Não serei a pessoa mais medrosa do mundo mas começo a estar com medo de andar na rua. A insegurança reinante não pode deixar ninguém sossegado - com assaltos a bancos, carrinhas de transporte de valores, correios, a ourivesarias, bombas de gasolina, tiroteio e facadas entre familiares, amigos, vizinhos.
Não estavamos habituados, mas o medo, em boa verdade, está a apoderar-se das nossas vidas.
As notícias internacionais não são melhores, antes pelo contrário. Pode parecer um contra-senso, mas, dramaticamente, é a realidade que temos que enfrentar: a Guerra Fria está a reacender-se. As consequências da inaceitável situação vivida no Cáucaso com o recente reconhecimento, por parte da Federação Russa, das independências da Ossétia e Abkhazia, não poderão ser nada boas. Abcases e ossetas têm voto russo favorável. E agora? O que segue? Como reagirá a Geórgia? E os EUA? E a Europa? E a Índia? E a China? Muitas questões que, para já, ficam sem resposta. O tempo o dirá.O medo não nos deixa tempo nem espaço para a felicidade individual e colectiva.
Inevitavelmente, o mundo está a deprimir a cada dia que passa. Nem os Jogos Olímpicos conseguiram afastar a nuvem que nos priva do sol da alegria, solidariedade, paz e harmonia. No mundo e em Portugal, na nossa região e até em Óis - onde foi assaltada a capela de Santo António.
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