20 junho 2009

||| AS FÉRIAS E O QUE FARÍAMOS SE GANHÁSSEMOS SALÁRIOS A DOBRAR...


Vou gozar uns diazitos de férias, que este calorzão até faz apetecer - quanto mais não seja para não ter de estar no sufocante local de trabalho. Fui fazer compras para estes dias fora de casa e cheguei à conclusão que o Portugal de hoje é um lampejozinho daquilo que seria o país se a malta ganhasse o dobro do ordenado.
Encontrei, aliás, rapariga da minha escola de Óis, que por lá também andava a stressar-se como eu, e a consumir economias, e chegámos à mesma conclusão: somos uns tolos! E mal pagos!
Realmente, chegam as férias e os portugueses entopem portagens, atestam o depósito de combustível, estendem as toalhas na praia, invadem pastelarias, restaurantes e bares, atafulham centros comerciais, alongam filas de trânsito, preenchem milimetricamente parques de estacionamento, lotam cinemas, atropelam-se febrilmente em hipermercados, e compram, compram como se não houvesse amanhã, tudo o que lhes aparece à frente.
Os cartões de crédito andam a iludir muitos portugueses que, com o subsídio de férias no bolso - os que o recebem... - tornam a vida neste país num autêntico circo alucinado de consumo. Imaginem se tivéssemos o nível de vida da vizinha Espanha: seria isto todos os meses do ano! Um verdadeiro inferno.
Isto quer dizer que nós não estamos estruturalmente preparados para ganhar o dobro do que ganhamos agora. Chega-se a esta conclusão porque não temos vocação para prosperidades económicas: tratamos rapidamente de lixar o nosso orçamento disponível.
Somos uns tolos. Talvez por isso é que alguns passam as férias ao anzol, na pateira! Gastam de qualquer maneira e estão tesos!
PS: Já este post estava editado quando reparei que é o nº. 1000! Com 3960 comentários. Nem sempre pudemos ser regulares nesta coisa séria que é falar de Óis, e não só, mas partilhamos com os nossos amigos o gosto de dividirmos o que pensamos, com a liberdade de opinião que merecemos. Os que aqui foram «cortados» sabem porquê: abusaram e desrespeitaram valores ribeirenses. Isso, continuaremos a não aceitar.

19 junho 2009

||| AINDA A POLÍTICA NÃO SAIU DO ADRO...


Qualquer um de nós tem, muitas vezes, necessidade de se afastar dos ruídos que andam à sua volta e pensar mais um bocadinho no sentido das coisas.
Quero dizer, desde já, que não estou aqui nada para entrar em algo de mais filosófico ou muito profundo. Não, nada disso. Filosóficos, serão outros! E com as entradas no adro das eleições que aí vêem, então, ai meus amigos!
O que eu queria, nesta entrada em novo fim de semana, era simplesmente pensar nas coisas mais comezinhas da vida de Óis, já que são elas, afinal, que nos determinam a tentar compreendê-las, para, mesmo vagamente, tentar compreendê-las. Ao menos isso!
Reparar na actual cena da política local - e quando a procissão ainda não saiu do adro... - é como atentar num paradoxo. Numa primeira análise, até nos parece estarmos perante uns momentos lúdicos em que os actores da vida pública local se divertem com o jogo que vão desenrolando, sem o abrir. Mas numa análise mais profunda, reparamos que é o tédio entranhado que os vai fazer, de uma forma repetida e monocórdica, voltar a dizer-nos coisas que já nos disseram noutras alturas e não cumpriram, na maior parte dos casos!

18 junho 2009

||| QUEM VAI GANHAR AS ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE OIS DA RIBEIRA...

Tenho o vício de leitura e leio tudo o que me chega às mãos. E tudo como se tudo fosse dirigido a mim. Mesmo quando, em criança e adolescente, lia as cartas que eram enviadas por meus tios, aos meus avós. Ainda hoje sinto a emoção com que os via a puxarem da folha dobrada em três e a desdobrá-la vagarosamente, como se fosse um folha de missal religioso, para eu lhas ler.
Os textos eram todos, realmente, como se me fossem dirigidos e até vos digo que sentia um tremelique quando, naquela saudade e respeito com que eles se dirigiam aos meus avós, eu me sentia pessoa adulta, esquecendo-me das motivações e dos sentires de quem as escrevia. E para quem eram.
Actualmente, pouco se escreve, reconheçamos. Eu mesmo, para escrever, refugio-me neste espaço coabitado e junto as letras mais para palavrear e me sentir gente mais adulta, em protesto contra os msn dos jovens de hoje!
Escrevo até com algum egoísmo, valha a verdade, e lamento que, ainda que seja egoísmo compreensível, me fragilize muitas vezes -quando aqui venho teclar.
Isto vem a propósito de eu saber quem habitualmente me lê neste espaço e confirmar que, lamentavelmente, as pessoas só sabem entrar em comentários quando se trata de coisa política. Que não é o meu forte! No fundo trata-se de um processo de democratização, cada um comanta o que quer, e todos sabemos que a democracia não é perfeita.
Mas já que falo de política, ora deixem-me lá perguntar: quem é que vai ganhar as eleições para a Assembleia de Freguesia de Óis da Ribeira?

17 junho 2009

||| AS CAMBALHOTAS NA ERVA DOS GRAMAIS E A POLÍTICA LOCAL

Se há coisa de que eu me lembro bem, do meu tempo de meninice, é de quando ia com os meus primos para os lados dos gramais (acho que é assim que se chamam aqueles campos para o lado de Requeixo), onde eles iam guardar as vacas, a pastar!
Nesse tempo, ir com eles era uma das raras oportunidades que eu tinha de sair de casa nas férias da escola e ia por lá abaixo a saltar e a assobiar com os dedos na boca, porque a tarde era garantidamente de liberdade total e de grandes cambalhotas na erva que crescia depois de cortarem o bunho. A grama, não era assim que se chamava?
E como me apetecia dar as cambalhotas ou fazer qualquer outra coisa parecida, abusando da elasticidade que estava no ponto em que não havia obstáculo que nos limitasse fisicamente. Olha agora!
Agora, sobre isso de cambalhotas, já só me fico pelo sentido lúdico da coisa, ficando-me e consolando-me pela firme vontade - e forte... - de ir vivendo. Digam lá o que disserem, não há ginásio que substitua essas cambalhotas.
As outras, as cambalhotas da política, mesmo as da política local, serão conversa para um destes dias.

16 junho 2009

||| PENSAMOS QUE SOMOS CRESCIDOS E SOMOS LOUCOS...

Todos nós nos recordamos, a cada passo, dos contos infantis que povoaram a nossa meninice e que gostávamos de ouvir vezes atrás de vezes! Vivíamos tudo aquilo como se de realidade se tratasse. E imaginávamo-la como se estivesse perfeitamente adaptada a nós mesmos, para o que desse e viesse e mais nos interessasse no momento.
Os contos era tão reais, para nós, que até tínhamos pesadelos com a madrasta e ficávamos encantados com a Cinderela - a menina boa, a coitadinha, que revolucionava e apaixonava tudo à sua volta, pela vida do que fazia e queria e sonhava.
Hoje, cada um de nós ainda vive um bocado do mesmo modo. Amamos e odiamos, mal-dizemos e bem-dizemos, todos temos um bocadinho de loucos!!!... Afinal, não crescemos, embora todos pensemos que sim!

15 junho 2009

||| OS TEATRINHOS DA VIDA PÚBLICA DE ÓIS DAS RIBEIRA

A vida, dizem alguns, é um palco e cada qual procura adaptar-se ao cenário que lhe é mais confortável. Quantas vezes encenando meias verdades, que são meias mentiras, em sessões contínuas - sem intervalos para digerir e pensar os pequenos e grandes tramas dos seus enredos pessoais ! É a vida, diria um antigo político!
Óis da Ribeira, que é terra de ancestrais tradições teatrais, está também cheia de pequenas peças de teatro - os teatrinhos!!... - e de pequenos encenadores - os construtores das meias verdades, que são meias mentiras... - que, cada qual e tanto quanto podem, disfarçam os seus defeitos com meia dúzia de paliativos. Outros, vulgares como eu sou, deixam-se empolgar com pequenas e supostas vitórias, julgando-se anjos do olimpo público da terra ribeirinha.
O cenário já está montado e para durar até que a exaustão encerre o teatro da vida ribeirense! Já se conhecem dois actores principais, faltam alguns secundários e os compéres. E falta também saber o que farão os encenadores independentes!!!
Vamos ver!!! Esperando, cantando e rindo!!!

14 junho 2009

||| O JOGO DA VIDA E A TERRA DE ÓIS DA RIBEIRA!


A vida, nas mais das vezes, é um jogo. E o jogo tem sentido de vida? Não conheço bem resposta a esta pergunta e se olhar para o lado também não sei a quem perguntar, ou melhor, há umas quantas pessoas que se questionam sobre isso e não têm resposta.
O sentido da vida, porém... é a nossa vida! Não tenhamos dúvidas.
E a nossa vida faz-nos conhecer melhor uns aos outros, o que de resto nos leva a concluir que não somos muito diferentes, já que todos temos, no fundo, o mesmo caldo cultural, andámos na mesma catequese, nos mesmos bancos de escola e conhecemos os mesmo defeitos e virtudes às mesmas pessoas.
Aliás, por Óis, somos quase todos primos uns dos outros, quase iguais nos dramas e glórias que nos unem e separam!
Talvez isso nos levasse a não nos entregarmos nas mãos da sorte, mas, no entanto, continuamos a contrariar a razão que nos diz para o não fazermos. Qual a hipótese, por exemplo, de nos sair um prémio chorudo nos jogos semanais?! É ínfima essa probabilidade e, contudo, continuamos a acreditar e a jogar.
Por isso tudo - e quanto mais? - por mim acredito que, mesmo sendo a vida um jogo, Óis vai ser melhor com a nata de gente que se prepara nas escolas e na vida.

13 junho 2009

||| CABEÇAS PERDIDAS POR CAUSA DA POLÍTICA...


As coisas e as opiniões tanto nos fazem felizes, como nos parecem por-nos a andar de pés para o ar. Como se nada por aí existisse direito. E não as quisessemos endireitar!
Por exemplo, fala-se de política e todos temos a tentação de dizer mal dos políticos! E nem é que eles não mereçam, a maior parte deles até bem que merece! Mas nós também exageramos!
Exageramos e não nos lembramos do tempo em que éramos mais não convencionais e até um pouco rebeldes e pensávamos para os nossos botões que podíamos mudar o mundo, quando na verdade não podemos. Não o temos na mão, para o mudar.
O problema é que, sobre a política, na maioria dos casos temos razão! E, por ela, podíamos e devíamos ter procurado mudar o mundo. Só que desistimos cedo demais e quem lá fica é que o muda. E muda-o como quer e lhe apetece! Sejam eles ou sejam elas! E juro que nem estou a pensar em Óis, ou nas cabeças e razões perdidas por causa da política!

12 junho 2009

||| POLEIROS, LARANJAS AZEDAS E ROSAS MURCHAS PARA ÓIS VER...



Nada melhor que um bom e bonito poleiro para satisfazer todas as ambições de poder. Seja qual ele for e para o que for!
Agora, mesmo quando Óis da Ribeira conheceu melhor como espetar umas chapadas em quem abusa do poder e se faz pedante e usufrutuário de privilégios que não devia ter! Agora, quando mesmo com o que se passou nas eleições europeias alguns cabotinos e embriagados com os pequenos poderes ainda se pensam donos de tudo, fazendo-se caminhar para uma espécie de ditadurazeca encapotada, vale a pena pensar! Mas será que vale?!
Francamente, não sei que leitura fazer dos resultados eleitorais de domingo, apesar do exame matemático aqui feito há dias. Meramente lúdico e especulativo, bem entendido!
Por um lado, deve ficar no poleiro do poder sempre quem o povo eleger. Sem limitação de mandatos!
Por outro, o poder deve mudar de poleiro... para não se entrar nessa tal de ditadurazeca, bem ou mal frequentada.
Então, no que ficamos?! Por mim, fico à espera para ver em que param as modas. Se as laranjas azedam ou adoçam, ou se as rosas murcham ou despertam novos amores nos votos de Outubro! Ou vai arranjar-se poleiro para todos os galos e galinhas ?!

10 junho 2009

||| A COLIGAÇÃO DOS VOTOS DE ÓIS DA RIBEIRA


O PSD ganhou as eleições Europeias em Óis da Ribeira, com 112 votos (só!!!...), o que não é grande novidade. Mas se repararmos, os votos do PS foram 91 e ficou a morder-lhe as canelas. Olhando melhor, com os do CDS/PP (33) dão... 124!
A curiosidade está em que nas penúltimas eleições autárquicas, o CDS e o PS formaram uma lista única para bater o PSD, sem tal conseguir.
Agora, a gente olha para estes números e verifica que , por consequência da matemática, isso queria dizer que se estas eleições fossem para a Junta de Freguesia ganhava o PS. Será que isso já é efeito do anúncio da candidatura socialista da dra. Carla Tavares?! Ui, ui!
Clique no mapa (da RTP) para o ver melhor.

09 junho 2009

||| A POLÍTICA NO FEMININO NAS URNAS DE ÓIS DA RIBEIRA...

Li a imprensa de Águeda e descobri que Óis vai ter uma mulher na política e logo candidata a presidente da Junta de Freguesia, o que não é coisa de somenos. Ora toma lá!
A candidata, vejo melhor a notícia, já anda na roda da política como deputada socialista da Assembleia Municipal de Águeda e eu só me admiro porque não saber e se sabia não me lembro: é a dra. Carla Tavares, que vai levar rosas no regaço para conquistar votos ao povo d´Óis! Isto é: é candidata do PS.
Cá para nós que ninguém nos ouve, até é interessante que o feminino se apresente a votos, para dourar a pílula do machismo reinante. Fica bem e o melhor é esperar para ver no que vai dar este cheiro rosa, que vai a votos.
O que dirá o Pires, o eterno presidente da Junta de Freguesia de Óis, é que eu não sei! E os «liores» independentes também vão a votos? E os bloquistas do café central também?! E não há mais mulheres de armas em Óis?!

08 junho 2009

||| A FUGA DOS RIBEIRENSES BONS...

A vida levou-me para uns dias fora, neste fim de semana e quis o destino que, muito longe de Óis, encontrasse um conterrâneo que não via há uns bons pares de anos. Falámos e recordámos várias coisas e fiquei a saber que ocupa posição profissional muito destacada numa empresa que anda em negócios internacionais.
Entre nós, pôs-se, então, a questão da fuga de cérebros que toca directamente a muitos ribeirenses porque, muitos tiveram de sair de Óis da Ribeira em busca de outras oportunidades. Quando concluem os seus cursos prosseguem o desejo de trabalhar e têm de sair, à procura de respostas para as suas habilitações e anseios. Sabemos que há médicos e engenheiros e outras profissões que demandam Portugal e o estrangeiro para (sobre)viver.
Mas não é fácil... as saudades apertam frequentemente, às vezes relativamente a coisas pequenas como os lânguidos almoços de domingo, uns copos no Pires, no Nélson ou no Pôr do Sol, ou o calor do fim do dia nos quentes dias de Agosto. Que se matam algumas vezes, muitas vezes, olhando à distância, mas é difícil explicar o apego que temos a Óis da Ribeira, mas ele existe e é por isso que tenho quase a certeza que um dia voltarão todos (ou quase todos).
Óis da Ribeira tem mudado, embora ainda prevaleçam "poços" de subdesenvolvimento, geridos por pessoas que vivem do estatuto, da chico-espertice e dos esquemas, e muitas outras áreas progridem diariamente para igualar os melhores padrões nacionais. Bem sei que a nossa tão ribeirense tendência para a autocrítica por vezes obscurece a capacidade de ver a luz ao fundo do túnel, mas há coisas que vão no rumo certo. Ainda bem que tal acontece!

03 junho 2009

||| AS JOANINHAS QUE (A)VOAVAM!...

Sou do tempo em que não havia telemóveis, nem computadores, nem playstation, ou que o valha. As nossas brincadeiras, quando as havia, era mais para o jogo do ringue e no verão íamos ao pão e queijo, para o mato dos adouros.
Hoje, não sei porquê, lembrei-me das joaninhas. E de como nós, em piquenos, ficávamos encantados, quando encontrávamos uma joaninha? A joaninha sempre fez parte das imagens lindas que temos da meninice e de quando trauteávamos «Joaninha voa, voa/ Que o teu pai foi a Lisboa/Buscar um carro de pão/Para ti e para o João...».
Ainda se lembram!

01 junho 2009

||| O CARRO ANTI-CRISE PARA OS TRANSPORTES PÚBLICOS DE ÓIS

Nada como fazer humor para combater um mau momento, o de crise! Passamos a vida a perguntar-nos como sair dela, como não sair e não decidimos como! A net trouxe-nos hoje um resposta insólita: um automóvel totalmente made in Portugal, absolutamente pró-ambiental e rigorosamente ecológico, é o Magalhães dos automóveis.
Automóvel a venda em Portugal já a partir do segundo semestre d 2009, com isenção de IVA e IVVA, em kit ou já montado!
Um carro verdadeiramente anti-crise e que também poderá ajudar a combater,que sabe?, o problema dos transportes públicos de Óis!
O que é que acham da ideia!.