17 maio 2012

||| O ELOGIO QUE ERA PARA SER E JÁ NÃO É!

O Contra ao regressar a casa do emprego, regalou-se a ouvir o ministro Álvaro: não só não tinha medo dos lóbis e interesses instalados, como estava disposto a combatê-los, nomeadamente na questão das rendas às produtoras de electricidade. E prova disso era a redução hoje decidida.
Eh pá, temos homem!, pensou o Contra. 
Para mais, o ministro Álvaro garantiu não recear os papões da produção eléctrica, a chinesa EDP e as duas espanholas que por cá nos andam a queimar a carteira.
Logo, porém, o Contra se desiludiu.
Primeiro, não vai haver nenhuma redução nos custos ao consumidor. Vamos continuar a pagar, como pagamos. 
Depois, as rendas ascendiam a 5500 milhões, mas o governo apenas reduziu 1800 milhões. Portanto, quis o ministro Álvaro tapar-nos o sol com a peneira, pois não há algum fundamento para o Estado continuar a pagar 3700 milhões à EDP, à Endesa e outras eléctricas - valor que é superior ao que arrecada com o corte dos subsídios de natal e férias.
O ministro Álvaro não precisaria de pedir desculpas aos senhores da EDP, dizendo que todos têm de fazer sacrifício. O sacrifício que lhes está a impor é muito inferior ao que impõe às famílias. O que anuncia como um grande feito do governo, não passa, afinal, de uma ilusão.
La se foi o direito ao elogio.

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