09 maio 2009

||| DIVÓRCIOS...


Nasci e cresci num tempo em que casar era para toda a vida: um divórcio era um escândalo e divorciado nem enterro católico tinha! Divorciados de Óis, só conhecia uma senhora, do que eu ouvia lá por casa. E se não era ostracizada pela sociedade ribeirense, eu acho que não era, mesmo assim era apontada a dedo. Eu mal a conheci.
Actualmente, os divórcios ou separações, o viver maritalmente, tudo isso é coisa como figos; é aos montes!
Estas coisas são pessoais, mas quase em atrevo a dizer que deveriam ser proibidas pela Constituição. Porque nos desgosta e porque dá cabo de qualquer esperança de que o nosso próprio casamento/relação amorosa venha a resultar.
É o nosso próprio envolvimento emocional que está em causa. Sim, porque nós também lá estivemos. Com os separados que conhecemos... Nos primeiros tempos do namoro. Nas viagens apaixonadas, nas festas, no dia em que se decidiu casar. Nós vimos fotos do casamento e não contivemos uma lagrimazita comovida, aprovámos o vestido, tão lindo, dissemos mal das pindéricas das convidadas. Nós recebemos com alegria a notícia do primeiro filho, gostámos de saber que era um menino, e a seguir uma menina, e regozijámo-nos com tanta felicidade partilhada. E depois, em troca, o que recebemos? Desgostos. Desgostos atrás de desgostos. Gente casada há 15 anos que se separa, gente casada há 25 anos que se separa, gente, enfim, que dá cabo de nós.

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