03 dezembro 2006

||| O ORÇAMENTO DO ESTADO, A POLÍTICA NACIONAL, SÓCRATES E MARQUES MENDES

Se não fossem alguns cientistas terem descoberto que os gases intestinais prejudicam mais o ambiente do que os transportes - e esta, hein?!... - nada teria sucedido de relevante numa semana em que até foi aprovado o Orçamento de Estado.
Não deixa de ser curioso como o debate se esgotou ainda antes do debate parlamentar, sinal da pouca seriedade e consistência com que se faz política em Portugal. Digamos que o debate se processa através das gordas dos jornais.

Sócrates regressou à estratégia da não comunicação, depois de a apresentação do Orçamento ter sido antecedida por uns momentos de liberdade de expressão governamental, os suficientes para Manuel Pinho e o seu secretário de Estado da Indústria terem desatado a dizer asneiras. Foi o suficiente para que o PS recuperasse nas sondagens e o paí­s retomasse a normalidade a que se tem habituado desde que Sócrates chegou ao poder.
Menos sorte tem Marques Mendes, que não para de descer nas sondagens. Se fala, desce nas sondagens porque falou, se fica calado desce na mesma e até experimentou ir falar para o Brasil e o resultado foi o mesmo. Talvez porque só fala aquilo que já se sabe que vai dizer, ou fica calado quando se esperava que explicasse algumas coisas.

É um bocado como a política da terra: falam todos muito em certas alturas e depois esquecem o que dizem.

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