
Antes que os apaixonados se virem já contra mim, esclareço que não tenho nada contra as ditas juras... Desde que feitas noutro dia qualquer, sem cartõezinhos e montras cheias de coraçõezinhos (nesta altura, tudo é inho). Confesso que me faz confusão ver os parezinhos irem ao restaurante e ao cinema, tornando o dia «verdadeiramente especial». Resumindo, acho que a obrigação que está subjacente à data vai precisamente contra o que a data representa, mas adiante.
O que me traz aqui é limpar o nome do desgraçado do São Valentim. Perguntam vocês e com muita razão: O que bem fez São Valentim a Deus (e que mal lhe fizemos nós) para termos que aguentar com a febre dos coraçõezinhos uma vez por ano? Aí é que está! O homem não teve culpa nenhuma! Teve azar, eh eh, só isso! Correm várias versões sobre a vida e consequente santidade do Valentim, parecendo-me a mais credível a de ele ter sido um Romano convertido ao Cristianismo e executado pelos seus por não querer renunciar à sua fé. A versão mais mirabolante desta história mete uma paixão fulminante pela filha do carcereiro, a quem Valentim escreveria cartas de amor. Pois... as coisas que eu sei!!
Como é que Valentim se viu associado a esta euforia amorosa, então? Ora bem, na Idade Média, os Ingleses e Franceses, povos observadores mas com pouca visão a longo prazo, como se pode confirmar hoje, (Iraquis e Kwaitis) repararam que era nos meados de Fevereiro que os passarinhos começavam a “passarinhar”. E como metade de 28 é 14, saiu a rifa ao pobre Valentim de ver o seu dia escolhido para a troca de missivas amorosas sob o bom augúrio da “passarinhagem”. Vistas bem as coisas, o Valentim deveria ser o “Bissanto” Valentim, afinal de contas, foi mártir duas vezes...
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