Leio o DN e espanto-me com um texto da pág. 4 (sem ligação), que recolhe sucintos depoimentos de várias pessoas da área das Ciências Sociais e Jurídicas, quanto à possibilidade de uma abstenção elevada, no próximo domingo, poder "matar" outros referendos que se pretendam efectuar.
Tese que tem vindo a ser referida com alguma frequência nos últimos dias. Será que as doutas personagens não colocam, também em causa, as eleições. Afinal, as abstenções são significativas. Por esta ordem de ideias, pelo menos em Portugal, mas não só, não se elegeriam deputados ao Parlamento Europeu, dada a pouca afluência que ocorre todos os cinco anos.
A abstenção não é fenómeno recente e os referendos não devem ser desprezados, mesmo em tempos de crise. Aliás, grande parte das democracias, excepto as nórdicas e onde o voto é obrigatório, contam com abstenção significativa.
Obviamente, a Regionalização, que provavelmente deverá voltar a estar na agenda de prioridades, dentro de três a quatro anos, a ser assumida - já não é sem tempo!, tem de ser referendada. Por outro lado, importa não esquecer, somos uma democracia jovem.
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