O ministro Miguel Macedo foi apanhado com a boca na botija - a receber 1 400 euros mensais de comparticipação de residência em Lisboa, quando em Lisboa tem casa.
Apanhado, veio dizer às televisões que vai abdicar de tal, não porque tenha de o fazer, porque é legal, mas porque assim acha. Renuncia, pois, por «vontade própria».
Miguel Macedo é ministro das polícias e quis fazer-se passar por político pouco avisado mas não passa, lamentavelmente, é de um espertalhão, um chico esperto. Com casa em Lisboa, recorreu ao esquema da residência para efeitos legais e para mensalmente sacar mais 280 contos aos contribuintes - mesmo estando nós em tempo de crise e com o seu (dele) governo a meter-nos as mãos nos bolsos com a mesma facilidade com que bebemos água para matar a sede.
O que o ministro não percebeu, ou fez que não percebeu, é que, num tempo de cortes como este, ele vir com esse argumento bacoco foi o mesmo que gozar com a inteligência alheia.
A situação fez-me recuar a um comentário publicado neste blogue, ao post «A extinção da Freguesia e o que pensa a oposição». Nele, o anónimo comentador refere:
- (...) «acerca do «dirigismo sem custos» onde é que há disso? todos os dirigentes tem custos pessoais que tem de começar a ser pagos pelas instituições... despesas de deslocação, telefone, correio, e por aí fora...».
O tal anónimo, salvo melhor opinião e talvez mal-comparadamente, é uma espécie Miguel Macedo de Óis. O homem também deve ter casa não sei aonde, mas quer receber despesas de deslocação, telefone, correio e por aí fora. Ele, o anónimo (que não é assim tanto...), assim escreveu.
Não sei porquê, mas já agora, peça também a reforma antecipada e vitalícia. Pode ser que pegue.
3 comentários:
contextualizado artigo e comentário, estranho que o Contra tome partido. Quer comparar o dirigismo de uma associação ao de um país? O profissionalismo, exigência e rigor, se não é devia ser o mesmo. Mas alguém tem a obrigatoriedade de estar à "frente" de alguma coisa "de borla". A xatear-se de borla? a roubar horas à família de borla? para já não falar do dinheiro que se gasta inerente à função que desempenha! E os favores que se ficam a dever e vão pagando aos amigos por ir ajudando a instituição. Falo do que sei e com conhecimento de causa. E o Contra? está ha vários anos "de borla" nalguma instituição? Já agora, em que função? Obrigada
Ó Contra, já basta de bater no ceguinho.... deixem lá o homem em paz e a fazer os quilómetros que tem de fazer, porque o faz voluntariamente e com o prazer máximo de servir a sua terra. Aqui, dito isto, não posso deixar de me sorrir.
Ó pá, se está arrependido vai-te embora. Só faltava mais esta, a de te terem de pagar os quilómetros e os telefones..., lê os estatutos.
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