Realmente, quanto à crise nacional, a de Óis fica para outras núpcias, os economistas vêem-se em palpos de aranha para entender a coisa. Ficam mesmo de cabelos em pé, como se costuma dizer. Os políticos, esses, coitados, que até ganham mal, reúnem-se e deixam-se fotografar juntos, falam de confiança em público mas, em privado, desapertam do nó da gravata e limpam o suor da testa. Não têm soluções.
Os governos gerem empréstimos milionários para salvar os bancos. Os ricos tornam-se humildes e deixam de pensar (no momento) que o automóvel que compraram o ano passado já está ultrapassado. O resto do mundo aperta o cinto para aguentar o temporal. Os afortunados que ainda têm emprego rezam ao seu deus mais amigo para que os ajude a não perdê-lo.
Lixados da vida, mas lixados mesmo, estão os que já ficaram sem emprego, sem casa e sem um qualquer deus que os ajude a pagar as contas do apartamento e da prestação do carrro, os livros, a roupa e a farmácia dos filhos.
2 comentários:
E pagar também pelo palmo de língua k alguns gajos têm...
Pedro Penedro
Agora è que o último parágrafo do texto disse tudo! Pois, è isso mesmo!
O Cusco
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