a ceifeira foi descarregada em Óis isso quer dizer que os despejos ceifados dos jacintos vão ficar todos em Óis, como da outra vez aconteceu com os dragados?
Boa pergunta, pertinente e objectiva. O que não pensam estas cabeças do intelecto ribeirense!!!... - Deixamos a pergunta aqui, servida a frio!!! Se alguém souber responder...., pois faça favor, que diga.
14 dezembro 2006
||| A CEIFEIRA CHEGOU E A PALAVRA POLÍTICA CUMPRIU-SE!!!
A famosa ceifeira aquática chegou à pateira e foi feérica a propaganda oficial, a partir do esclarecido e atento sítio da Câmara Municipal. Também vimos a notícia espalhada nos blogues da terra. Parabéns!!!
Nós também felicitamos quem cumpriu a promessa!!! Fazem falta na política os cumpridores de promessas!!! Parabéns à Câmara Municipal, que prometeu e cumpriu!!!
13 dezembro 2006
||| A CORRUPÇÃO NO FUTEBOL PORTUGUÊS E AS NOVIDADES DO APITO DOURADO
A gente vê a televisão, ouve as rádios e ve a televisão e parece que de repente toda a gente acordou para o escândalo das relações promíscuas entre dirigentes desportivos, federativos, árbitros e políticos locais, sempre com algumas meninas à mistura.
A verdade é que aquilo que foi divulgado no livro de uma ex-namorada do presidente de um grande clube é conversa de bastidores, de café ou à mesa há muito tempo. Ninguém ficou particularmente surpreendido. O que faz do livro uma sensação é a assumpção de responsabilidades e o dedo acusatório de quem viveu tudo por dentro. De repente, e depois do lançamento do livro, toda a gente quer apertar a malha, dizer que quer criar leis anti-corrupção desportiva e até utilizar o grupo de trabalho de João Cravinho e de José Vera Jardim para o efeito. Este grupo, criado no Parlamento há dois meses para lançar uma série de legislação anti-corrupção, tinha praticamente deixado o desporto, e o futebol em particular, de fora das suas preocupações mais imediatas. Agora é o próprio Cravinho, de certo bem intencionado, a fazer pressão para que o grupo venha a abarcar propostas naquela matéria. Já o PSD aparece de rompante na cena, como agente moralizador.
Se é para mudar alguma coisa, que os partidos e o próprio Governo se envolvam num debate sério sobre o que há para fazer. Mas também que garantam à Justiça todos os meios e a independência necessária para chegar a conclusões sérias em processos como o 'Apito Dourado'. Perante aquelas revelações, é tempo de tentar retirar louros a quem não os teve desportivamente e de pugnar pela verdade no futebol. Para que não prescreva.
A verdade é que aquilo que foi divulgado no livro de uma ex-namorada do presidente de um grande clube é conversa de bastidores, de café ou à mesa há muito tempo. Ninguém ficou particularmente surpreendido. O que faz do livro uma sensação é a assumpção de responsabilidades e o dedo acusatório de quem viveu tudo por dentro. De repente, e depois do lançamento do livro, toda a gente quer apertar a malha, dizer que quer criar leis anti-corrupção desportiva e até utilizar o grupo de trabalho de João Cravinho e de José Vera Jardim para o efeito. Este grupo, criado no Parlamento há dois meses para lançar uma série de legislação anti-corrupção, tinha praticamente deixado o desporto, e o futebol em particular, de fora das suas preocupações mais imediatas. Agora é o próprio Cravinho, de certo bem intencionado, a fazer pressão para que o grupo venha a abarcar propostas naquela matéria. Já o PSD aparece de rompante na cena, como agente moralizador.
Se é para mudar alguma coisa, que os partidos e o próprio Governo se envolvam num debate sério sobre o que há para fazer. Mas também que garantam à Justiça todos os meios e a independência necessária para chegar a conclusões sérias em processos como o 'Apito Dourado'. Perante aquelas revelações, é tempo de tentar retirar louros a quem não os teve desportivamente e de pugnar pela verdade no futebol. Para que não prescreva.
12 dezembro 2006
||| OS AMBIENTALISTAS E A PATEIRA
Se há um movimento mundial perfeitamente inconsequente é o Greenpeace. Não passa de um grupo de malucos à procura de protagonismo radical e novas emoções. Aliás, foi o Greenpeace que inventou o protagonismo radical e tornou obsoletos os 15 minutos de fama que Andy Warhol vaticinou para o resto da humanidade.
Assim do tipo, cá em Portugal, proliferam associações de ambientalistas, sempre muito preocupadas com os problemas dos outros e a que as televisões dão largos minutos de fama. Ora para defender um sapal considerado «monumento» ao ambiente, ou, como lá por Trás-os-Montes, por causa de uma ninhada de ratos. Ou uma qualquer ave que a gente nunca viu e nem sabe se existe.
Se esta malta estivesse realmente interessada em defender o ambiente, instalaria o seu quartel general em Ois e procuraria ajudar a defender a pateira - dos jacintos, da eutrofização, do mau ambiente, da morte lenta. E isto não porque os ribeirenses - e todas as freguesias ribeirinhas - estraguem o seu próprio ambiente. Mas simplesmente porque este país tem mau ambiente.
Aliás, o Estado português é o grande causador deste mau ambiente e, no entanto, não vejo nenhum membro do Greenpeace a dar azo à sua histeria de protagonismo numa qualquer repartição de finanças. A maioria das empresas portuguesas têm mau ambiente, mas não é por isso que vemos os tipos do Greenpeace a invadi-las com os seus destemidos barcos de borracha.
Tomando a pateira como exemplo, por onde andam as Quercus, as Águas Triangulares, todas essas associações ambientalistas?!
Nota: A foto é do site Fotografias de Óis da Ribeira, de Luís Neves.
Assim do tipo, cá em Portugal, proliferam associações de ambientalistas, sempre muito preocupadas com os problemas dos outros e a que as televisões dão largos minutos de fama. Ora para defender um sapal considerado «monumento» ao ambiente, ou, como lá por Trás-os-Montes, por causa de uma ninhada de ratos. Ou uma qualquer ave que a gente nunca viu e nem sabe se existe.
Se esta malta estivesse realmente interessada em defender o ambiente, instalaria o seu quartel general em Ois e procuraria ajudar a defender a pateira - dos jacintos, da eutrofização, do mau ambiente, da morte lenta. E isto não porque os ribeirenses - e todas as freguesias ribeirinhas - estraguem o seu próprio ambiente. Mas simplesmente porque este país tem mau ambiente.
Aliás, o Estado português é o grande causador deste mau ambiente e, no entanto, não vejo nenhum membro do Greenpeace a dar azo à sua histeria de protagonismo numa qualquer repartição de finanças. A maioria das empresas portuguesas têm mau ambiente, mas não é por isso que vemos os tipos do Greenpeace a invadi-las com os seus destemidos barcos de borracha.
Tomando a pateira como exemplo, por onde andam as Quercus, as Águas Triangulares, todas essas associações ambientalistas?!
Nota: A foto é do site Fotografias de Óis da Ribeira, de Luís Neves.
11 dezembro 2006
||| VIDAS RIBEIRENSES!...
Não é por ser Natal, mas porque o momento consumista é muito maior, tenho andado a pensar nos empregados dos supermercados das grandes superfícies. Imagino-os, antes do fecho diário, com um carrinho, a pôr nos seus lugares centenas de produtos que a clientela vai abandonando negligente e compulsivamente aqui e acolá.
O que levará alguém a abandonar embalagens de carne na secção dos cereais, sabonetes junto aos congelados ou casacos de criança no corredor dos doces? Que força oculta impele a clientela a deixar prateleiras caóticas? O produto lá do fundo é melhor? Que razões impede aquela gente a não apanhar do chão o que deixam cair?
Possivelmente, haverá em tudo isto alguma mesquinha vingança (eu pago, tu arrumas...), uma arrogância mal educada por tudo o que seja alheio às paredes das assoalhadas onde vivem, o sabor da impunidade (ninguém nos está a ver...) ou a preguiça não assumida? Vendo bem, nem é preciso ir tão longe. Basta sair à rua e está lá isto tudo.
Ontem, no corredor dos detergentes, uma conterrânea das que botam cartola em dias de festa, deixou aberta uma embalagem de amaciador da roupa que lhe caiu do carrinho. Olhou, não viu ninguém e voltou a pô-la na prateleira.
E é quem?!
O que levará alguém a abandonar embalagens de carne na secção dos cereais, sabonetes junto aos congelados ou casacos de criança no corredor dos doces? Que força oculta impele a clientela a deixar prateleiras caóticas? O produto lá do fundo é melhor? Que razões impede aquela gente a não apanhar do chão o que deixam cair?
Possivelmente, haverá em tudo isto alguma mesquinha vingança (eu pago, tu arrumas...), uma arrogância mal educada por tudo o que seja alheio às paredes das assoalhadas onde vivem, o sabor da impunidade (ninguém nos está a ver...) ou a preguiça não assumida? Vendo bem, nem é preciso ir tão longe. Basta sair à rua e está lá isto tudo.
Ontem, no corredor dos detergentes, uma conterrânea das que botam cartola em dias de festa, deixou aberta uma embalagem de amaciador da roupa que lhe caiu do carrinho. Olhou, não viu ninguém e voltou a pô-la na prateleira.
E é quem?!
10 dezembro 2006
||| O NATAL DE PORTUGAL, OS CENTROS COMERCIAIS E O COMÉRCIO TRADICIONAL
A compra de presentes faz parte do habitual folclore protocolar do Natal e é uma questão tão exterior quanto inevitável.
Por isso e de forma a chegarmos vivos e mentalmente saudáveis àquilo que verdadeiramente interessa na efeméride, os cá da casa fizemos durante o fim-de-semana o grosso das compras para os (muitos) sequiosos sapatinhos. É uma árdua tarefa que requer algum planeamento, já que ambos temos famílias grandes, entre os parentes propriamente ditos e outra gente de forte proximidade.
Estrategicamente com a ausência das crianças, fizemos nestes dias duas grandes investidas em espaços comerciais que surtiram os resultados desejados: umas boas sacadas de presentes, que estão agora guardados em cima do armário alto à espera da emocionante hora da distribuição. Com estas produtivas incursões mercantis, resolvemos as listas quase todas, não sem antes vivermos momentos de conflito interior perante as ansiedades de alguma mais difícil escolha ou simples frustração diante do inacessível. O dinheiro está caro!
“Coração que não vê, coração que não sente”, bem diz o povo. É por isso que eu não gosto de circular em centros comerciais, principalmente em lojas de gravatas, livrarias, lojas de som e de música. Vou mais lojas de adeia, ao comércio tradicional que cada vez mais morrem. A propósito, é de Óis da Ribeira o actual presidente da Associação Comercial de Águeda. Uma honra para a rapaziada da terra!
Outro a propósito: sou do tempo em que havia em Óis três lojas com tabernas/cafés: Celeste, Albertino e António Marques. Depois, abriu o Anacleto, ido do Marques. Resistem duas e abriu outra, a Joaquina. E abriu outro café: o Nélson. Só uma continua na mesma família: a da Celeste. É assim o noso mundo...
E havia três barbearias: o Pestanas, o Amadeu e o Valdemar. Mais tarde, o Lito - já sozinho, se bem me lembro. Não há nenhuma, agora. Um destEs dias falaremos dos barbeiros...
Por isso e de forma a chegarmos vivos e mentalmente saudáveis àquilo que verdadeiramente interessa na efeméride, os cá da casa fizemos durante o fim-de-semana o grosso das compras para os (muitos) sequiosos sapatinhos. É uma árdua tarefa que requer algum planeamento, já que ambos temos famílias grandes, entre os parentes propriamente ditos e outra gente de forte proximidade.
Estrategicamente com a ausência das crianças, fizemos nestes dias duas grandes investidas em espaços comerciais que surtiram os resultados desejados: umas boas sacadas de presentes, que estão agora guardados em cima do armário alto à espera da emocionante hora da distribuição. Com estas produtivas incursões mercantis, resolvemos as listas quase todas, não sem antes vivermos momentos de conflito interior perante as ansiedades de alguma mais difícil escolha ou simples frustração diante do inacessível. O dinheiro está caro!
“Coração que não vê, coração que não sente”, bem diz o povo. É por isso que eu não gosto de circular em centros comerciais, principalmente em lojas de gravatas, livrarias, lojas de som e de música. Vou mais lojas de adeia, ao comércio tradicional que cada vez mais morrem. A propósito, é de Óis da Ribeira o actual presidente da Associação Comercial de Águeda. Uma honra para a rapaziada da terra!
Outro a propósito: sou do tempo em que havia em Óis três lojas com tabernas/cafés: Celeste, Albertino e António Marques. Depois, abriu o Anacleto, ido do Marques. Resistem duas e abriu outra, a Joaquina. E abriu outro café: o Nélson. Só uma continua na mesma família: a da Celeste. É assim o noso mundo...
E havia três barbearias: o Pestanas, o Amadeu e o Valdemar. Mais tarde, o Lito - já sozinho, se bem me lembro. Não há nenhuma, agora. Um destEs dias falaremos dos barbeiros...
09 dezembro 2006
||| NO MEU TEMPO!!!...
Há conversas que aborrecem solenemente, como aquela do «no meu tempo...». Chateia o paternalismo enternecedor de quem já viveu mais tempo que nós e que, por isso, acha que sabe infinitamente mais do que nós.
Para já há aqui um equívoco temporal e existencial: aparentemente acham que estão noutro tempo que não o nosso. O que me parece preocupante. Afinal o que é isso do «tempo deles»? Mas o que me chateia mais é a interpretação que fazem daquele que convencionaram ser «o seu tempo»: no seu tempo era tudo mais difícil, o que os torna nuns heroizinhos noutro tempo que não o deles; no seu tempo, os jovens eram mais cultos e interventivos; os políticos mais idealistas e menos corruptos; os funcionários públicos mais trabalhadores; os professores mais severos e eficazes; os pais mais responsáveis; as crianças menos gordas; os impostos mais baixos; o clima mais ameno; o buraco do ozono menor; o custo de vida mais acessível; o poder de compra mais elevado; era tudo melhor!
Ora isto aborrece-me. Principalmente porque «no meu tempo» eu esperava que estes tipos que invocam a torto e a direito «o seu tempo» tivessem feito algo de mais útil para tornar «o nosso tempo» numa coisa aprazível e divertida. Que é o que me proponho fazer até ao fim do «meu tempo». Sobra-me é esta dúvida: serei capaz, em tempo útil?
08 dezembro 2006
||| RECENSEAMENTO PARA VOTAR NO REFERENDO DA INTERRUPÇÃO INVOLUNTÁRIA DO ABORTO
O referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, forma semântica de denominar o aborto antes das dez semanas - ou sejam lá as que forem... - é dia 11 de Fevereiro de 2007, segundo há semanas anunciou Cavaco Silva, Presidente da República.
Por isso, aqui fica o lembrete: “o recenseamento tem obrigatoriamente de ser feito até ao próximo dia 12 de Dezembro para que seja possível votar neste acto eleitoral» - o dito referendo sobre a depenalização do aborto em 11 de Fevereiro.
Por isso e para que cada um possa dizer em voto válido o que pensa sobre o assunto, vamos lá a a isso, a recensear-se ó malta a sair da adolescência, para poderem entrar pela porta grande da vida cidadã.
Por isso, aqui fica o lembrete: “o recenseamento tem obrigatoriamente de ser feito até ao próximo dia 12 de Dezembro para que seja possível votar neste acto eleitoral» - o dito referendo sobre a depenalização do aborto em 11 de Fevereiro.
Por isso e para que cada um possa dizer em voto válido o que pensa sobre o assunto, vamos lá a a isso, a recensear-se ó malta a sair da adolescência, para poderem entrar pela porta grande da vida cidadã.
07 dezembro 2006
||| - O MÊS DE DEZEMBRO, O 13º MÊS, AS FÉRIAS E COMO HAVIAM DE SER TODOS OS MESES PARA OS PORTUGUESES
Portugal, em Dezembro, Portugal é um lampejo daquilo que seria o país se a sua população ganhasse o dobro do seu ordenado mensal. Excitados e em frenesim com o décimo terceiro mês, os portugueses entopem portagens, atestam o depósito de combustível, invadem pastelarias, restaurantes e bares, atafulham centros comerciais, alongam filas de trânsito, preenchem milimetricamente parques de estacionamento, lotam cinemas, atropelam-se febrilmente em hipermercados, e compram, compram como se não houvesse amanhã, tudo o que lhes aparece à frente.
Com os cartões de crédito incandescentes e a cheirar a plástico queimado, os portugueses com o décimo terceiro mês no bolso tornam a vida neste país num autêntico circo alucinado de consumo. Imaginem se tivéssemos o nível de vida da vizinha Espanha: seria isto todos os meses do ano! Um verdadeiro inferno.
Não estamos estruturalmente preparados para ganharmos o dobro do que ganhamos agora. Chego à conclusão que não temos vocação para prosperidades económicas: tratamos rapidamente de lixar o nosso orçamento disponível. Vai ser interessante ver a calmaria de Janeiro. Vai, vai...
06 dezembro 2006
||| A SAÚDE AO SABOR DO GOVERNO!!!...
Em Portugal gasta-se ou poupa-se no curto prazo, se há dinheiro esbanja-se enquanto há; se escasseia, passa-se o cinto para o próximo furo. Os ciclos eleitorais, a incompetência, a cobardia ou a preguiça levam os nossos governantes a considerar apenas o horizonte temporal do curto prazo, a única excepção a esta forma de governar parecem as grandes obras públicas.
A economia da saúde também tem estado condicionada ao curto prazo, esquece-se que a aposta na medicina preventiva ou no combate a alguns males da nossa sociedade que enchem os hospitais. Para além do tradicional boletim de vacinas, do raio x e do teste da BCG, pouco mais se faz no domínio da medicina preventiva. Faz-se o tudo para poupar no tratamento dos doentes que entram no SNS e pouco ou nada se faz para que o seu caudal não engrosse.
Quanto poderia o país poupar na saúde se os indicadores relativos a acidentes, tabagismo e alcoolismo se aproximassem da média europeia? Seria interessante fazer estas contas para percebermos se o mal está nos custos fixos da saúde ou nos custos marginais provocados pela negligência no domínio das estratégias preventivas. O combate ao HIV, à obesidade, aos acidentes rodoviários, ao alcoolismo, ao tabagismo, aos acidentes de trabalho, aos acidentes domésticos, enfim, a uma imensidão de causas de doença é indispensável para reduzir os custos do SNS. Os nossos governos, neste capítulo, têm feito muito pouco, limitam-se a fazer as campanhas da praxe para não se sentirem envergonhados nas reuniões internacionais. Um bom exemplo disso é o combate ao tabagismo, vejam-se as medidas de que se tanto falou, esbarraram em interesses que se revelaram mais fortes do que a saúde dos portugueses e os custos da Saúde. E não deixa de ser curioso que o sector da restauração, campeão da evasão fiscal, mereceu tanta protecção governamental. O que sucedeu com o tabagismo aconteceu igualmente com o alcoolismo, parece que andar meio país bêbado é uma condição para a sobrevivência da agricultura, dando razão ao salazarimo que nos dizia que o vinho dava de comer a uma boa parte dos portugueses.
Se nada se faz para que o país não esteja doente, é natural que os custos da saúde continuem a subir e não há ministro da saúde ou das finanças que nos livre dos défices eternos.
Se nada se faz para que o país não esteja doente, é natural que os custos da saúde continuem a subir e não há ministro da saúde ou das finanças que nos livre dos défices eternos.
05 dezembro 2006
||| NOTA DESPORTIVA "CONTRA" OS SPORTINGUISTAS!!! MAS É SÓ P´RA CHATEAR!!!
Hoje era para ser o dia do treinador da tranquilidade e que fala muito e depressa. Mas depressa e bem há pouco quem!!! Como todos sabemos!!! E o Sportem lá perdeu por um a três, outra vez..., e ficou fora da carroça da Europa!!!
Razão para este «contra», p´ra chatear os lagartos!!! Vitórias, afinal, leva-os o Bento!...
Prontos, deixem lá, graças ao "quase" lá se vai o resto do stock de Rennie. É o que dá andarem a recordar Maio de 2005!!!... Pois, esqueçam, caros lagartos!!!
P.S.- O Spartak de Moscovo, imaginem, não ganhava há 22 jogos para a Liga dos Campeões!! Vejam lá...
04 dezembro 2006
||| A GERAÇÃO CANGURU
Há coisas... que não entendo. Na verdade, como alguém que saiu de casa dos pais aos 19 para 20 anos anos, tenho dificuldade em entender esta «Geração Canguru». Admito que as oportunidades são poucas ou até que para alguns pareçam mesmo nenhumas. Mas não deixo de pensar que os pais são por vezes demasiado coniventes com este estado de coisas, ao permitir que adultos quase com 30 anos vivam num estado de adolescência virtual com cama, comida e roupa lavada.
É verdade que o mercado de trabalho não facilita e o nível dos ordenados pagos à entrada garante tudo menos a independência. Mas há também um desejo de não perder privilégios e acesso a bens de consumo que tem, em si, um efeito paralisante na mudança. Se queremos crescer, temos de abdicar dos «airbags» de segurança e fazer-nos à vida. Ou, então, passarão o resto dos seus dias a pedir aos outros que lhes providenciem a mesma artificial bolsinha marsupial que os pais - sabe-se lá por vezes com quantos sacrifícios... - agora lhes dão.
03 dezembro 2006
||| O ORÇAMENTO DO ESTADO, A POLÍTICA NACIONAL, SÓCRATES E MARQUES MENDES
Se não fossem alguns cientistas terem descoberto que os gases intestinais prejudicam mais o ambiente do que os transportes - e esta, hein?!... - nada teria sucedido de relevante numa semana em que até foi aprovado o Orçamento de Estado.
Não deixa de ser curioso como o debate se esgotou ainda antes do debate parlamentar, sinal da pouca seriedade e consistência com que se faz política em Portugal. Digamos que o debate se processa através das gordas dos jornais.
Sócrates regressou à estratégia da não comunicação, depois de a apresentação do Orçamento ter sido antecedida por uns momentos de liberdade de expressão governamental, os suficientes para Manuel Pinho e o seu secretário de Estado da Indústria terem desatado a dizer asneiras. Foi o suficiente para que o PS recuperasse nas sondagens e o país retomasse a normalidade a que se tem habituado desde que Sócrates chegou ao poder.
Menos sorte tem Marques Mendes, que não para de descer nas sondagens. Se fala, desce nas sondagens porque falou, se fica calado desce na mesma e até experimentou ir falar para o Brasil e o resultado foi o mesmo. Talvez porque só fala aquilo que já se sabe que vai dizer, ou fica calado quando se esperava que explicasse algumas coisas.
É um bocado como a política da terra: falam todos muito em certas alturas e depois esquecem o que dizem.
Não deixa de ser curioso como o debate se esgotou ainda antes do debate parlamentar, sinal da pouca seriedade e consistência com que se faz política em Portugal. Digamos que o debate se processa através das gordas dos jornais.
Sócrates regressou à estratégia da não comunicação, depois de a apresentação do Orçamento ter sido antecedida por uns momentos de liberdade de expressão governamental, os suficientes para Manuel Pinho e o seu secretário de Estado da Indústria terem desatado a dizer asneiras. Foi o suficiente para que o PS recuperasse nas sondagens e o país retomasse a normalidade a que se tem habituado desde que Sócrates chegou ao poder.
Menos sorte tem Marques Mendes, que não para de descer nas sondagens. Se fala, desce nas sondagens porque falou, se fica calado desce na mesma e até experimentou ir falar para o Brasil e o resultado foi o mesmo. Talvez porque só fala aquilo que já se sabe que vai dizer, ou fica calado quando se esperava que explicasse algumas coisas.
É um bocado como a política da terra: falam todos muito em certas alturas e depois esquecem o que dizem.
02 dezembro 2006
||| REFERENDO SOBRE O ABORTO
O debate sobre o aborto já começou. No entanto, ainda não vi ninguém a questionar o que na minha opinião deveria ter sido a primeira questão: depois deste referendo, quando é que vai ser o próximo?
Ainda hoje muita gente se questiona se o aborto deveria ser assunto para referendos, mas independentemente da opinião que cada um possa ter, a realidade é que a decisão já foi tomada em 1998. A partir do momento em que, bem ou mal, o aborto foi referendado, nenhum parlamento tem a legitimidade política para mexer na lei, seja ela a favor ou contra.
O primeiro-ministro pensa assim. Se alterasse a lei em vigor com a maioria que tem na AR o que é que impedia que outra maioria fizesse o mesmo? Depois de feito um referendo sobre uma matéria qualquer, e tanto quanto conheço da Constituição, nada nela obriga a que seja feito outro, pelo que a decisão de fazer este foi política. Naturalmente questionável, como qualquer decisão política, mas se retirarmos da equação alguma arrogância da esquerda quando fala de “resolver um problema”, passados oito anos a minha percepção é que a sociedade portuguesa, distraída a ver a novela e o futebol, aceitou a decisão.
Até aqui tudo bem, mas e no dia a seguir? Se é aceitável que oito anos depois os portugueses possam pensar de outra forma, então também o é daqui a outros oito. O que é que impede os partidários do NÃO de exigirem outro referendo em 2015, caso o SIM ganhe? E porque não antes, se a decisão de o convocar é política, como já vimos? E se daqui a oito anos a maioria parlamentar da altura não for favorável à convocação de um novo referendo, terá legitimidade política para o fazer? E se o NÃO ganhar ? Como é que os cidadónicos, como a Helena Roseta, vão tentar “resolver o problema”? Vão esperar mais oito anos? E os defensores do NÃO vão aceitar que em 2015 se faça outro referendo ? Não terão direito a exigir que o assunto seja enterrado por muitos anos, ou pelo menos por mais do que oito?
Ainda hoje muita gente se questiona se o aborto deveria ser assunto para referendos, mas independentemente da opinião que cada um possa ter, a realidade é que a decisão já foi tomada em 1998. A partir do momento em que, bem ou mal, o aborto foi referendado, nenhum parlamento tem a legitimidade política para mexer na lei, seja ela a favor ou contra.
O primeiro-ministro pensa assim. Se alterasse a lei em vigor com a maioria que tem na AR o que é que impedia que outra maioria fizesse o mesmo? Depois de feito um referendo sobre uma matéria qualquer, e tanto quanto conheço da Constituição, nada nela obriga a que seja feito outro, pelo que a decisão de fazer este foi política. Naturalmente questionável, como qualquer decisão política, mas se retirarmos da equação alguma arrogância da esquerda quando fala de “resolver um problema”, passados oito anos a minha percepção é que a sociedade portuguesa, distraída a ver a novela e o futebol, aceitou a decisão.
Até aqui tudo bem, mas e no dia a seguir? Se é aceitável que oito anos depois os portugueses possam pensar de outra forma, então também o é daqui a outros oito. O que é que impede os partidários do NÃO de exigirem outro referendo em 2015, caso o SIM ganhe? E porque não antes, se a decisão de o convocar é política, como já vimos? E se daqui a oito anos a maioria parlamentar da altura não for favorável à convocação de um novo referendo, terá legitimidade política para o fazer? E se o NÃO ganhar ? Como é que os cidadónicos, como a Helena Roseta, vão tentar “resolver o problema”? Vão esperar mais oito anos? E os defensores do NÃO vão aceitar que em 2015 se faça outro referendo ? Não terão direito a exigir que o assunto seja enterrado por muitos anos, ou pelo menos por mais do que oito?
01 dezembro 2006
||| O 1º. DE DEZEMBRO, A RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL E O SPORTING,0-BENFICA,2
Há uns séculos atrás, ano 1640, enquanto Miguel de Vasconcelos era devidamente "enquadrado" e Filipe III de Portugal (foto da esquerda) cedia o trono à Dinastia de Bragança, os conjurados, simpaticamente, preparavam as coisas para que o 1º. de Dezembro de 2006 fosse num feriado a gozar à sexta-feira, coisa que obviamente agradou aos indígenas e proporcionou uma comemoração condigna.
Aproveitando então, a ocasião, neste 2006 que está a acabar, o conjurado Ricardo Rocha, Marquês da Catedral da Luz, ainda os lagartos estavam a "hibernar" e já lhes tinha dado uma lição de nacionalismo, aproveitando a folga e abrindo o caminho para que pouco depois o "conjurado" Simão Saborosa, Duque de Constantim da Luz, repetisse a goleada. E ganharam (2-0) os conjurados, a batalha, ao Visconde de Alvalade!!! Mas não ganharam a guerra!!!
No final deste Sporting,0- Benfica,2, viva a Restauração!!!
E viva Portugal!!!
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