O ano está a acabar, é já de hoje a 8 dias, e, quando se fizerem as listas de "Figuras do Ano", não pode ser esquecido o Professor Doutor Engenheiro, Secretário de Estado e quadro superior da ONU, o inimitável Artur Baptista da Silva, que tão boas palavras espalhou pelo país, nos últimos dias, pela SIC, Expresso, TSF e Reuters. Foi até ao «Expresso da Meia Noite», que tive a felicidade de não ver, e motivou um brilhante artigo do sábio economista e comunicador Nicolau Santos no último jornal Expresso (que também não li), «brilhantemente» intitulado “O que diz Artur e o Governo não ouve».
Como era possível ninguém ter lobrigado o que Artur Baptista da Silva lobrigava? Que, dizia ele, que a “receita” do governo está errada (olha que grande novidade), que estamos no caminho da Grécia (mas que surpresa) e que temos que “inverter” as políticas do governo. Mas esta é que é mesmo uma surpresa, ninguém imaginaria que o Governo precisa de mudar de políticas. Ou de sair.
O espantoso é que todos “especialistas” das televisões, das rádios e de jornais tão importantes não suspeitaram da lata de Artur Baptista da Silva e «comeram» as enormidades que por aí andou a espalhar - depois de anos na cadeia.
Bom, adiante! Baptistas e burlões há muitos, longe e perto de nós. Este Baptista não é mais que a cara de outros Baptistas, é um espelho de muitos de nós, é síntese, em carne e osso, do colectivo português - que anda cheio de gente espúria, de aldrabões, de gente que mostra a verdade dizendo a mentira; gente que promete e não cumpre, fala e não faz o que diz, dá às de vila-diogo quando a coisa não lhes interessa. É um mal geral.
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