Ontem mudou da hora e eu esqueci-me disso. Razão porque hoje não cheguei a tempo a um compromisso. Na verdade, nem me devo envergonhar muito disso, depois da muita pancada que levei para aprender a ser pontual! Só que, mesmo assim, não sou assim tão crente nessas coisas das horas e calendários - embora as tenha de as cumprir! E cumpro!!! Mas quem sou eu para pôr em causa essas linhas com que nos cosemos conformadamente há tantas gerações?! Quem sou, efinal?!
Já lá o tempo em que, sobre a matéria, perdi a inocência, quando descobri que os ingleses mediam as distâncias com milhas, que o merceeiro aldrabava nos pesos, e que na China era de noite. E como eu gostava de "ligar para as horas” e sabê-las certas e indubitáveis “ao terceiro sinal”!
Já lá o tempo em que, sobre a matéria, perdi a inocência, quando descobri que os ingleses mediam as distâncias com milhas, que o merceeiro aldrabava nos pesos, e que na China era de noite. E como eu gostava de "ligar para as horas” e sabê-las certas e indubitáveis “ao terceiro sinal”!
Confesso que o golpe fatal na minha crença foi perpetrado sabe Deus quando, por um dos governos de austeridade de Mário Soares, quando se decretou a mudança da hora duas vezes por ano! Mudar a hora não fazia nenhum sentido... de que servia ter o relógio atomicamente acertado se, de repetente, era tudo mentira?
Hoje ainda não me conformo com a metamorfose horária, principalmente na primavera, quando nos roubam descaradamente o fim-de-semana em 60 preciosos minutos... de sono. E eu bem sei que Einstein já dizia que o tempo é relativo, que é uma curva, coisa e tal; mas uma hora de diferença é demais!
Hoje ainda não me conformo com a metamorfose horária, principalmente na primavera, quando nos roubam descaradamente o fim-de-semana em 60 preciosos minutos... de sono. E eu bem sei que Einstein já dizia que o tempo é relativo, que é uma curva, coisa e tal; mas uma hora de diferença é demais!