ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
31 outubro 2006
||| LEMBRA-SE DISTO E DAQUILO, DAQUELOUTRO... DO FOI QUE DITO E PROMETIDO MAS NÃO FOI CUMPRIDO?
Com o avançar da idade a memória vai-se deteriorando, normalmente da mais curta para a mais longa: quem é que não conhece alguém de idade que já não se lembra de nos ter contado algo ainda há pouco tempo, mas que se lembra da história (antiga) com uma clareza impressionante? Para hoje, e como um pequeno teste, aqui ficam três perguntas: se falharem a primeira, estão a entrar em estado de geriatria; se falharem a segunda, o caso é mais grave; e, se falharem a terceira, é porque ou eram surdos, ou não são velhos, nem um bocadinho.
Se falharem as três, provavelmente não deram por isso, porque já nem conseguiram ler isto. Hahahaha.
- Pergunta 1 - memória de curta duração: Lembram-se de quando aqui se falou a última vez no cumprimento das promessas eleitorais de Setembro/Outubro de 2005? Aquela da habitação social na estrada do Surpel?
- Pergunta 2 - memória de média duração: Lembram-se da última vez que foam cumpridas as promessas das eleições de 2001? Aquela da piscina pateira?
- Pergunta 2 - memória de média duração: Lembram-se da última vez que foam cumpridas as promessas das eleições de 2001? Aquela da piscina pateira?
- Pergunta - memória de loooooonga duração: Lembram-se do tempo em que posição e oposição estava de mãos dadas para desemvolver a terra? E mai' não digo.
30 outubro 2006
||| OS LUCROS INUSITADOS DA BANCA E FALTA DO PROMETIDO MULTIBANCO EM ÓIS DA RIBEIRA
Segunda-feira, Outubro 30, 2006
Ontem estando em Óis e precisando de dinheiro em notas, lembrei-me de ir ao multibanco - há quanto tempo eu ouvi dizer que iríamos ter multibanco em Óis, no centro social? Fui ver e só encontrei editais da Junta e da Câmara, convocações militares, avisos da pecuária e mais não sei mais o quê. Quanto a multibanco, nicles...
«Essa é mais uma mentira...», disse-me um senhor a puxar pró baixote e largo, com um tacho na mão, julgo que para dar de comer a uns cães que por ali vagabundeavam. Não o conheço mas o homem vinha do lado do Cabo e, com ar de meio rufia... - francamente que não sei quem ele é... - disse mesmo os nomes de dois ribeirenses, enxovalhando-os de epítetos que aqui não repetimos.
Na verdade, lembro-me de em princípios deste ano ter lido algures - provavelmente no blogue d´Óis Por Três... - que na AG da Arcor se falou no assunto e teria sido garantido multibanco até ao verão. Isto, concluí eu ontem, faz lembrar aquela velha piada: «Pois, ele disse o mês mas não disse o ano...».
++++
Ven isto a propósito ds bancos pagarem menos impostos do que as outras empresas e o ministro das Finanças prometer estudar uma forma de pagarem mais, o mesmo ministro que sem grandes estudos aumenta os impostos a todos os portugueses. Entretanto volta a conceder a conceder as benesses que a própria direita tinha retirado, e como se isso fosse pouco ainda reduz os impostos às operações realizadas através de off shores.
Um banco atrapalha-se com uma operação off-shore e não declara os devidos impostos, mas isso não é problema, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais faz um despacho idiota para perdoar o banco e até lhe dá um bónus, só vai pagar o imposto para o próximo ano.
Alguém viu um político (a não ser o doido do Santana Lopes...) adoptar uma medida que se traduza na redução dos lucros da banca? Ou o Banco de Portugal detectar alguma ilegalidade na relação da banca com os clientes antes da DECO denunciar? Ou um jornalista escrever um artigo incómodo para os bancos que colocam publicidade no seu jornal? Ou algum opinion maker como o Marcelo dizer uma frase que prejudique a imagem da banca?
A banca lucra, compra, corrompe, financia a vida partidária, domina a seu bel-prazer e tudo parece normal. Até quando? Até que se instale o multibanco de Óis?
Ontem estando em Óis e precisando de dinheiro em notas, lembrei-me de ir ao multibanco - há quanto tempo eu ouvi dizer que iríamos ter multibanco em Óis, no centro social? Fui ver e só encontrei editais da Junta e da Câmara, convocações militares, avisos da pecuária e mais não sei mais o quê. Quanto a multibanco, nicles...
«Essa é mais uma mentira...», disse-me um senhor a puxar pró baixote e largo, com um tacho na mão, julgo que para dar de comer a uns cães que por ali vagabundeavam. Não o conheço mas o homem vinha do lado do Cabo e, com ar de meio rufia... - francamente que não sei quem ele é... - disse mesmo os nomes de dois ribeirenses, enxovalhando-os de epítetos que aqui não repetimos.
Na verdade, lembro-me de em princípios deste ano ter lido algures - provavelmente no blogue d´Óis Por Três... - que na AG da Arcor se falou no assunto e teria sido garantido multibanco até ao verão. Isto, concluí eu ontem, faz lembrar aquela velha piada: «Pois, ele disse o mês mas não disse o ano...».
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Ven isto a propósito ds bancos pagarem menos impostos do que as outras empresas e o ministro das Finanças prometer estudar uma forma de pagarem mais, o mesmo ministro que sem grandes estudos aumenta os impostos a todos os portugueses. Entretanto volta a conceder a conceder as benesses que a própria direita tinha retirado, e como se isso fosse pouco ainda reduz os impostos às operações realizadas através de off shores.
Um banco atrapalha-se com uma operação off-shore e não declara os devidos impostos, mas isso não é problema, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais faz um despacho idiota para perdoar o banco e até lhe dá um bónus, só vai pagar o imposto para o próximo ano.
Alguém viu um político (a não ser o doido do Santana Lopes...) adoptar uma medida que se traduza na redução dos lucros da banca? Ou o Banco de Portugal detectar alguma ilegalidade na relação da banca com os clientes antes da DECO denunciar? Ou um jornalista escrever um artigo incómodo para os bancos que colocam publicidade no seu jornal? Ou algum opinion maker como o Marcelo dizer uma frase que prejudique a imagem da banca?
A banca lucra, compra, corrompe, financia a vida partidária, domina a seu bel-prazer e tudo parece normal. Até quando? Até que se instale o multibanco de Óis?
29 outubro 2006
||| DESAPARECEU O PS DE ÓIS E O PS NACIONAL PARECE QUERER IR PELO MESMO CAMINHO
Estive a rever apontamentos da vida política de Óis da Ribeira e notei o gradual desaparecimento do PS da política local. O mesmo PS que ganhou as três primeiras eleições para a Junta de Freguesia. Que nas penúltimas apresentou o Saraiva, agora é do Bloco de Esquerda, e que há um ano já não apareceu no mapa.
Teria isto algum significado especial? Avancei e fui ver o site oficial do PS em busca dos resultados das eleições internas e nada encontrei. Ficaria admirado se encontrasse, pois percebi há muito que lá não sabem o que é e para que serve a Internet - apesar de Sócrates ser grande adepto das novas tecnologias. Mas o que realmente me choca no site oficial do PS é a impossibilidade de se poderem copiar conteúdos. Faz-se o click com o botão da direita do rato e recebe-se de retorno a mensagem "© Copyright 2006 PS".
Então o site oficial de um partido não é para divulgar as suas ideias e informações, através do efeito multiplicativo que a Internet proporciona? Libertem os conteúdos dessa funcionalidade ridícula e sem sentido e irão ter muitos mais acessos ao http://www.ps.pt/
A não ser que, como PS de Óis, o PS nacional também queira desaparecer do mapa.
Teria isto algum significado especial? Avancei e fui ver o site oficial do PS em busca dos resultados das eleições internas e nada encontrei. Ficaria admirado se encontrasse, pois percebi há muito que lá não sabem o que é e para que serve a Internet - apesar de Sócrates ser grande adepto das novas tecnologias. Mas o que realmente me choca no site oficial do PS é a impossibilidade de se poderem copiar conteúdos. Faz-se o click com o botão da direita do rato e recebe-se de retorno a mensagem "© Copyright 2006 PS".
Então o site oficial de um partido não é para divulgar as suas ideias e informações, através do efeito multiplicativo que a Internet proporciona? Libertem os conteúdos dessa funcionalidade ridícula e sem sentido e irão ter muitos mais acessos ao http://www.ps.pt/
A não ser que, como PS de Óis, o PS nacional também queira desaparecer do mapa.
28 outubro 2006
27 outubro 2006
||| OS GOVERNANTES VÃO PAGAR A DÍVIDA PÚBLICA DO SEU BOLSO E A INSTITUIÇÃO LOCAL DOAR AS SUAS PREBENDAS MENSAIS PARA ARRANJAR O ADRO DA IGREJA
O governo de José Sócrates, numa iniciativa inédita em Portugal, decidiu autorizar a divulgação da dívida do Estado e disse ao Ministro da Economia: "Ó Pinho, tira-me a conta das nossas dívidas! E põe isso bonito que é para divulgar junto do povo".
O que Sócrates não esperava era pela reacção do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, o tal António Castro Guerra ( o do aumento dos 16% da electricidade, lembram-se?....). Pois o bom do homem, após ter conhecimento pessoal da declaração de Sócrates veio prá praça pública afirmar que "são os governantes que devem este dinheiro. Não é mais ninguém" , e elevou o seu descaramento e firmeza afirmando cheio de razão que "este défice tem de ser pago por quem o gerou".
Desconfia-se que para tal os governantes, incluíndo Sócrates e Cavaco Silva:
1- Percam todas as regalias a que tinham direito.
2 - Vejam o ordenado reduzido em 50% (para estabilizar o déficite).
3 - Começem a pagar portagens nas scuts.
4 - Paguem do próprio bolso o combustível.
5 - Sejam deslocados para o Porto (com residência a pagar pelos próprios, bem como os transportes para Lisboa).
6 - Paguem o aumento de 32% de electricidade até ao fim do século.
---
Segundo informações não confirmadas, o governo de Sócrates está, neste momento, reunido para discussão das últimas decisões tomadas pelo mesmo.
Agora, meio a sério meio a brincar, deixem dizer que a instituição local seguiu o exemplo e até ao final do mandato vai doar as suas prebendas mensais próprias como donativo para arranjar o adro da igreja. Digo eu...
O que Sócrates não esperava era pela reacção do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, o tal António Castro Guerra ( o do aumento dos 16% da electricidade, lembram-se?....). Pois o bom do homem, após ter conhecimento pessoal da declaração de Sócrates veio prá praça pública afirmar que "são os governantes que devem este dinheiro. Não é mais ninguém" , e elevou o seu descaramento e firmeza afirmando cheio de razão que "este défice tem de ser pago por quem o gerou".
Desconfia-se que para tal os governantes, incluíndo Sócrates e Cavaco Silva:
1- Percam todas as regalias a que tinham direito.
2 - Vejam o ordenado reduzido em 50% (para estabilizar o déficite).
3 - Começem a pagar portagens nas scuts.
4 - Paguem do próprio bolso o combustível.
5 - Sejam deslocados para o Porto (com residência a pagar pelos próprios, bem como os transportes para Lisboa).
6 - Paguem o aumento de 32% de electricidade até ao fim do século.
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Segundo informações não confirmadas, o governo de Sócrates está, neste momento, reunido para discussão das últimas decisões tomadas pelo mesmo.
Agora, meio a sério meio a brincar, deixem dizer que a instituição local seguiu o exemplo e até ao final do mandato vai doar as suas prebendas mensais próprias como donativo para arranjar o adro da igreja. Digo eu...
26 outubro 2006
||| O MINISTRO DAS FINANÇAS PROMETE COBRAR MAIS À BANCA MAS ANDAM POR AÍ UNS PERDÕES FISCAIS À VISTA DOS OLHOS DE QUEM QUER VER A SÉRIO!
O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, este camarada aqui da foto, comprometeu-se ontem a "continuar" a aproximar as "taxas efectivas de tributação" - ou seja, em ribeirês corrente, tornar próximos o nível de impostos que os bancos realmente pagam e a "taxa média das restantes empresas".
"Não sou insensível à situação da carga tributária [dos bancos] e neste orçamento são tomadas medidas importantes nessas matérias», disse o venerável ministro, que falava no âmbito da análise parlamentar ao Orçamento do Estado para 2007 (OE 2007) e se fartou de carregar com as críticas das oposições à sua política de Finanças. Pudera!!!
Cá por nós, em bom ribeirês, achamos que o ministro das Finanças deveria era explicar porque motivo cobra logo aos pobres (cidadãos) e aos ricos (bancos!) promete cobrar. Que é isso que acontece, não é?
"Não sou insensível à situação da carga tributária [dos bancos] e neste orçamento são tomadas medidas importantes nessas matérias», disse o venerável ministro, que falava no âmbito da análise parlamentar ao Orçamento do Estado para 2007 (OE 2007) e se fartou de carregar com as críticas das oposições à sua política de Finanças. Pudera!!!
Cá por nós, em bom ribeirês, achamos que o ministro das Finanças deveria era explicar porque motivo cobra logo aos pobres (cidadãos) e aos ricos (bancos!) promete cobrar. Que é isso que acontece, não é?
No mesmo artigo leio que no caso do perdão fiscal e segundo Teixeira dos Santos, "não está provado que houvesse dívida fiscal neste caso".
Havia, segundo ele, uma "interpretação controversa de uma questão legal", e o Governo "clarificou essa interpretação" de uma forma que é "favorável ao Fisco". Isto era ele a dizer, lembrando, prudentemente, que "a lei não permite a retroactividade fiscal" - e por isso, logo vimos nós, «não é possível cobrar os impostos em causa».
Sejamos honestos, o imposto foi liquidado e portanto a Administração Fiscal não teve dúvidas, pelo que não haveria lugar a qualquer retroactividade depois de a reclamação não ter levado a uma interpretação distinta da do serviço que liquidou o imposto.
O que houve de facto foi a anulação de uma liquidação e em português comum isso designa-se por perdão fiscal! Em bom ribeirês, diríamos nós que lá se perdoaram mais umas coimas a alguns amigos. Dissemos bem?
25 outubro 2006
||| O MAU TEMPO E A LIMPEZA AS VALETAS PELAS ENXURRADAS DE ÁGUA
Bastaram umas chuvadas e algum vento para que as situações de desespero ocorressem um pouco por todo o país. Habitações inundadas, restaurantes destruídos, vias públicas bloqueadas, pequenos negócios destruídos, são o resultado de umas chuvadas, nada que se tenha assemelhado a um verdadeiro temporal e muito aquém daquilo que poderia dar lugar a cheias.
É um sinal claro de que as entidades públicas e em particular as autarquias apostam mais nas inaugurações do que na manutenção do que existe. A inaugurações de novos equipamentos oferece maiores benefícios eleitorais do que a manutenção dos existentes, os próprios cidadãos estão mais disponíveis para bloquear uma estrada para que não se acabe com uma SCUT do que para melhorar as escolas ou outras infra-estruturas públicas.
No caso particular de Óis da Ribeira, felizmente, para além de algum susto que apanhem os moradores da rua do Viveiro, com a água da cheia a morder-lhes os calcanhares na soleira da porta, não há novdade de qualquer acidente - dizem-me só que os ramos de algumas árvores foram partidos, que uma motorizada estacionada na rua «voou» uns metros arrastada e que umas poucas telhas andaram voar. Melhor sorte tiveram os cantoneiros de serviço, por consequência do mau tempo, já que as enxuradas limparam as valetas e já não terão de dobrar a coluna para rapar o lixo e as ervas criadas de meses. Os donos das valetas se quiserem que rapem a lama que ficou á porta.
É um sinal claro de que as entidades públicas e em particular as autarquias apostam mais nas inaugurações do que na manutenção do que existe. A inaugurações de novos equipamentos oferece maiores benefícios eleitorais do que a manutenção dos existentes, os próprios cidadãos estão mais disponíveis para bloquear uma estrada para que não se acabe com uma SCUT do que para melhorar as escolas ou outras infra-estruturas públicas.
No caso particular de Óis da Ribeira, felizmente, para além de algum susto que apanhem os moradores da rua do Viveiro, com a água da cheia a morder-lhes os calcanhares na soleira da porta, não há novdade de qualquer acidente - dizem-me só que os ramos de algumas árvores foram partidos, que uma motorizada estacionada na rua «voou» uns metros arrastada e que umas poucas telhas andaram voar. Melhor sorte tiveram os cantoneiros de serviço, por consequência do mau tempo, já que as enxuradas limparam as valetas e já não terão de dobrar a coluna para rapar o lixo e as ervas criadas de meses. Os donos das valetas se quiserem que rapem a lama que ficou á porta.
24 outubro 2006
||| PARE! SCUT!! E OLHE PARA AS PROMESSAS ELEITORAIS DA NOSSA RAPAZIADA DOS VÁRIOS GOVERNOS
E esta graçola?!
Um homem está a conduzir o seu carro, por uma SCUT adentro quando a certa altura percebe que se perdeu. Dá conta de outro homem que passa por perto, encosta ao passeio e chama-o:- Desculpe, pode dar-me uma ajuda? Prometi a um amigo encontrar-me com ele às 14h, estou meia hora atrasado e não sei onde me encontro.
Um homem está a conduzir o seu carro, por uma SCUT adentro quando a certa altura percebe que se perdeu. Dá conta de outro homem que passa por perto, encosta ao passeio e chama-o:- Desculpe, pode dar-me uma ajuda? Prometi a um amigo encontrar-me com ele às 14h, estou meia hora atrasado e não sei onde me encontro.
- Claro que o posso ajudar. O senhor encontra-se num automóvel, entre os 38 e os 39 graus de latitude norte e os 9 e 10 graus de longitude oeste, são 14 horas, 23 minutos e 42 segundos, hoje é quarta-feira e estão 27 graus centígrados.
- O senhor é informático?
- Exactamente! Como é que sabe?
- Porque tudo o que me disse está correcto do ponto de vista técnico, mas é inútil do ponto de vista prático. De facto, não sei o que fazer com a informação que me deu e continuo aqui perdido.
- Então o senhor deve ser um político certo?
Responde o perdido na SCUT: - Na realidade sou mesmo. Mas... como percebeu?
- Muito fácil: não sabe nem onde se encontra, nem para onde ir; fez uma promessa que não faz a menor ideia de como vai cumprir e agora espera que outro qualquer lhe resolva o problema. De facto, encontra-se exactamente na mesma situação em que estava antes de nos encontrarmos, mas agora, por um qualquer estranho motivo a culpa acaba por ser minha! Você é um dos perdidos das SCUT!!
---------
Piada recebida por e mail, de autoria incógnita, mas supostamente dirigida a gente conhecida da vida publica. A gente conhece
23 outubro 2006
||| AS PROPOSTAS DO GOVERNO E DA CÂMARA PARA OS INVESTIMENTOS PÚBLICOS NO NOSSO PRÓXIMO FUTURO
O comentador Toni da Pateira insurgiu-se, violentamente e em correio electrónico, contra o nosso post de ontem sobre as SCUT´s e, a propósito, sobre a Câmara de Águeda. Para ele, que bem conhecemos - como ele bem nos conhece... - somos «uns ordinários e primários anti-socialistas, a apostar rasteiramente na queda do governo e da Câmara». E usou o termo «fascitóide» - «fascistóide», ó Toni da Pateira?... - para, e citamo-lo, «esmagar e identificar publicanmente o nosso anti-socialismo primário» - isto se, como acrescentou, nós tivermos «coragem para postar isto». Bem se engana, Toni da Pateira. Como, aliás, muito bem sabe. E cá está o post. Agora vamos às SCUT´s.
«Quanto às SCUT, deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as condições que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial, a sua implementação, quer no que se refere aos indicadores de desenvolvimento sócio-económico das regiões em causa, quer no que diz respeito às alternativas de oferta no sistema rodoviário.”
O texto transcrito no parágrafo acima - como se infere pelo estilo - não é meu. É um excerto do programa do actual Governo, apresentado a 21 de Março de 2005 à Assembleia da República. Dezanove meses depois, confortado com a maioria absoluta conquistada no Parlamento, o executivo socialista viola uma das mais emblemáticas promessas feitas aos eleitores que nele confiaram. Pode agora José Sócrates alegar o que quiser: não falta já por aí quem chame traição a isto. Com todas as letras. E quanto a coerência ficamos esclarecidos... - E quanto a si e sobre isto, estamos falados!
Quanto à Câmara de Águeda, ó Toni da Pateira, então por acaso terá aí por casa o panfleto da propaganda que v. mesmo andou a distribuir há pouco mais de um ano? O que aqui ontem dissemos foi a caricaturar, é verdade, a acção do executivo municipal - mas a caricaturar e tendo a certeza que não teve ainda tempo para executar o que quer que seja... - Mais vai fazê-lo com quê, como e quando? Não brinque às politicazinhas, ó Toni daPateira!... Deixe lá a dorzita da sua decepção, que levedará ainda mais, se vier a acontecer o que supomos! Vai ver! E Deus queira que me engane!
«Quanto às SCUT, deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as condições que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial, a sua implementação, quer no que se refere aos indicadores de desenvolvimento sócio-económico das regiões em causa, quer no que diz respeito às alternativas de oferta no sistema rodoviário.”
O texto transcrito no parágrafo acima - como se infere pelo estilo - não é meu. É um excerto do programa do actual Governo, apresentado a 21 de Março de 2005 à Assembleia da República. Dezanove meses depois, confortado com a maioria absoluta conquistada no Parlamento, o executivo socialista viola uma das mais emblemáticas promessas feitas aos eleitores que nele confiaram. Pode agora José Sócrates alegar o que quiser: não falta já por aí quem chame traição a isto. Com todas as letras. E quanto a coerência ficamos esclarecidos... - E quanto a si e sobre isto, estamos falados!
Quanto à Câmara de Águeda, ó Toni da Pateira, então por acaso terá aí por casa o panfleto da propaganda que v. mesmo andou a distribuir há pouco mais de um ano? O que aqui ontem dissemos foi a caricaturar, é verdade, a acção do executivo municipal - mas a caricaturar e tendo a certeza que não teve ainda tempo para executar o que quer que seja... - Mais vai fazê-lo com quê, como e quando? Não brinque às politicazinhas, ó Toni daPateira!... Deixe lá a dorzita da sua decepção, que levedará ainda mais, se vier a acontecer o que supomos! Vai ver! E Deus queira que me engane!
22 outubro 2006
||| AS PROMESSAS DO GOVERNO E AS DE GIL NADAIS, PORTAGENS Á ENTRADA DE ÁGUEDA PARA PAGAR PROMESSAS!
O governo, pouco a pouco, faz cada vez mais a política que o próprio PS há uns dois anos considerava de direita. Agora surgiu a notícia que três vias rápidas bafejadas pela famosa palavra SCUT, ou seja auto-estradas sem portagens, vão começar a ser pagas já a partir de meados do próximo ano.
É estranho isto tudo, pois uma das grandes bandeiras eleitorais de Sócrates era mesmo a manutenção dos SCUTS. Mais uma vez ficou provado que o governo já não liga nenhuma às suas promessas.
Fui sempre contra os SCUTS, pois não faz sentido que um agricultor aqui de Óis, por exemplo, que nunca vai a Lisboa, tenha de pagar essas vias rápidas. Que pague qando lápassar... Por outro lado, a manutenção dos SCUTS era uma promessa eleitoral do PS. Disso não há a mínima dúvida. Agora dizem que no Porto o nível de vida melhorou e é essa a única razão da mudança! Tal como diz Rui Rio, só no Porto porquê? Em Lisboa, onde também há SCUTS, ou na A8, a vida não melhorou? São pobrezinhos? Coitadinhos...
Seja como for, este passo eu até considero positivo, têm é que acabar na sua totalidade com estas borlas. Está a custar milhões aos contribuintes, foi um erro à partida!
E se me dão licença, deixem-me reflectir sobre a imprensa local desta semana e as notícias dos investimentos do PIDDAC em 2007, que grande desilusão: então onde está a via rápida para Aveiro e o acesso à auto-estrada, que foram bandeira da actual Câmara - assim conmo o novo hospital, o novo tribunal e mais não sei o quê?!
Dou uma ideia ao governo municipal de Gil Nadais: ponha portagens à entrada de Águeda, para financiarmos todos as suas promessas todas e a compra da ceifeira aquática para apanhar os jacintos da pateira.
É estranho isto tudo, pois uma das grandes bandeiras eleitorais de Sócrates era mesmo a manutenção dos SCUTS. Mais uma vez ficou provado que o governo já não liga nenhuma às suas promessas.
Fui sempre contra os SCUTS, pois não faz sentido que um agricultor aqui de Óis, por exemplo, que nunca vai a Lisboa, tenha de pagar essas vias rápidas. Que pague qando lápassar... Por outro lado, a manutenção dos SCUTS era uma promessa eleitoral do PS. Disso não há a mínima dúvida. Agora dizem que no Porto o nível de vida melhorou e é essa a única razão da mudança! Tal como diz Rui Rio, só no Porto porquê? Em Lisboa, onde também há SCUTS, ou na A8, a vida não melhorou? São pobrezinhos? Coitadinhos...
Seja como for, este passo eu até considero positivo, têm é que acabar na sua totalidade com estas borlas. Está a custar milhões aos contribuintes, foi um erro à partida!
E se me dão licença, deixem-me reflectir sobre a imprensa local desta semana e as notícias dos investimentos do PIDDAC em 2007, que grande desilusão: então onde está a via rápida para Aveiro e o acesso à auto-estrada, que foram bandeira da actual Câmara - assim conmo o novo hospital, o novo tribunal e mais não sei o quê?!
Dou uma ideia ao governo municipal de Gil Nadais: ponha portagens à entrada de Águeda, para financiarmos todos as suas promessas todas e a compra da ceifeira aquática para apanhar os jacintos da pateira.
21 outubro 2006
||| CARTA DE AMOR E BEM-DIZER DE "JR" A ÓIS DA RIBEIRA E AO ... CONTRA D´OIS
Johnny Reis (JR), estudante ribeirense em Viseu, reagiu no seu blogue FOLHAS SOLTAS a uma saudação do CONTRA D´OIS - saudação que, no uso da legitimidade que não se lhe pode negar..., democraticamente "censurou", não a editando. Fez muito bem... Como nós por cá somos gente de moral livre e assumimos a nossa cidadania sem preconceitos, e como o que JR escreve no seu blogue é uma verdadeira lição de ribeirismo, não hesitamos em transcrever o que judiciosamente articulou.
Transcrevemos, com a nossa vénia e integralmente.
Aí vai o que "diz Jota Erre"...:
+++
"Para... CONTRA D´ÓIS
Colegas, camaradas, amigos, conhecidos, ribeirenses… não sei!! Fiquei surpreendido com o vosso comentário. Prezo muito os elogios e quando estes são de incentivo, melhor ainda… tenho acompanhado as postagens do vosso blogue… aliás, até o costumo visitar “aquase” diariamente… mas uma coisa deixa-me intrigado… com tantas ideias, reparos da vida de Óis, com tanta força de vontade de tornar Óis num sitio mais agradável para se viver, para quê estarem encobertos por essa capa, a que se chama anonimato? Para quê esconderem-se por detrás dessa manta? Isto de mandar bacoradas para o ar é fácil, as vossas muitas das vezes são bem direccionadas e com o seu alvo bem especifico mas, ao fazerem-no assim dessa forma, acaba por se tornar inválido e inútil aos meus olhos… como posso eu aceitar que alguém me critique, e entenda-se que vocês publicam criticas construtivas, e não consegue dar a cara para se identificar? Como posso eu querer mudar seja o que for se a pessoa que me critica não consegue dar a cara pelo que diz? Como posso eu ser considerado um grande ribeirense se nem consigo ter a coragem necessária para me identificar e dizer “sim, fui eu que disse que isto está mal!!”. Acho que só podemos construir algo se todos estiverem unidos para se juntar e começar a construir algo de positivo… isto pelo menos é a minha maneira de ser e de estar!!
Para além de ter obrigado os meus colegas universitários a saber que Óis da Ribeira é uma nação, que a Pateira é nossa e não de Fermentelos e me ter afirmado nestas terras de Viriato pela gana de ser Ribeirense, e não aguedense como muitos fazem ai em Óis, em tudo o que faço e me empenho tem sempre presente a minha marca e a minha identificação. (e isso vocês sabem!!)… por isso desta vez aceitem esta critica construtiva e tentem ganhar a coragem de se identificar… vocês e os do outro blogue!! Acho que dar a cara e colocar, muitas das vezes, o dedo na ferida mostra o carácter de cada um de nós!! Eu tento defender a camisola de Óis sendo alguém de carácter forte e directo no que diz e no que pensa! Capaz de enfrentar seja quem for quando tenho ideias mas capaz de reconhecer quando as minhas ideias não são as melhores!! Convido-vos a fazerem um brainstorming do que vocês andam a fazer, juntem tudo num cluster e com a certeza que conseguem dizer e fazer algo de positivo repensem a vossa maneira de dizer as coisas… Com a certeza que agora compreendem a razão pela a qual não publiquei os vossos comentário, pois acredito convictamente que comentários de alguém que não se identifica não merecem ser postados!!
Espero que tenha noticias vossas... mas de outra forma… a de alguém que não tem vergonha de dizer que é de Óis da Ribeira!!Um abraço, ou beijo, ou aperto de mão, ou dois beijos na cara… sei lá!!
Deste Ribeirense: Johnny Reis"
++++
Caro JR:
Cá estão notícias nossas e já que você é assim «alguém de carácter tão forte e directo no que diz e no que pensa (...), capaz de enfrentar seja quem for (..)», - e damos-lhe parabéns por isso, nós, enfim... somos mais modestos... - então diga-nos lá, aqui ao ouvido, para que ninguém nos ouça, o que é que você já fez por essa Óis da Ribeira que tanto ama? Em que fóruns, em defesa de que princípios ou promoção de que valores ribeirenses? Já agora, na home page tire lá os Repeses e Viseu, ponha Rua Benjamim Soares de Freitas/Ois da Ribeira.
Só mais uma coisa, por hoje: fazermos brainstorming? Nós? Óóóóóóóóó.....
Aí vai o que "diz Jota Erre"...:
+++
"Para... CONTRA D´ÓIS
Colegas, camaradas, amigos, conhecidos, ribeirenses… não sei!! Fiquei surpreendido com o vosso comentário. Prezo muito os elogios e quando estes são de incentivo, melhor ainda… tenho acompanhado as postagens do vosso blogue… aliás, até o costumo visitar “aquase” diariamente… mas uma coisa deixa-me intrigado… com tantas ideias, reparos da vida de Óis, com tanta força de vontade de tornar Óis num sitio mais agradável para se viver, para quê estarem encobertos por essa capa, a que se chama anonimato? Para quê esconderem-se por detrás dessa manta? Isto de mandar bacoradas para o ar é fácil, as vossas muitas das vezes são bem direccionadas e com o seu alvo bem especifico mas, ao fazerem-no assim dessa forma, acaba por se tornar inválido e inútil aos meus olhos… como posso eu aceitar que alguém me critique, e entenda-se que vocês publicam criticas construtivas, e não consegue dar a cara para se identificar? Como posso eu querer mudar seja o que for se a pessoa que me critica não consegue dar a cara pelo que diz? Como posso eu ser considerado um grande ribeirense se nem consigo ter a coragem necessária para me identificar e dizer “sim, fui eu que disse que isto está mal!!”. Acho que só podemos construir algo se todos estiverem unidos para se juntar e começar a construir algo de positivo… isto pelo menos é a minha maneira de ser e de estar!!
Para além de ter obrigado os meus colegas universitários a saber que Óis da Ribeira é uma nação, que a Pateira é nossa e não de Fermentelos e me ter afirmado nestas terras de Viriato pela gana de ser Ribeirense, e não aguedense como muitos fazem ai em Óis, em tudo o que faço e me empenho tem sempre presente a minha marca e a minha identificação. (e isso vocês sabem!!)… por isso desta vez aceitem esta critica construtiva e tentem ganhar a coragem de se identificar… vocês e os do outro blogue!! Acho que dar a cara e colocar, muitas das vezes, o dedo na ferida mostra o carácter de cada um de nós!! Eu tento defender a camisola de Óis sendo alguém de carácter forte e directo no que diz e no que pensa! Capaz de enfrentar seja quem for quando tenho ideias mas capaz de reconhecer quando as minhas ideias não são as melhores!! Convido-vos a fazerem um brainstorming do que vocês andam a fazer, juntem tudo num cluster e com a certeza que conseguem dizer e fazer algo de positivo repensem a vossa maneira de dizer as coisas… Com a certeza que agora compreendem a razão pela a qual não publiquei os vossos comentário, pois acredito convictamente que comentários de alguém que não se identifica não merecem ser postados!!
Espero que tenha noticias vossas... mas de outra forma… a de alguém que não tem vergonha de dizer que é de Óis da Ribeira!!Um abraço, ou beijo, ou aperto de mão, ou dois beijos na cara… sei lá!!
Deste Ribeirense: Johnny Reis"
++++
Caro JR:
Cá estão notícias nossas e já que você é assim «alguém de carácter tão forte e directo no que diz e no que pensa (...), capaz de enfrentar seja quem for (..)», - e damos-lhe parabéns por isso, nós, enfim... somos mais modestos... - então diga-nos lá, aqui ao ouvido, para que ninguém nos ouça, o que é que você já fez por essa Óis da Ribeira que tanto ama? Em que fóruns, em defesa de que princípios ou promoção de que valores ribeirenses? Já agora, na home page tire lá os Repeses e Viseu, ponha Rua Benjamim Soares de Freitas/Ois da Ribeira.
Só mais uma coisa, por hoje: fazermos brainstorming? Nós? Óóóóóóóóó.....
Beijinhos!
20 outubro 2006
19 outubro 2006
17 outubro 2006
||| OS GRANDES RIBEIRENSES DO SÉCULO XX, QUEM SERÃO ELES E POR QUE NÃO HÁ ESTÁTUAS E BUSTOS EM óIS DA RIBEIRA?!!!
Quem serão os grandes ribeirenses do século XX, os sábios, os lentes, os enormes políticos e homens de letras, os grandes fazedores de progresso e desenvolvimento? E tê-los-á havido?
Que foram os geradores de dinâmicas, os construtores da modernidade da Óis que hoje vivemos. Importará começar pelo que herdámos da pleiâde de ribeirenses associados a momentos importantes. E que tem OR de importante, de indiscutível interesse público, que ultrapasse gerações e nos tenha feito maiores? Não é tarefa fácil. Não há memória recente de médicos, engenheiros, arquitectos, advogados, homens de letras e de cultura na sociedade ribeirense, em gestação memorial do século XX.
Socorremo-nos, por ora, das memórias escritas em placas de ruas. E não serão muitas. Quem sabe as sugestões que nos poderão chegar. E chegarão?
- MANUEL TAVARES, Manuel Maria Tavares da Silva - Nome de benemérito que dá nome à rua que vai do Largo do Centro Social à Cruzeiro do café do Nélson, a antiga Rua do Cabo. Sabe-se que fez fortuna em África e mecenou e dirigiu obras de Óis da Ribeira, principalmente na igreja. São conhecidos registos da sua autoria de um projecto para a ponte, nos anos 20/30.
- ADOLFO PIRES DOS REIS, benemérito da freguesia - Doou à Junta de Freguesia a sua casa da rua que hoje tem o seu nome - a antiga Rua do Viveiro. A sede da Tuna Musical. Sabe-se que foi comerciante em Setúbal.
- BENJAMIM SOARES DE FREITAS, benemério da freguesia - Ofereceu a freguesia o primeiro telefone (ainda hoje é o telefone público) e o relógio da torre. Nome de rua que vai do Largo do Centro Social à escola.
- ANTÓNIO BERNA, Comendador da República Portuguesa - Notabilizou-se como cantor de fados de Coimbra. Rua que vai da Escola à Rua da Pateira.
+++
Que nos lembre, não há mais nenhuma rua com nome de pessoa em Óis da Ribeira - havendo o Largo Zebedeu Barqueiro, junto ao rio, homenageando o dito barqueiro, que atravessava pessoas e bens da margem de Óis para a de Cabanões, do Rio Águeda, e vice-versa.
Que foram os geradores de dinâmicas, os construtores da modernidade da Óis que hoje vivemos. Importará começar pelo que herdámos da pleiâde de ribeirenses associados a momentos importantes. E que tem OR de importante, de indiscutível interesse público, que ultrapasse gerações e nos tenha feito maiores? Não é tarefa fácil. Não há memória recente de médicos, engenheiros, arquitectos, advogados, homens de letras e de cultura na sociedade ribeirense, em gestação memorial do século XX.
Socorremo-nos, por ora, das memórias escritas em placas de ruas. E não serão muitas. Quem sabe as sugestões que nos poderão chegar. E chegarão?
- MANUEL TAVARES, Manuel Maria Tavares da Silva - Nome de benemérito que dá nome à rua que vai do Largo do Centro Social à Cruzeiro do café do Nélson, a antiga Rua do Cabo. Sabe-se que fez fortuna em África e mecenou e dirigiu obras de Óis da Ribeira, principalmente na igreja. São conhecidos registos da sua autoria de um projecto para a ponte, nos anos 20/30.
- ADOLFO PIRES DOS REIS, benemérito da freguesia - Doou à Junta de Freguesia a sua casa da rua que hoje tem o seu nome - a antiga Rua do Viveiro. A sede da Tuna Musical. Sabe-se que foi comerciante em Setúbal.
- BENJAMIM SOARES DE FREITAS, benemério da freguesia - Ofereceu a freguesia o primeiro telefone (ainda hoje é o telefone público) e o relógio da torre. Nome de rua que vai do Largo do Centro Social à escola.
- ANTÓNIO BERNA, Comendador da República Portuguesa - Notabilizou-se como cantor de fados de Coimbra. Rua que vai da Escola à Rua da Pateira.
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Que nos lembre, não há mais nenhuma rua com nome de pessoa em Óis da Ribeira - havendo o Largo Zebedeu Barqueiro, junto ao rio, homenageando o dito barqueiro, que atravessava pessoas e bens da margem de Óis para a de Cabanões, do Rio Águeda, e vice-versa.
16 outubro 2006
||| OS GRANDES PORTUGUESES!!! OS GRANDES POLÍTICOS E A FALTA DE CIENTISTAS, DE MÉDICOS, DE ARQUITECTOS E FILÓSOFOS, MULHERES E HOMENS DE CULTURA!!!
Anda por aí uma grande celeuma em torno das escolhas dos “candidatos” a maior português. Parece que se esqueceram de incluir Salazar na lista oficial. E ainda falta ouvir a voz grossa do conterrâneo poeta Manuel Alegre, que ganhou as eleições ao político Soares e que, ao contrário do seu opositor, não consta da lista, nem como político, nem como poeta. E pela mesmo critério, os três pastorinhos, beatificados e a caminho da santidade, se poderão queixar de esquecimento, já que na lista constam prelados sem tal bênção. Aliás, não entendo porque motivo quem se lembrou de Salazar não reparou que, estando Amália e Eusébio, a lista ficaria incompleta sem o Cardeal Cerejeira e os três pastorinhos.
Mas não participo nesta coisa das escolhas, senão proporia o Quim Lonas, um pobre diabo por quem tenho mais respeito que por alguns pedantolas que por aí pululam na terra.
Mas não participo nesta coisa das escolhas, senão proporia o Quim Lonas, um pobre diabo por quem tenho mais respeito que por alguns pedantolas que por aí pululam na terra.
O que me levou a visitar a página do concurso da RTP [Link] foi tentar conhecer aqueles que a Estação do Estado considera serem os melhores entre todos os portugueses e cheguei à conclusão de que fica muita coisa explicada.
Classificando os "candidatos" pelo domínio em que se destacaram, temos:
105 homens e mulheres da cultura.
57 políticos.
22 cientistas.
12 exploradores.
8 desportista.
7 arquitectos.
6 Economistas
6 religiosos.
4 Filósofos.
Desde logo ficamos a perceber que porque motivo alguns cursos universitários estão a abarrotar, enquanto outros, os que dão emprego, ficam às moscas, somos um país de poetas e políticos, e quanto a cientistas ficamo-nos pelos médicos e, talvez isto tenha alguma explicação, o nosso forte é a neurologia.
Da mesma forma não se percebe como, num país mal governado, os políticos seja precisamente o segundo maior lote de "candidatos". Temos mais políticos (57) que todas as categorias da ciência e do pensamento juntas - os cientistas, exploradores, arquitectos, filósofos e economistas (51). E quando o nosso D. Duarte tiver tempo para ler a lista, a situação vai agravar-se, pois uma boa parte dos nossos reis foram excluídos, ainda que se constate o regresso do D. Sebastião, mesmo sem ter havido nevoeiro. O que nos sobra em políticos falta-nos em exploradores, cientistas, economistas, arquitectos ou filósofos.
Do mal, o menos, com estas elites resta-nos contar com 6 religiosos, se não temos cientistas e empresários resta-nos entregar a alma ao cuidado de santos e prelado, ao menos temos quem reze por nós e nos proteja depois de mortos, já que em vida a esperança é pouca, nem as infantilidades do ministro Manuel Pinho nos animam.
A conclusão é simples, em Portugal discute-se muito, pensa-se pouco, trabalha-se ainda menos e reza-se quanto baste!!!
Classificando os "candidatos" pelo domínio em que se destacaram, temos:
105 homens e mulheres da cultura.
57 políticos.
22 cientistas.
12 exploradores.
8 desportista.
7 arquitectos.
6 Economistas
6 religiosos.
4 Filósofos.
Desde logo ficamos a perceber que porque motivo alguns cursos universitários estão a abarrotar, enquanto outros, os que dão emprego, ficam às moscas, somos um país de poetas e políticos, e quanto a cientistas ficamo-nos pelos médicos e, talvez isto tenha alguma explicação, o nosso forte é a neurologia.
Da mesma forma não se percebe como, num país mal governado, os políticos seja precisamente o segundo maior lote de "candidatos". Temos mais políticos (57) que todas as categorias da ciência e do pensamento juntas - os cientistas, exploradores, arquitectos, filósofos e economistas (51). E quando o nosso D. Duarte tiver tempo para ler a lista, a situação vai agravar-se, pois uma boa parte dos nossos reis foram excluídos, ainda que se constate o regresso do D. Sebastião, mesmo sem ter havido nevoeiro. O que nos sobra em políticos falta-nos em exploradores, cientistas, economistas, arquitectos ou filósofos.
Do mal, o menos, com estas elites resta-nos contar com 6 religiosos, se não temos cientistas e empresários resta-nos entregar a alma ao cuidado de santos e prelado, ao menos temos quem reze por nós e nos proteja depois de mortos, já que em vida a esperança é pouca, nem as infantilidades do ministro Manuel Pinho nos animam.
A conclusão é simples, em Portugal discute-se muito, pensa-se pouco, trabalha-se ainda menos e reza-se quanto baste!!!
Amanhã, se nos derem licença, falaremos dos GRANDES RIBEIRENSES!!!
15 outubro 2006
||| A RAZÃO DA APARÊNCIA GEOMÉTRICA DOS POLÍTICOS LOCAIS E A LATA DELES, PORQUE HOJE É DOMINGO...
O facto de nunca ter gostado muito de geometria fez com que, a dada altura, nos apercebesse que ela me perseguia irritantemente por todo o lado. Por vezes até invadindo o meu discurso, entrando sem pedir licença nas minhas frases, irrompendo sem convite nos meus pensamentos.
A geometria invadiu a linguística selvaticamente e hoje em dia dou por mim a utilizar termos que sempre me enervaram. Sempre que olho para o outro ângulo das questões; sempre que ponho as coisas em perspectiva; sempre que estabeleço paralelismos; sempre que torno a pôr as coisas nos eixos; ou que me apercebo de assimetrias; sempre que peço coordenadas, ou que levo as coisas para outro plano, que me dá um prisma diferente, um outro grau de conhecimento, ou de surpresa...
Os termos «geométricos» surgem tão espontânea e inconscientemente que muitas vezes nem damos por eles. E nalguns casos não fazem sentido nenhum: porque razão dizemos «círculo de amigos»? Existirá alguma obrigatoriedade de nos dispôrmos em círculo quando estamos com amigos? Não podemos assumir outras formas de estar? Para quebrar a monotonia podíamos inventar formas diferentes – um polígono de amigos hoje, um equilátero de amigas amanhã. Agora ser sempre um círculo é algo monótono não? E o que dizer dos triângulos amorosos? Não podem ser rectângulos amorosos? Ou mesmo losangos amorosos? É claro que a cama teria de ser maior, mas e daí?
Até a blogosfera é um termo estranho, com laivos de geometria. Blogosfera sugere alguma coisa esférica, redondinha, galileiliana... Qualquer dia ainda me aparece aí um maluco qualquer a dizer que a blogosfera é redonda. Porque não chamá-la de blogocúbica - em vez de blogosfera? Até é capaz de ser mais giro se fôr blogocúbica: tem mais ângulos, tudo faz mais ricochete. Seja como fôr, sempre que penso em geometria fico com a desagradável sensação de estar a ter um discurso quadrado. Como algumas bestas quadradas, de razões cúbicas e pensamento redondo que ditam as leis do nosso dia-a-dia! E não é só cá por Óis!!!
Tudo isto num plano retórico, claro...
14 outubro 2006
||| AS (IN)CONGRUÊNCIAS DE UM GOVERNO A DOIS PONTOS DE VISTA, COM UM MINISTRO QUE É UM (ES)PINHO, OUTRO QUE É UM CAMPO(S) PARA SE PÔR A CAVAR
«A crise acabou".
- Quem assim falou foi o sr. Manuel Pinho. O sr. Ministro da Economia, nem esteve com meias palavras, ontem em Aveiro.
"A crise acabou...!". E pronto.
Hoje já engoliu o que disse. Desdisse-se! Quer dizer: mentiu!! Mentiu, ou ontem, ou mentiu hoje de manhã!!!
"5,00 euros nem dá para pagar uma refeição no hospital".
- Correia de Campos, Ministro da Saúde, inefavelmente falando na RTP, na véspera.
Saúde? O que diz a Constituição?
Pois diz que "todos têm direito à protecção da saúde".
Mas o que o sr. Campos do Ministério vei dizer é que só os que a podem pagar.
"Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde".
E a melhor maneira de o fazer é fechar maternidades e urgências.
Ora, se este sr. Campos fosse mas é cavar terra!
+++
PS: Estes dois srs. ministros falaram assim com um intervalo de 12 horas e, para quem não sabe, são ambos do Governo do sr. Sócrates. O nosso Sócrates!! O Sócrates a que temos direito!!!
13 outubro 2006
||| O CAPUCHINHO VERMELHO E O LOBO MAU QUE ANDA A COMER AS MENINAS INGÉNUAS E DE BEM DE OIS DA RIBEIRA
O Capuchinho Vermelho é uma das «histórias mal contadas» dos dias de hoje: a história de uma jovem criatura do sexo feminino que vai levar o lanche à sua avózinha doente, que vive do outro lado da floresta e que encontra um lobo que a quer comer. Literalmente.
Eu tenho imensas reservas quanto a esta história de miséria infantil e pedofilia. A começar pelo comportamento perfeitamente inconsciente da mãe que envia a criancinha para o desconhecido e vestida de vermelho (de referir que a escolha do vermelho não é a mais feliz, remetendo-nos de imediato para um universo de potencial deboche com forte conotação sexual – o que provavelmente foi a intenção do autor da história), expondo-a desnecessariamente à luxúria rebarbada de um lobo que, pelos vistos, tresandava a pedófilo como gente grande.
Diz a história que o lobo interpela a criancinha a meio caminho, ficando a saber qual o seu destino. Pergunto-me porque diabo o lobo não deu azo às suas desvairadas pulsões sexuais logo no primeiro encontro e não despachou logo ali a jovem de vermelho? Continuo sem perceber a opção do lobo em deslocar-se inicialmente para a casa da avózinha, comê-la (se isto não é um comportamento desviante, não sei o que será...) e logo a seguir travestir-se de avózinha (outro comportamento de conduta deveras questionável) aguardando pacientemente a chegada da jovem de capuchinho vermelho. Temos portanto um lobo travesti e pedófilo com um gosto mórbido por gerontes, e um comportamento assaz maquiavélico a roçar o compulsivo-obsessivo – é muita fruta para um lobo só.
Mas onde a história descamba completamente é quando o Capuchinho Vermelho chega à casa da avózinha e não se apercebe de imediato que aquele ser deitado não é a sua avózinha mas sim o lobo. Das duas uma: ou a velha tinha problemas graves de saúde para apresentar aquela pelagem ou o Capuchinho Vermelho era um verdadeiro calhau com olhos. Eu por mim aposto na segunda hipótese, a julgar pelas perguntas inconsequentes que a petiz faz à sua pouco provável avó.
O lobo acaba por se fartar de tanta pergunta e come também, várias vezes durante essa tarde, a pequena Capuchinho Vermelho. Diz a história oficial que uns lenhadores entram pela casa adentro e salvam a situação matando o lobo, abrindo-lhe a barriga, e retirando de lá dentro a avó e o Capuchinho Vermelho, intactas. Frescas que nem uma alface!Eu acho estranho este comportamento dos lenhadores a entrarem ali por dentro como se fosse tudo deles. A não ser que houvesse ali marosca da boa com a avó e aquilo fosse um comportamento habitual. Mas acho ainda mais estranho que as criaturas sejam arrancadas vivas das entranhas do lobo: ninguém aborda o efeito dos sucos gástricos nesta história?
O verdadeiro desfecho não foi, obviamente, o oficial. Na realidade o lobo não comeu ninguém no sentido gastronómico do termo. Avózinha e Capuchinho Vermelho tornaram-se escravas sexuais do animal. E numa sessão mais violenta, que envolvia chicotes e chaves inglesas besuntadas em mel, a gritaria era tanta que atraíu uma equipa de vigorosos lenhadores. É certo que o lobo morreu depois de umas machadadas, mas a vida da avózinha e da Capuchinho Vermelho nunca mais foi a mesma a partir de então. Ainda hoje é grande a fama da cabana da lanterna vermelha no confins do bosque.
Ainda hoje muita gente fala do «lobo mau» de Óis da Ribeira que se farta de gabar de ter comido a menina do capuchinho vermelho que ia levar de comer à avozinha doente.
12 outubro 2006
||| JOSÉ SÓCRATES ANDA POR AÍ A MANDAR FAZER UMAS COISAS MAS QUALQUER DIA ELE VAI VER O POVO A FAZER-LHE O MANGUITO E AS CONTAS NAS URNAS DE VOTO
«Nas urnas acertam-se as contas», gritavam esta tarde, 70 000 portugueses, em Lisboa, proclamando-se contra o governo de Sócrates, as políticas sociais e económicas que irão afectar os portugueses e, portanto, também os d´Óis da Ribeira.
Sabendo que o povo português é mais passivo do que uma morsa desdentada e bêbeda, sabendo que os sindicatos portugueses têm a mesma capacidade de mobilização de uma doninha ranhosa e fedorenta e sabendo que 70 000 portugueses se manifestaram hoje contra o actual Governo, eu, se fosse Sócrates, deixaria de acreditar nas sondagens que garantem a popularidade do actual primeiro-ministro.
Sabendo que o povo português é mais passivo do que uma morsa desdentada e bêbeda, sabendo que os sindicatos portugueses têm a mesma capacidade de mobilização de uma doninha ranhosa e fedorenta e sabendo que 70 000 portugueses se manifestaram hoje contra o actual Governo, eu, se fosse Sócrates, deixaria de acreditar nas sondagens que garantem a popularidade do actual primeiro-ministro.
11 outubro 2006
||| A MINHA MULHER PERDEU 5 QUILOS E ESTOU MUITO CHATEADO COM ELA, ACHO QUE LHE VOU PEDIR UMA INDEMNIZAÇÃO, POR PERDAS E DANOS
Fiquei chateado... Estou deveras aborrecido com uma situação doméstica. A minha mulher disse-me ontem, depois de me «ameaçar» que já toda a gente sabia quem eu sou, depois dos meus romanceados posts dos últimos três dias, disse-me com o ar mais feliz do mundo, que com a dieta que anda a fazer já pesa menos 5 quilos.
Ora bem, isso até pode ser motivo de felicidade para ela mas... então e eu??? Reparem bem, eu perdi 5 quilos de mulher, cerca de 8% do que tinha, e isto tudo sem qualquer contrapartida. Ainda se ela tivesse ido ao talho, mandado tirar uns bocados de chicha e os tivesse trazido para casa, ainda se aproveitavam para fazer um empadão ou mesmo uns croquetes, mas assim não. Simplesmente evaporou parte do meu património e ainda delapidou o erário familiar em algumas dezenas de euros gastos em medicamentos. Ora isto tá mal ! Eu não merecia isto!
Ela devia era seguir bons exemplos, como o meu, que desde há 11 anos para cá já incrementei o nosso volume familiar em mais de 20 quilos. Se isto continuar assim acho que lhe vou pedir uma indemnização por danos e prejuízos.
Ora gaita, então tudo, aumenta tudo aumenta e logo ela é que tinha que diminuir ?!...
Ora bem, isso até pode ser motivo de felicidade para ela mas... então e eu??? Reparem bem, eu perdi 5 quilos de mulher, cerca de 8% do que tinha, e isto tudo sem qualquer contrapartida. Ainda se ela tivesse ido ao talho, mandado tirar uns bocados de chicha e os tivesse trazido para casa, ainda se aproveitavam para fazer um empadão ou mesmo uns croquetes, mas assim não. Simplesmente evaporou parte do meu património e ainda delapidou o erário familiar em algumas dezenas de euros gastos em medicamentos. Ora isto tá mal ! Eu não merecia isto!
Ela devia era seguir bons exemplos, como o meu, que desde há 11 anos para cá já incrementei o nosso volume familiar em mais de 20 quilos. Se isto continuar assim acho que lhe vou pedir uma indemnização por danos e prejuízos.
Ora gaita, então tudo, aumenta tudo aumenta e logo ela é que tinha que diminuir ?!...
10 outubro 2006
||| O OUTONO E AS CASTANHAS ASSADAS, A ESCOLA, OS CARAPUÇOS DE SACOS DE ADUBO - 3 (FIM)
(continua de ontem e de anteontem)
Lembro-me dos cinco tostões de tremoços que uma senhora baixinha vendia ao domingo de porta em porta e que eu escondia até segunda ou terça-feira, dos coloridos “esticas” - oas «Gorilas»... - que meio clandestinamente comprávamos na loja do Armando ou da Celeste, das amoras que íamos apanhar para os combros. «Ai tens amoras?! Então já namoras!...», dizíamos nós, trauteando para imaginar algum namorico a alguma rapariga da escola.
E os cromos da bola, que o irmão de um de nós trazia de Águeda, o meu Yazalde, o Chico Faria o Dinis, o Damas...
E aquela clandestina revista “de mulheres nuas”, como é que eram, a Playboy ... - e um disco do Alain Dellon, «Je t´aime, mois, nom plus...», acho eu que era assim, com uns sussurros cantados que nos deixavam corados de cara e a suar!
Da escola é que eu não gostava. Ao adormecer, rezava (!) angustiado para que um terramoto, um incêndio ou outra catástrofe a fechasse por uns dias. Uma desejo maior era que a professora engravidasse, porque assim ficava três meses em casa, eu tinha ouvido os meus pais a discutir isso em casa, por causa de uma notícia da televisão. Tudo isto, era pior que ir à catequese - qe era só uma hora por semana.
Na escola, o meu truque era ganhar tempo para (de novo não) fazer os “deveres”, que eram sempre adiados o mais que eu podia. E assim escapasse dumas valentes reguadas que invariavelmente me levavam às lágrimas.
Um dia de Outono como este, antes de chegar à escola, encontrei o meu primo que já andava na 4ª . classe e me desafiou a faltar com ele. Nunca pela cabeça me passaria tal atrevimento, tão ousado era faltar à eascola. Alinhei, assustado, e não mais me esqueci daquele dia de emoções fortes. Toda a jornada deambulámos pela freguesia fora, fomos à pateira - o meu primo dizia que era o ribeiro... - e fomos até tão longe, bem longe de qualquer vista indiscreta. Quase chegámos a Requeixo, onde o meu primo me quis mostrar a ponte romana, «feita pelos romanos numa só noite!». E eu acreditava!
Lá voltámos sem nunca termos a certeza do caminho de volta, a sorte foi um de nós se lembrar para irmos sempre ao lado do rio, pelo paredão acima.. . Um saboroso crime estava feito, uma exaltada angústia misturava-se com as imagens da minha casa protectora, dos meus irmãos e da minha incauta mãe. Tudo tão longe. E logo, aflito, afastava da ideia a figura gigante do meu pai zangado, volvendo às explorações e correrias com o meu primo.
Começava cedo a minha relação íntima com o mundo fora da minha casa, da escola e da catequese, o mundo com os seus sons intrigantes, os seus recantos e cores. Comecei cedo a ser gente e terá sido este o meu primeiro grande segredo, na construção do homem que sou hoje.
Até outra história!
Lembro-me dos cinco tostões de tremoços que uma senhora baixinha vendia ao domingo de porta em porta e que eu escondia até segunda ou terça-feira, dos coloridos “esticas” - oas «Gorilas»... - que meio clandestinamente comprávamos na loja do Armando ou da Celeste, das amoras que íamos apanhar para os combros. «Ai tens amoras?! Então já namoras!...», dizíamos nós, trauteando para imaginar algum namorico a alguma rapariga da escola.
E os cromos da bola, que o irmão de um de nós trazia de Águeda, o meu Yazalde, o Chico Faria o Dinis, o Damas...
E aquela clandestina revista “de mulheres nuas”, como é que eram, a Playboy ... - e um disco do Alain Dellon, «Je t´aime, mois, nom plus...», acho eu que era assim, com uns sussurros cantados que nos deixavam corados de cara e a suar!
Da escola é que eu não gostava. Ao adormecer, rezava (!) angustiado para que um terramoto, um incêndio ou outra catástrofe a fechasse por uns dias. Uma desejo maior era que a professora engravidasse, porque assim ficava três meses em casa, eu tinha ouvido os meus pais a discutir isso em casa, por causa de uma notícia da televisão. Tudo isto, era pior que ir à catequese - qe era só uma hora por semana.
Na escola, o meu truque era ganhar tempo para (de novo não) fazer os “deveres”, que eram sempre adiados o mais que eu podia. E assim escapasse dumas valentes reguadas que invariavelmente me levavam às lágrimas.
Um dia de Outono como este, antes de chegar à escola, encontrei o meu primo que já andava na 4ª . classe e me desafiou a faltar com ele. Nunca pela cabeça me passaria tal atrevimento, tão ousado era faltar à eascola. Alinhei, assustado, e não mais me esqueci daquele dia de emoções fortes. Toda a jornada deambulámos pela freguesia fora, fomos à pateira - o meu primo dizia que era o ribeiro... - e fomos até tão longe, bem longe de qualquer vista indiscreta. Quase chegámos a Requeixo, onde o meu primo me quis mostrar a ponte romana, «feita pelos romanos numa só noite!». E eu acreditava!
Lá voltámos sem nunca termos a certeza do caminho de volta, a sorte foi um de nós se lembrar para irmos sempre ao lado do rio, pelo paredão acima.. . Um saboroso crime estava feito, uma exaltada angústia misturava-se com as imagens da minha casa protectora, dos meus irmãos e da minha incauta mãe. Tudo tão longe. E logo, aflito, afastava da ideia a figura gigante do meu pai zangado, volvendo às explorações e correrias com o meu primo.
Começava cedo a minha relação íntima com o mundo fora da minha casa, da escola e da catequese, o mundo com os seus sons intrigantes, os seus recantos e cores. Comecei cedo a ser gente e terá sido este o meu primeiro grande segredo, na construção do homem que sou hoje.
Até outra história!
09 outubro 2006
||| O OUTONO E AS CASTANHAS ASSADAS, A ESCOLA, OS CARAPUÇOS DE SACOS DE ADUBO - 2
(continua de ontem)
Nesse tempo, tinha direito a cinco escudos por semana para ir para a escola. O meu pai não era muito dessas coisas, barafustava sempre... mas a minha mãe, sempre muito desvelada, entendia que «o menino pode precisar de alguma coisa e nós não estarmos cá...». Ela estava sempre, a trabalhar na terra, a sachar o milho, a tomar conta da horta, a cozinhar para nós todos... Mas nunca me era dada outra mesada sem eu prestar contas dos cinco paus.
E lá me avisava ela, a minha mãe, para estar sempre alerta, para ter cuidado, não aparecessem alguns “ciganitos” que me roubassem o dinheiro. Mas do que eu tinha medo era da bola de futebol, que ma roubassem e me espetassem uma “pêra” na cara ou me fizessem outro qualquer mal.. O mundo de facto sempre foi perigoso.
Regressávamos a casa normalmente pelas três horas, em pequenos bandos pela rua abaixo, a chutar nas pedras ou fazer corridas, pisar as folhas secas, ou chapinhar nas poças de água. Parávamos no adro e íamos dar uns pontapés na bola, se eu a levasse e estivesse bem disposto. A sra. Celeste lá aparecia: «Meninos, olhem os vidros... Ai o sr. padre!...». Ou então a Cinda a chamar-nos «os estupores dos rapazes".
Neste Outono de castanhas, por vezes dividíamo-las assadas e frias, já sem casca e corríamos depois carreira da Igreja abaixo, até ao largo da fonte do Cruzeiro para as nossas futeboladas. Respirávamos o cheiro das castanhas sempre a correr e assustávamos, aos gritos meio amalucados, os pombos esbaforidos que saíam do pombal dos Resendes. E não poucas vezes,, no largo da fonte, éramos ameaçados com umas relhadas da tia Ermezinda. Ai se a bola batesse na portada sala dela... E se fosse nos vidors, Deus nos livrasse.
Um dia, já meio entrados no verão, fomos jogar a bola para o areal do rio, no Freixoeiro, comigo vestido “à Sporting” , contra uns indígenas quaisquer, de Travassô. O «empresário» do jogo foi o (????), que tinha lá uns primos, mas o adversário não apareceu e depois todos os d´Ois queriam a minha camisola do Yazalde, o número nove. A minha sorte foi que a bola foi parar ao rio e, por causa disso, para ir buscá-la, passou-se o tempo todo e esqueceram-se da camisola do Yazalde. Nunca mais a levei. Só a vestia na casa da eira, onde punha um espelho seguro no ventilador, para me olhar de lado... à Yazalde.
Amanhã, se não se importam, volto aqui para fechar esta loja.
Nesse tempo, tinha direito a cinco escudos por semana para ir para a escola. O meu pai não era muito dessas coisas, barafustava sempre... mas a minha mãe, sempre muito desvelada, entendia que «o menino pode precisar de alguma coisa e nós não estarmos cá...». Ela estava sempre, a trabalhar na terra, a sachar o milho, a tomar conta da horta, a cozinhar para nós todos... Mas nunca me era dada outra mesada sem eu prestar contas dos cinco paus.
E lá me avisava ela, a minha mãe, para estar sempre alerta, para ter cuidado, não aparecessem alguns “ciganitos” que me roubassem o dinheiro. Mas do que eu tinha medo era da bola de futebol, que ma roubassem e me espetassem uma “pêra” na cara ou me fizessem outro qualquer mal.. O mundo de facto sempre foi perigoso.
Regressávamos a casa normalmente pelas três horas, em pequenos bandos pela rua abaixo, a chutar nas pedras ou fazer corridas, pisar as folhas secas, ou chapinhar nas poças de água. Parávamos no adro e íamos dar uns pontapés na bola, se eu a levasse e estivesse bem disposto. A sra. Celeste lá aparecia: «Meninos, olhem os vidros... Ai o sr. padre!...». Ou então a Cinda a chamar-nos «os estupores dos rapazes".
Neste Outono de castanhas, por vezes dividíamo-las assadas e frias, já sem casca e corríamos depois carreira da Igreja abaixo, até ao largo da fonte do Cruzeiro para as nossas futeboladas. Respirávamos o cheiro das castanhas sempre a correr e assustávamos, aos gritos meio amalucados, os pombos esbaforidos que saíam do pombal dos Resendes. E não poucas vezes,, no largo da fonte, éramos ameaçados com umas relhadas da tia Ermezinda. Ai se a bola batesse na portada sala dela... E se fosse nos vidors, Deus nos livrasse.
Um dia, já meio entrados no verão, fomos jogar a bola para o areal do rio, no Freixoeiro, comigo vestido “à Sporting” , contra uns indígenas quaisquer, de Travassô. O «empresário» do jogo foi o (????), que tinha lá uns primos, mas o adversário não apareceu e depois todos os d´Ois queriam a minha camisola do Yazalde, o número nove. A minha sorte foi que a bola foi parar ao rio e, por causa disso, para ir buscá-la, passou-se o tempo todo e esqueceram-se da camisola do Yazalde. Nunca mais a levei. Só a vestia na casa da eira, onde punha um espelho seguro no ventilador, para me olhar de lado... à Yazalde.
Amanhã, se não se importam, volto aqui para fechar esta loja.
08 outubro 2006
||| O OUTONO E AS CASTANHAS ASSADAS, A ESCOLA, OS CARAPUÇOS DE SACOS DE ADUBO! - 1
Esperava um dia cinzento e húmido para escrever esta peça. É sobre as memórias que me desperta o Outono, com as tonalidades mornas e amareladas das folhas no chão, do fumo bem cheiroso das castanhas a assar na lareira lá de casa e que a minha avó sempre lá mandava dentro de um cartucho de papel costaneira.
Ou da gota de chuva puxada pelo vento que estalava na cara, anunciando o fim da do jogo da bola no largo da fonte do cruzeiro, onde podíamos andar á chancada uns aos outros sem qualquer problema de trânsito.
Hoje até está o céu azul, e esta estação traz-me sempre memórias de infância. O Outono lembra-me o início das aulas, a escola primária e as minhas primeiras paixões, medos e emoções. Confesso que eu era meio malandro e não gostava muito da escola. De qualquer forma, todos os dias para lá me deslocava sozinho, para um mundo novo, meio amalucado e exigente. E todos os dias lá me encontrava com a professora sempre no estrado, enquadrado pelos planisférios e o fogão de lenha que nunca vi aceso, as figuras do Estado e, ao fundo, os armários com as figuras geométricas e algus mapas com o corpo humano.
Eu era um verdadeiro cábula e “levava” reguadas todos os dias. Fosse por mau comportamento, ou porque não tivesse feito os trabalhos de casa, ou por causa dos erros de ortografia. Lembro-me da expressão ameaçadora da professora, apanhando-nos num flagrante rebuliço à entrada da sala, depois do recreio das 10. Vociferava: “Isto não é nenhuma república!!!”.
O Outono era definitivamente uma época misteriosa e mágica, quando as intermináveis férias grandes acabavam naqueles dias já tão curtos. E lembro-me dos preparativos, quando chegava a casa com a minha mãe, vindos de comprar uma pasta nova, ou umas galochas pretas para eu levar para a escola. Então é que nunca mais chovia?!.... Vaidoso, eu acabava por levar as botas de borracha mesmo com bom tempo e andava na escola com os pés horrívelmente suados, de calaor, enquanto os meus companheiros gozavam comigo que nem uns pretos . Dáva-lhes troco e vingava-me, fartava-me de rir cá para dentro, quando, com as galochas novas que eu trocava na escola por sapatos com sola de borracha, em dias de chuva, e eles tinham de ficar toda a manhã com os pés molhados. E não os deixava recolherem-se no meu guarda-chuva e eles tinham de a apanhar com aqueles carapuços feitos com os sacos de adubo. Ou quando trocava o meu pão com manteiga por um tracanaz de broa com bocados de bacalhau cru.
Os nossos filhos, agora, sabem lá o que é isso. Querem é playstion´s novas, um telemóvel de última geração e IPod´s. Amanhã volto ao assunto.
Ou da gota de chuva puxada pelo vento que estalava na cara, anunciando o fim da do jogo da bola no largo da fonte do cruzeiro, onde podíamos andar á chancada uns aos outros sem qualquer problema de trânsito.
Hoje até está o céu azul, e esta estação traz-me sempre memórias de infância. O Outono lembra-me o início das aulas, a escola primária e as minhas primeiras paixões, medos e emoções. Confesso que eu era meio malandro e não gostava muito da escola. De qualquer forma, todos os dias para lá me deslocava sozinho, para um mundo novo, meio amalucado e exigente. E todos os dias lá me encontrava com a professora sempre no estrado, enquadrado pelos planisférios e o fogão de lenha que nunca vi aceso, as figuras do Estado e, ao fundo, os armários com as figuras geométricas e algus mapas com o corpo humano.
Eu era um verdadeiro cábula e “levava” reguadas todos os dias. Fosse por mau comportamento, ou porque não tivesse feito os trabalhos de casa, ou por causa dos erros de ortografia. Lembro-me da expressão ameaçadora da professora, apanhando-nos num flagrante rebuliço à entrada da sala, depois do recreio das 10. Vociferava: “Isto não é nenhuma república!!!”.
O Outono era definitivamente uma época misteriosa e mágica, quando as intermináveis férias grandes acabavam naqueles dias já tão curtos. E lembro-me dos preparativos, quando chegava a casa com a minha mãe, vindos de comprar uma pasta nova, ou umas galochas pretas para eu levar para a escola. Então é que nunca mais chovia?!.... Vaidoso, eu acabava por levar as botas de borracha mesmo com bom tempo e andava na escola com os pés horrívelmente suados, de calaor, enquanto os meus companheiros gozavam comigo que nem uns pretos . Dáva-lhes troco e vingava-me, fartava-me de rir cá para dentro, quando, com as galochas novas que eu trocava na escola por sapatos com sola de borracha, em dias de chuva, e eles tinham de ficar toda a manhã com os pés molhados. E não os deixava recolherem-se no meu guarda-chuva e eles tinham de a apanhar com aqueles carapuços feitos com os sacos de adubo. Ou quando trocava o meu pão com manteiga por um tracanaz de broa com bocados de bacalhau cru.
Os nossos filhos, agora, sabem lá o que é isso. Querem é playstion´s novas, um telemóvel de última geração e IPod´s. Amanhã volto ao assunto.
06 outubro 2006
||| UM OU DOIS BEIJOS, EIS A QUESTÃO!!! SERÁ QUE VALE A PENA ANDAR PARA AÍ AOS BEIJINHOS DE... JUDAS?!
Um ou dois beijos, eis a questão
«Vamos lá ver aqui uma coisa. Eu não me importo que as pessoas dêm dois beijinhos. Eu próprio, que sempre vi dar e sempre dei um beijinho, já estou habituado a que me espetem dois beijos na cara, e tenho inclusivamente totalmente treinado o compasso de espera que se faz quando se cumprimenta uma senhora, cuja preferência entre dar um ou dois ainda se desconheça. Agora, não me tirem a hipótese de dar apenas um.
Quem veio primeiro, ao contrário do que muitos possam achar, foi o um beijinho, e quem pensa o contrário já está na ignorância do cumprimento tradicional e pré-revolucionário.
Os que dão um beijinho acham que dar dois beijinhos é à pobre? O beijinho só se dá na bochecha direita? O um beijinho é fascista.
Qu'importe. J'suis snob», escreve o Comentador AM. Ora o AM ou é novo demais (e não é...) para saber destas coisas, ou não gosta de beijar senhoras ou é simplesmente ignorante sobre o volatilidade dos costumes da nossa burguesia.
Posso assegurar-lhe, porque aprendi desde a infância, que se dá um ou dois beijinhos consoante e ao contrário o que é costume pelo vulgo. Se o povo beija a dobrar, dá-se só um ali para os lados da Guia, do Restelo ou do Castelo do Queijo. Se o povo decide imitar, voltam a dar-se dois só para mostrar bem quem é que manda. O que interessa, nestas coisas, é marcar a diferenciação social e o chamado «trend setting».
A «elite» inova, o «povo» imita.Sendo eu alguém que gosta de bochechas femininas e se fartou, com a idade, destas demarcações sociais serôdias, defendo que devem dar-se dois e acabou-se. A não ser, é evidente, que sigamos outros costumes e passemos para os três ou quatro. O risco, esse, é acabarmos como os russos a beijarmo-nos entre homens. Brrrrrrr!
Não vale é beijos como o de Judas!!!
«Vamos lá ver aqui uma coisa. Eu não me importo que as pessoas dêm dois beijinhos. Eu próprio, que sempre vi dar e sempre dei um beijinho, já estou habituado a que me espetem dois beijos na cara, e tenho inclusivamente totalmente treinado o compasso de espera que se faz quando se cumprimenta uma senhora, cuja preferência entre dar um ou dois ainda se desconheça. Agora, não me tirem a hipótese de dar apenas um.
Quem veio primeiro, ao contrário do que muitos possam achar, foi o um beijinho, e quem pensa o contrário já está na ignorância do cumprimento tradicional e pré-revolucionário.
Os que dão um beijinho acham que dar dois beijinhos é à pobre? O beijinho só se dá na bochecha direita? O um beijinho é fascista.
Qu'importe. J'suis snob», escreve o Comentador AM. Ora o AM ou é novo demais (e não é...) para saber destas coisas, ou não gosta de beijar senhoras ou é simplesmente ignorante sobre o volatilidade dos costumes da nossa burguesia.
Posso assegurar-lhe, porque aprendi desde a infância, que se dá um ou dois beijinhos consoante e ao contrário o que é costume pelo vulgo. Se o povo beija a dobrar, dá-se só um ali para os lados da Guia, do Restelo ou do Castelo do Queijo. Se o povo decide imitar, voltam a dar-se dois só para mostrar bem quem é que manda. O que interessa, nestas coisas, é marcar a diferenciação social e o chamado «trend setting».
A «elite» inova, o «povo» imita.Sendo eu alguém que gosta de bochechas femininas e se fartou, com a idade, destas demarcações sociais serôdias, defendo que devem dar-se dois e acabou-se. A não ser, é evidente, que sigamos outros costumes e passemos para os três ou quatro. O risco, esse, é acabarmos como os russos a beijarmo-nos entre homens. Brrrrrrr!
Não vale é beijos como o de Judas!!!
05 outubro 2006
||| AS VAIDOSAS DAS MULHERES A ARRANCAR O PELO DAS PERNAS COM CERA E AS DE BIGOE E VENTA TESA QUE NÃO LIGAM COISA NENHUMA A ESSAS COISAS
As mulheres são de extremos no que toca à manutenção física exterior. A forma como cuidam dos pêlos que têm no corpo é absolutamente espantosa.
Um dos grandes mistérios para mim é o facto de uma mulher conseguir pôr cera quente nas pernas, arrancar os pêlos pela raiz e continuar a ter medo de uma aranha. Às vezes vão ainda mais longe - recorrem à electrólise. É o mesmo que pôr os pêlos, um a um, na cadeira eléctrica. É a pena de morte do pêlo. Põem o pêlo na cadeirinha, põem-lhe o capacete metálico, dão-lhe uma última passagem com champô e com o amaciador que ele escolher. A única coisa que o pode salvar é um telefonema da Epilady.
Não são como algumas mulheres de Óis, de Venta tesa e bigode, a marimbarem-se nesses preciosismo do pelo nas pernas e no sovaco, coisas menores...
Um dos grandes mistérios para mim é o facto de uma mulher conseguir pôr cera quente nas pernas, arrancar os pêlos pela raiz e continuar a ter medo de uma aranha. Às vezes vão ainda mais longe - recorrem à electrólise. É o mesmo que pôr os pêlos, um a um, na cadeira eléctrica. É a pena de morte do pêlo. Põem o pêlo na cadeirinha, põem-lhe o capacete metálico, dão-lhe uma última passagem com champô e com o amaciador que ele escolher. A única coisa que o pode salvar é um telefonema da Epilady.
Não são como algumas mulheres de Óis, de Venta tesa e bigode, a marimbarem-se nesses preciosismo do pelo nas pernas e no sovaco, coisas menores...
04 outubro 2006
||| A SEGURANÇA SOCIAL, O FINANCIAMENTO, AS BENESSES, AS ASNEIRAS E NEGLIGÊNCIAS DA CLASSE POLÍTICA
Entre o actual modelo e um modelo semi-privado da Segurança Social, sou partidário do actual. Não sou contra a privatização, mas quem a defende ainda não me convenceu. Mas também não estou satisfeito com o actual modelo, o princípio da solidariedade em que supostamente assenta é pura ficção, os trabalhadores portugueses não estão a ser sacrificados por causa da dimensão social do actual modelo, estão a suportar anos de oportunismo na sua gestão.
Concordo em absoluto com o princípio da solidariedade, na condição de que as pensões traduzam a carreira contributiva dos pensionistas, pois não faz sentido que quem trabalha tenha que suportar as pensões dos que recebem muito mais do que merecem e não tenham segurança em relação ao seu próprio futuro. É justo que o tempo passado na guerra colonial seja considerado, que existam pensões mínimas, mas estas pensões ou componentes das pensões pagas são um preço a pagar pelo país sob a forma de impostos e não a suportar pelas actuais e pelas futuras gerações, através das sua comparticipações. Da mesma forma, as pensões dos políticos (a não ser daqueles que dedicaram a vida o serviço público na condição de políticos e a requerem na idade prevista para os funcionários públicos) não deveriam ser suportadas pelos descontos dos funcionários públicos, se os políticos estão ao serviço do país deve ser o país a pagar-lhes as pensões.
O actual sistema de SS deveria ser alvo de saneamento financeiro, afectando ao OGE os custos das asneiras dos políticos, as benesses abusivamente concedidas ou as fraudes permitidas por políticos negligentes, isso é um custo do país e não da Segurança Social. Enquanto este saneamento financeiro não for feito e os políticos continuarem a usar as benesses da Segurança Social para comprar votos com o dinheiro descontado pelos trabalhadores, não faz sentido falar no princípio da solidariedade. E, por cá, porque não olhar para quem beneficia de "esquemas" a virar para a fraude?
O actual sistema de SS deveria ser alvo de saneamento financeiro, afectando ao OGE os custos das asneiras dos políticos, as benesses abusivamente concedidas ou as fraudes permitidas por políticos negligentes, isso é um custo do país e não da Segurança Social. Enquanto este saneamento financeiro não for feito e os políticos continuarem a usar as benesses da Segurança Social para comprar votos com o dinheiro descontado pelos trabalhadores, não faz sentido falar no princípio da solidariedade. E, por cá, porque não olhar para quem beneficia de "esquemas" a virar para a fraude?
03 outubro 2006
||| O ZÉ POVINHO ESTÁ CANSADO DOS MENTIROSOS MAS CONTINUA A ACREDITAR NELES. - ATÉ PARECE MENTIRA!!!
Excesso de honestidade ou então falta de arte para o ofício é um problema de muita gente - como agora se viu com Ferenc Gyurcsany, (ex)primeiro-ministro da Hungria, derrubado por manifestações de rua e nos votos. Por ter mentido.
Mentido, como?? Ele próprio declarou ter mentido durante a campanha eleitoral ao ocultar um plano de austeridade "doloroso mas necessário".
É injusto. E prova que os húngaros estão atrasados em matéria eleitoral. Nós vamos mais adiantados. Sócrates nunca faria um disparate desses. E todos sabemos muito bem que, apesar de ter dito o contrário (como lhe competia), ele sabia muito bem que ia aumentar os impostos. E Sócrates não só continua aí em sossego, como vai em alta. De verdade em verdade dita!
Já nos EUA, que vão muito mais adiantados que nós, há regras um pouco diferentes. Os candidatos (ou os eleitos) podem livremente mentir sobre questões políticas mas não, nunca!, sobre a sua vida íntima. Que um presidente mande invadir o Iraque com base em mentiras, vá que não vá, agora que negue que andou "enrabichado" com uma secretária nos corredores da Sala Oval isso é que não! Isso é caso para impeachment.
Por cá, toda a gente sabe quem mente e mente descaradamente. Mas há sempre um dia em que sabe-se lá porquê, se põem de braço dado com os mentirosos. E há por aí cada... um, cada mentiroso mais refinado!
Mentido, como?? Ele próprio declarou ter mentido durante a campanha eleitoral ao ocultar um plano de austeridade "doloroso mas necessário".
É injusto. E prova que os húngaros estão atrasados em matéria eleitoral. Nós vamos mais adiantados. Sócrates nunca faria um disparate desses. E todos sabemos muito bem que, apesar de ter dito o contrário (como lhe competia), ele sabia muito bem que ia aumentar os impostos. E Sócrates não só continua aí em sossego, como vai em alta. De verdade em verdade dita!
Já nos EUA, que vão muito mais adiantados que nós, há regras um pouco diferentes. Os candidatos (ou os eleitos) podem livremente mentir sobre questões políticas mas não, nunca!, sobre a sua vida íntima. Que um presidente mande invadir o Iraque com base em mentiras, vá que não vá, agora que negue que andou "enrabichado" com uma secretária nos corredores da Sala Oval isso é que não! Isso é caso para impeachment.
Por cá, toda a gente sabe quem mente e mente descaradamente. Mas há sempre um dia em que sabe-se lá porquê, se põem de braço dado com os mentirosos. E há por aí cada... um, cada mentiroso mais refinado!
02 outubro 2006
||| A ÉPOCA DA CAÇA E OS CAÇADORES E OS PATOS QUE DERAM O NOME À PATEIRA
Abriu a época da caça e os caçadores andam preocupados porque há menos bichos para caçar do que no ano passado. Existem várias razões para este fenómeno. A primeira costuma designar-se por «é a caçadeira, estúpido» e está directamente relacionada com o caçador que hoje se indigna de não haver caça. Aparentemente, os caçadores não têm percepção da correlação entre a quantidade de bichos que matam e a quantidade de bichos que sobram. Aliás, a incapacidade de correlacionar seja o que fôr (um dos barómetros do nível de inteligência) é fraca junto dos caçadores.
Um coelho bravo adulto consegue correlacionar mais dados que um caçador. Já a perdiz demonstra mais dificuldade nesta matéria. Mas isso não interessa nada agora. A outra razão prende-se com o custo de vida e a deterioração das condições de trabalho que, como sabemos, têm vindo a piorar em Portugal. Os bichos portugueses não só têm a noção que a sua vida custa cada vez menos por aqui, como não têm condições para trabalhar num país que, de ano para ano, incendeia alucinadamente milhares de hectares de mata e floresta, tornando impossível a educação básica das suas crias: como ensinar uma cria a esconder-se em terreno aberto? Impossível. Rejeitando a hipótese de se tornarem alvos fáceis, os bichos têm emigrado massivamente para a vizinha Espanha - não estamos a falar de Fermentelos... - onde vêem a sua esperança de vida aumentar. Finalmente, aquela que parece ser a razão estrutural para a gradual falta de caça em Portugal, temos a «Síndrome de Sócrates» (exactamente o oposto da «Síndrome de Estocolmo»). Desde que José Sócrates está no poder que o número de bichos tem vindo gradualmente a baixar. É que nem os bichinhos gostam...
A propósito de caça, por onde andam os caçadores de Óis?
Um coelho bravo adulto consegue correlacionar mais dados que um caçador. Já a perdiz demonstra mais dificuldade nesta matéria. Mas isso não interessa nada agora. A outra razão prende-se com o custo de vida e a deterioração das condições de trabalho que, como sabemos, têm vindo a piorar em Portugal. Os bichos portugueses não só têm a noção que a sua vida custa cada vez menos por aqui, como não têm condições para trabalhar num país que, de ano para ano, incendeia alucinadamente milhares de hectares de mata e floresta, tornando impossível a educação básica das suas crias: como ensinar uma cria a esconder-se em terreno aberto? Impossível. Rejeitando a hipótese de se tornarem alvos fáceis, os bichos têm emigrado massivamente para a vizinha Espanha - não estamos a falar de Fermentelos... - onde vêem a sua esperança de vida aumentar. Finalmente, aquela que parece ser a razão estrutural para a gradual falta de caça em Portugal, temos a «Síndrome de Sócrates» (exactamente o oposto da «Síndrome de Estocolmo»). Desde que José Sócrates está no poder que o número de bichos tem vindo gradualmente a baixar. É que nem os bichinhos gostam...
A propósito de caça, por onde andam os caçadores de Óis?
E os patos que deram nome à pateira?
01 outubro 2006
||| OS NOMES QUE OS RIBEIRENSES TEM E OUTROS QUE TAIS POR ESSE MUNDO FORA
O post de 29 de Setembro, sobre os nomes de pessoas, suscitou um comentário interrogando sobre o verdadeiro nome de dois conterrâneos ribeirenses, conhecidos por Diamantino e Zola. O comentador Aquiles (que pena não comentar e intervir mais vezes) enviou-nos a explicação, por e.mail.
- DIAMANTINO Marques de Carvalho. O verdadeiro nome é DIAMANTE. Supõe-se que por erro no registo de nascimento.
- ZOLA: O nome verdadeiro é Zulamar. Nome brasileiro, a D. Zola nasceu no Brasil, na cidade de Rio Grande, onde também nasceram os seus irmãos Ondina e Orlando.
E juntou mais alguns nomes «esquisitos» de Óis.
Por exemplo:
- JUVÊNCIO (Viegas), já falecido, que era conhecido por Invêncio (pai de Hermenegildo, César e Amílcar). Também nome brasileiro.
- NEÓFITA ALDA. Filha do professor Joaquim Augusto, mãe de Porfírio, Lurdes, José e Fernando Pires. O pai, intelectual do tempo, terá ido ao registo civil que ao tempo funcionava nas Juntas de Freguesia, e interrogado sobre o nome da neófita (a criança), terá respondido: "A neófita é Alda». Foi registada como Neófita Alda.
- EUNORIZ (Pires de Melo). Outro nome brasileiro. Irmão de Jacira (também brasileiro) e marid0 de Maria (que mora na Rua António Berna), pai de Dulce, Armando e José (ausentes nos Estados Unidos).
- STEVEN Tavares Pires. Filho de Fernando Pires, presidente da Junta, neto de Neófita Alda. Nome inglês, consequência (?) do pai ter estado emigrado no Canadá.
E juntou outros nomes, atribuídos pelas novelas brasileiras dos último anos, que nem vale a pena citar.
- DIAMANTINO Marques de Carvalho. O verdadeiro nome é DIAMANTE. Supõe-se que por erro no registo de nascimento.
- ZOLA: O nome verdadeiro é Zulamar. Nome brasileiro, a D. Zola nasceu no Brasil, na cidade de Rio Grande, onde também nasceram os seus irmãos Ondina e Orlando.
E juntou mais alguns nomes «esquisitos» de Óis.
Por exemplo:
- JUVÊNCIO (Viegas), já falecido, que era conhecido por Invêncio (pai de Hermenegildo, César e Amílcar). Também nome brasileiro.
- NEÓFITA ALDA. Filha do professor Joaquim Augusto, mãe de Porfírio, Lurdes, José e Fernando Pires. O pai, intelectual do tempo, terá ido ao registo civil que ao tempo funcionava nas Juntas de Freguesia, e interrogado sobre o nome da neófita (a criança), terá respondido: "A neófita é Alda». Foi registada como Neófita Alda.
- EUNORIZ (Pires de Melo). Outro nome brasileiro. Irmão de Jacira (também brasileiro) e marid0 de Maria (que mora na Rua António Berna), pai de Dulce, Armando e José (ausentes nos Estados Unidos).
- STEVEN Tavares Pires. Filho de Fernando Pires, presidente da Junta, neto de Neófita Alda. Nome inglês, consequência (?) do pai ter estado emigrado no Canadá.
E juntou outros nomes, atribuídos pelas novelas brasileiras dos último anos, que nem vale a pena citar.
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