12 dezembro 2006

||| OS AMBIENTALISTAS E A PATEIRA

Se há um movimento mundial perfeitamente inconsequente é o Greenpeace. Não passa de um grupo de malucos à procura de protagonismo radical e novas emoções. Aliás, foi o Greenpeace que inventou o protagonismo radical e tornou obsoletos os 15 minutos de fama que Andy Warhol vaticinou para o resto da humanidade.
Assim do tipo, cá em Portugal, proliferam associações de ambientalistas, sempre muito preocupadas com os problemas dos outros e a que as televisões dão largos minutos de fama. Ora para defender um sapal considerado «monumento» ao ambiente, ou, como lá por Trás-os-Montes, por causa de uma ninhada de ratos. Ou uma qualquer ave que a gente nunca viu e nem sabe se existe.
Se esta malta estivesse realmente interessada em defender o ambiente, instalaria o seu quartel general em Ois e procuraria ajudar a defender a pateira - dos jacintos, da eutrofização, do mau ambiente, da morte lenta. E isto não porque os ribeirenses - e todas as freguesias ribeirinhas - estraguem o seu próprio ambiente. Mas simplesmente porque este país tem mau ambiente.
Aliás, o Estado português é o grande causador deste mau ambiente e, no entanto, não vejo nenhum membro do Greenpeace a dar azo à sua histeria de protagonismo numa qualquer repartição de finanças. A maioria das empresas portuguesas têm mau ambiente, mas não é por isso que vemos os tipos do Greenpeace a invadi-las com os seus destemidos barcos de borracha.
Tomando a pateira como exemplo, por onde andam as Quercus, as Águas Triangulares, todas essas associações ambientalistas?!

Nota: A foto é do site Fotografias de Óis da Ribeira, de Luís Neves.

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