20 setembro 2010

||| DÍVIDAS, PARA QUE (NÃO) AS QUERO...

Uma colega de serviço disse-me hoje, quase banhada em lágrimas, que lhe recusaram um empréstimo no banco e que está atrapalhada para pagar as prestações do apartamento, que nadam em juros altos. O argumento calha aqui com a crise e da inflacção - o que não é novidade para ninguém.
Assim como não é novidade a injustiça financeira que, em vez de penalizar quem tem dinheiro, penaliza quem o não o tem. São sempre os pobres a pagar a crise. Ou seja, quem tem riqueza financeira negativa e por isso tem de pagar juros pesados.
A verdade, porém e como todos sabemos, é que há muito boa gente a endividar-se, na ilusão da propriedade de imóveis, hipotecando os próximos 30, 40 ou 50 anos da vida e indexando-se às euribor e aos spreads - essas coisas com nomes estrangeiros, que nem sabemos como de pronunciam, mas que nos entram nos bolsos.
O problema é que todos os endividados estão sem hipótese de fugir dos empréstimos, dos juros e dos spreads, e o que mais vêem é aumentar a taxa (de imposto). E já há gente, tanto quanto me dizem, que deixa de comer para honrar compromissos. O que vai rareando! Isto de se ser honrado!

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