26 fevereiro 2007

||| JARDIM, ÁGUEDA E ÓIS DA RIBEIRA

Alberto João Jardim, se ganhar com uma maioria absoluta reforçada e generosa as eleições que provocou, ficará numa situação duplamente curiosa.
Por um lado, será o líder da oposição ao Governo socialista comandado por José Sócrates. Por outro lado, iniciará um processo, com contornos que ainda não são claros mas com consequências de alguma maneira imprevisíveis, e que, certamente, o tornarão no primeiro chefe de um Governo regional com laços cada vez mais reduzidos com a República.
Será que José Sócrates se irá então arrepender pelo facto de ter iniciado, com a revisão da lei das finanças regionais, um processo de federalização da República? E que não se invoque a Constituição. Porque será impossível, em democracia, limitar pela lei aquilo que politicamente Jardim e os madeirenses irão reclamar pelo voto. Sem dramas.
Imagine-se Águeda e Ois da Ribeira, com o Fernando Pires a exigir mais dinheiro da Câmara de Nadais, a demitir-se porque não o recebe e a provocar eleições antecipadas, desafiando o poder camarário. Os socialistas locais, com os seus prendados líderes, vão a votos contra o poder instituído. O Saraiva já nem lá vai... Mas o Pires ganha e torna-se líder de uma oposição municipal que não existe.
Alguém quer dar mais cores a este quadro?!

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