10 dezembro 2006

||| O NATAL DE PORTUGAL, OS CENTROS COMERCIAIS E O COMÉRCIO TRADICIONAL

A compra de presentes faz parte do habitual folclore protocolar do Natal e é uma questão tão exterior quanto inevitável.
Por isso e de forma a chegarmos vivos e mentalmente saudáveis àquilo que verdadeiramente interessa na efeméride, os cá da casa fizemos durante o fim-de-semana o grosso das compras para os (muitos) sequiosos sapatinhos. É uma árdua tarefa que requer algum planeamento, já que ambos temos famílias grandes, entre os parentes propriamente ditos e outra gente de forte proximidade.
Estrategicamente com a ausência das crianças, fizemos nestes dias duas grandes investidas em espaços comerciais que surtiram os resultados desejados: umas boas sacadas de presentes, que estão agora guardados em cima do armário alto à espera da emocionante hora da distribuição. Com estas produtivas incursões mercantis, resolvemos as listas quase todas, não sem antes vivermos momentos de conflito interior perante as ansiedades de alguma mais difícil escolha ou simples frustração diante do inacessível. O dinheiro está caro!
“Coração que não vê, coração que não sente”, bem diz o povo. É por isso que eu não gosto de circular em centros comerciais, principalmente em lojas de gravatas, livrarias, lojas de som e de música. Vou mais lojas de adeia, ao comércio tradicional que cada vez mais morrem. A propósito, é de Óis da Ribeira o actual presidente da Associação Comercial de Águeda. Uma honra para a rapaziada da terra!
Outro a propósito: sou do tempo em que havia em Óis três lojas com tabernas/cafés: Celeste, Albertino e António Marques. Depois, abriu o Anacleto, ido do Marques. Resistem duas e abriu outra, a Joaquina. E abriu outro café: o Nélson. Só uma continua na mesma família: a da Celeste. É assim o noso mundo...
E havia três barbearias: o Pestanas, o Amadeu e o Valdemar. Mais tarde, o Lito - já sozinho, se bem me lembro. Não há nenhuma, agora. Um destEs dias falaremos dos barbeiros...

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