30 novembro 2009

||| FAZER D´ÓIS UMA NAÇÃO...






Pergunta: Então, São! Como é que te estás a safar da convalescença da campanha?

- Resposta: Dela não vou falar e nem posso/Que a garganta está cansada/Estou exausta até ao osso/De tanta dor no pescoço/De tanta aldrabice contada...


Pergunta: E que balanço fazes das eleições?
- Resposta: Foi fatigante a campanha/E de tanta algaraviada/Fiquei-me cheia de sanha/Não sei  mais alguém m’apanha/Eleições são uma estopada...


 


Pergunta: Quer dizer que já retomaste a sua vida normal, não voltas a candidatar-te?
- Resposta: A vida vale o que vale.../E os sonhos são o que são.../E então antes que m´entale/Antes que alguém me cale/Vou preparar-me para um não...





Pergunta: O povo roeu-te a corda...
- Resposta: Mas ri melhor quem por fim / Conquista as graças do povo / É bestial estar assim / E tantas cruzes no boletim / Fazem-me  sentir em renovo...




Pergunta: Tens planos para o futuro?
- Resposta: Agora, meu caro amigo / É tempo de olhar em frente / Tempo de ideias e acção... / Não me vou pôr de castigo /Nem vou discutir muito contigo /Mas vou fazer d´Óis uma nação...

29 novembro 2009

||| AS VIRGENS OFENDIDAS E OS JACINTOS DA PATEIRA



O fim de semana em Óis deu para confirmar que não faltam virgens ofendidas com o que por vezes aqui dizemos, dando opinião, descomprometida e respeitadora. 
Pensavamos nós que - e que  me perdoe, quem tiver de perdoar... - mas era expectável que algumas figuras (ditas) públicas tivessem mais estaleca para a discussão pública, do aquela que demonstram.
As pessoas que gostam de se mostrar em público, têm, realmente, de ter personalidade e coragem para isso. Não é só aparecerem a espreitar uma oportunidade de subir ao trono e fugirem como ratos, quando a coisa não corre bem.
A nós, que até temos a mania de dizer coisas, dar opiniões, esgrimir paixões, a nós já nos chamaram tudo e mais um par de botas. A vida é assim: quem vai à guerra dá e leva, ninguém deveria chegar a meio e amuar, sentir-se ofendido e feito um coitadinho.
Ontem, por exemplo, passei pela pateira e vi o parque de lazer cheio de jacintos. Jacintos em terra, não os que habitualmente vimos na água. Como parámos por lá, para ir ver os patos (que afinal não vi...), acabámos por saber, da boca do único pescador que lá estava, que os jacintos estavam ali há mais de uma semana e que nibguém os tira.
Então, questionamos nós: alguma virgem se pode sentir incomodada se aqui perguntarmos porque é que a Junta de Freguesia ou a Câmara, ou lá quem é, não vem tirar os jacintos?
E se perguntarmos à malta da lista do PS que ainda há mês e meio se propunha dinamizar o projecto «Sábado da Freguesia» porque é que não foram lá ontem limpar os jacintos? Até era o último sábado do mês... - Ou será que não vão só porque perderam as eleições e agora Óis da Ribeira já não interessa?
E a Junta? A Junta de Freguesia não recebe 5 000 e tal euros por ano, da Câmara Municipal, exactamente para a limpeza do parque?
Ora, então, porque se ofenderão as virgens, digam-nos lá?

28 novembro 2009

||| AS ÉPOCAS DA CAÇA AS VOTOS E AOS TACHOS



A blogosfera tem os seus encantos e permite observar serenamente os interlocutores da cousa pública e/ou analisar uma boa capacidade argumentativa.
Apreciamos particularmente o espírito das antigas polémicas, como as de Oliveira Martins com Eça de Queiroz, que tantas pestanas me obrigaram a queimar, em tempo de aulas. Mas parece que essa idade de ouro das polémicas, bem argumentadas e derimidas, já foi chão que deu uvas e parece irremediavelmente em crise, (mal) substituídas pela estridência televisiva que pouco ou nada favorece a reflexão. Ou pela acutilância envenenada de uns quantos que se alapam na blogosfera.
O que tem isto a ver com Óis da Ribeira?
Ora, com televisão, nada... Ou com a blogosfera! Mas todos estamos lembrados da troca de argumentos que alimentou o recente acto eleitoral local que, longe, muito longe de regenerar quaisquer ideias, antes alienou sinergias - das tão poucas que a freguesia tem e tão prejudicadas foram por discursos políticos com pouco sentido crítico, embora criticassem. Mas notoriamente alienáveis e alienados, diríamos mesmo que claustrofóbicos.
E o que se seguiu a isso? Zero!
Esse tipo de discursos é notoriamente usual em tempos eleitorais e depois esquecem-se. Retornam em época seguinte de caça aos votos. E aos tachos!

27 novembro 2009

||| O QUE FAZER A 50 COMENTÁRIOS QUE (NÃO) SÃO ANÓNIMOS?




A caixa de comentários e o correio do CONTRA D´ÓIS são regularmente invadidos de "apreciações" nas mais das vezes sem «direito» a publicação. São (i)moderados! Não porque nos apeteça, só porque apetece, mas porque por norma são indelicados. E indelicadezas nós não admitimos aqui. Já o aqui dissemos algumas vezes.
Vimos aqui hoje falar disso porque achámos estranho e ao mesmo tempo  interessante termos visto no último fim de semana um dos habituais comentadores (um dos tais que mandam as tais bocas impublicáveis) em amena compartilha e sorrisos num festim local com um dos tradicionalmente visados. Ocorreu-nos o que para aqui tem sido escrito e nestes dias andámos a reler os comentários. Para crer! E cremos que alguns senhores não são tão inteligentes quanto supõem nem tão santinhos e bem educados como se querem fazer crer.
Um a um, lemos 50 comentários não publicados e demos connosco a pensar de como é possível que por aí ande gente a fazer de conta que é! Que é o que não é!
Conhecemos as autorias de 47 desses 50 comentários. E os outros três estão no crivo.

Temo-los em CD e papel.
Assim vai Óis!
E o que fazer desses 50 comentários? Ocorre-nos mandá-los aos autores, pelo correio. Se calhar é uma boa medida! Vamos pensar nisso!

26 novembro 2009

||| CARNE PARA CANHÃO NO MERCADO PROFISSIONAL



Aconteceram-me hoje várias coisas, que não são costumes. Uma delas, foi meterem-me uma cunha para um emprego. Vindo o pedido de quem veio, senti um enorme incómodo: era gente que pedia para jovem do primeiro emprego.
Confesso que nunca me senti tanto incómodo, até porque a situação apresentada era de uma delicadeza muito particular. Lá me defendi como pude, olhem lá vejam os anúncios dos jornais, vão ao centro de emprego, olhem aquele vosso familiar que trabalha em tal sítio, que talvez vos possa dar uma ajuda.
Que não, que já tinham feito tudo isso e que nos últimos dias já estavam cansadas de ouvir falar em especializações profissionais dos jovens, que não era bem aquele tipo de curso que precisavam, enfim, as desculpas habituais... e que o que agora se pede são profissões altamente especializadas, as chamada mão-de-obra do futuro.
O problema, tanto quanto me parece, é que andamos a licenciar cursos sem quaisquer perspectivas profissionais para as gerações jovens - que se fartam de queimar as pestanas e depois não conseguem chegar ao mercado de trabalho e, quando chegam, têm de aprender tudo diferente do que lhes ensinaram nas escolas.
A melhor solução, disse-me pessoa amiga, é essas malta pendurar os "canudos" e fazer-se  especializada em qualquer coisa, fazendo-se "carne-para-canhão" do mercado profissional.

25 novembro 2009

||| IMAGINE...


O cenário não é tão impossível quanto se possa pensar: imagine o leitor uma terra em que os eleitos, logo após os esgaseamentos das campanhas e dos gostos e desgostos da noite dos votos, decidem esquecer as diferenças e mal-parecenças e canalizam as suas sinergias paar o interesse do burgo.
Imagine que põem de lado o que de mal e de bem disseram uns dos outros e que, de mãos dadas e peito comum, estudam, pensam, planeiam, projectam e decidem fundir o que cada um julga ser o melhor para Óis da Ribeira num só programa...
Imagine que, em vez de se irem passar quatro anos de intrigas e mal-dizeres, se vão viver tempos de irmandade e partilha, cada qual fazendo dispor-se o que vale, para fazer desenvolver Óis da Ribeira..
Imagine que os nossos eleitos, em vez de se indignarem com afrontas, se irmanavam a cuidar do futuro, sem querer recolher prestígios que não têm... e prebendas que não merecem!
Imagine que em vez de orgulho, se vestiam os nossos eleitos com o facto da humildade...
Imagine!!!
Imagine mas... esqueça. Você estava mesmo a sonhar!

24 novembro 2009

||| O TEMPO EM OS ANIMAIS FALAVAM...



Houve aquele tempo em que os animais falavam. Contavam-nos estas histórias na meninice e ocorre-me aquela do homem que não se cansava de levar pontapés e facadas nas costas. Dizia ele!
Uma bela noite resolveu juntar os amigos para, de novo e com eles, fazer uma lista que seria submetida a sufrágio - contra todos os ventos e marés. Nesse tempo, as marés eram mais que os marinheiros e os votantes, fartos de pantomina, resolveram dar azo a que a ficção se transformasse em realidade e que a facada imaginária se concretizasse num valente pontapé.
Apareceram então duas outras alcofinhas imaculadas, uma mais para a esquerda e outra mais para centro-esquerda/direita.
Olhando para o que lhe saíra em sorte, o alcofinha mais da esquerda estrebuchou: «Que  raio de noite o nevoeiro pariu, nunca vi um bando tão desprovido de capacidade eleitoral que este...».
O alcofinha centro-esquerda/direita, já alinhado para a nova contenda, replicou e disse que não, que «a coisa era boa e que, mesmo se desprovida daquelas especialidades habituais, tinha outras...».
E acrescentou que quem não tem cão, caça com gato.  Em off, aos amigos e na linguagem vernácula ribeiresa, comentou que «a quem não sabe  até os coisos atrapalham», sendo que «o problema residia no populismo da margem do centro-esquerda/direita!».
Pronto, o que eu queria dizer era que aqueles tempos são os tempos presentes, um tempo em que os animais voltaram a falar. Não sabem, muitas vezes, é o que dizem e o que escolhem.
!

23 novembro 2009

||| MAIS DEPRESSA SE APANHA UM MENTIROSO QUE UM COXO...


A minha avó tinha uma sabedoria muito própria, que eu levei algum temp a entender - e só lá chegei muito para cá da adolescência. Era mulher de verdades absolutas e ai de quem a contestasse, que logo havia vime verde a saacudir-nos as pernas.
Dizia ela que sabia as grandes verdades deviam ser transmitidas de geração em geração, que numa família que honrasse a sua ancestralidade (esta aqui é minha, que ela dizia isto de outra maneira e nem devia saber o que isto quer dizer) numa família dessas, dizia minha avó, nunca as raízes deviam ser renegadas.
Já se vê que actualmente ninguém ou muito poucos pensam nisso. Mas estas coisas antigas, já se vê, ainda hoje são portadoras dos princípios que regem a vida. Uma das verdades mais dogmáticas de minha avó era dizer que «mais depressa de apanha um mentiroso que um coxo». Ai de quem, pois, dissesse alguma mentira. Mas ela nunca que quis explicar é porque me dizia que as criancinhas vinham de Paris no bico de uam cegonha! Afinal ela também mentia... E não era coxa!

22 novembro 2009

||| CONSELHOS PARA SE TOMAR ALKA SELTEZER OU GURONSAN

Há quem refira Guronsan como se fosse o placebo indicado para o momento, mas a receita está indevidamente formulada.



Passei o fim de semana em leituras caseiras e ia-me esquecendo de «contrablogar». E eis se não quando medou a ler um correio electrónico meio azedo, que me pareceu resultante de uma alguma azia mal curada, de ressaca ou má digestão. Há festas que dão em achaques destes.
O remoque vinha ainda a propósito das últimas eleições locais, querendo o nosso correspondente baptizar-me com uma das cores concorrentes - quando o voto é secreto e despejado na urna em mesa eleitoral própria. E, como todos sabemos, nem todos os ribeirenses votam em Óis, ou sequer tem algo a ver com o que, de bem ou de mal, fazem os políticos da terra!
Olhando melhor para o corrosivo e quase boçal texto que nos chegou pela via electrónica, e como medicina não é especialidade cá da casa,  apenas poderei sugerir ao correspondente que tome um bom Alka Seltzer, ou um Guronsan - para diluir a azia. Mas não se esqueça que, ainda que possa provocar algum alívio imediato, pode provocar também funcionar na atenuação dos ácidos que nos alimentam a vida e a opinião.
Eu podia dizer quem é o nosso correspondente? Poder, podia... mas era a mesma coisa que não dizer!

20 novembro 2009

||| AS LUSITANAS IDEIAS QUE AGORA VOU RELER...



O computador cá de casa - se é que se pode chamar "de casa" a um portátil já para aí com quatro anitos - tem umas taras que eu não entendo.
Então, de há uma semanas a esta parte, o "bicho" endoidou: às vezes estou a escrever como aqui vos fui habituando e, pffff!..., o computador desliga-se. Solto um par de impropérios e, não raro, dispara-se-me uma vontade imensa de mandar o estropício contra a parede.
O problema nem é bem ter perdido o texto - que na maioria dos casos não merece muita atenção e, deixem-me lá gabarolar, até refaço enquanto o diabo esfrega os dois olhos. O problema é que não consigo escrever um texto se não o fizer de um só fôlego. Logo, como calculam, por isso e quando o computador faz pufff!..., nem ouso, sequer, tentar retomar o que escrevia.

Eu não sou pessoa muuito dada a superstições, mas não deixo, porém, de pensar que o pfff!... pode ser um sinal. Um sinal nem sei bem de quê, mas talvez de que não fosse má ideia parar por uns tempos a aventura blogosférica e limitar-me a ler os que escrevem os outros. E, também a ler, pela primeira vez, o que escrevi, desde 2003 (ou 2004, já nem sei bem), quando me iniciei nas lides. Tenho especial saudade dos textos do Lusitanas Ideias - que uma magnífica equipa de meia dúzia de blogueiros amandou para o ar durante quase dois anos, ainda os blogs não eram moda. E é o que vou fazer agora! Vou lê-los!

||| AS TRÊS QUEDAS E AS BRUXAS QUE EXISTEM OU NÃO EXISTEM...


Hoje, vejam lá..., caí três vezes. Uma para começar, logo ao levantar-me, quando pisei o o tapete e ele se arrastou e me arrastou a mim! Disse uma asneira das graúdas!
Pequeno almoço tomado, corro para o carro para levar as crianças e, zás, bati na porta e caí, com um ligeiro torcimento de pé! Arreliei-me mesmo a sério!
Já mais para o fim da tarde, no cafézinho vespertino e ao ajudar uma senhora que deixou cair o guarda-chuva, patinei e malhei com o meu rico corpinho no chão. Pensei que tinha de ir à bruxa! Mas alguém dos que aqui vêm foi alguma vez à bruxa? Já ouviu falar de tarot, galinhas pretas mortas, cabelos, borras de café, búzios, bolas de cristal, terra de cemitério e penas enterradas? Já alguém experimentou, ainda que muito céptico que seja?
E há mesmo bruxas? Ou é como os espanhois, que acredita que as há, mas não as vêm?!

19 novembro 2009

||| A FACE OCULTA, SEGUNDO AS CRIANÇAS...



Os meus filhos, com muita estranheza minha, andam muito interessados no processo "Face Oculta" - o que para mim, devo confessar, é uma grande surpresa.
As crianças, realmente, andam intrigadas com tantas notícias e como não percebem nada do assunto, insistem em me perguntar-me por isso - o que também me deixa muitas preocupações. Deve escapar-me a esperteza. Tive de arranjar uma explicaçãozinha e procurei sossegá-los, dizendo-lhes que também eu não percebo nada do assunto.
Se ainda me perguntassem a quantos de Maio pariu a poupa, eu resolvia a questão: ligava a uma pessoa que eu conheço e não seria por isso que me consideraria pessoa pouco esperta. Interrogaram-me então as crianças sobre se eu não me considerava pessoa esperta, o que me embaraçou.
O que dizer-lhes? É certo que há uns que são mais espertos, ou que se julgam mais esperto do que eu e como tal andaram e andam a gozar com um país inteiro. Mas tal como nos filmes de cowboys - em que os bons ganham sempre... - também neste filme espero que o final seja o mesmo. Mas como o enredo se está a desenvolver tanto, até temo muito. Muito mesmo. E cada vez mais ficarei sem saber o que dizer às crianças, sem lhe ocultar a verdadeira face deste país de muitos chicos espertos.


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18 novembro 2009

||| TRIVIALIDADES QUE SÃO MAIS OU MENOS VULGARES NO DIA-A-DIA




Portugal está a jogar o futuro no futebol e eu sento-me aqui ao teclado, depois de um bacalhau com grelos, fresquinhos de chegarem de Óis - que até eu ajudei a apanhar. E, como bloguista que se preze, quero postar sem me limitar a cortar as farripas de quem se ajeitar para tal.
Aliás, não sou de andar a fazer cabelos a quem quer que seja. Tenho de olhar para bem para os «escalpes», como um escultor olha para um calhau e projecta a obra que dali poderá criar. Mas hoje, estou com a inspiração por baixo e, valha a verdade, não queria falar de política - que é sempre um bom tema. E muito menos da política local, que é chão que já deu uvas para os próximos quatro anos.
Fico-me, assim, como barbeiro feito basbaque, de tesoura na mão à espera que a inspiração me afague para vos dar algo em post novo, para que vocelências leiam sem ser a fajardice do dia-a-dia - ou as trivialidades que não nos satisfazem e são mais ou menos vulgares.
Nem o zero a zero de Portugal me dá guita para a escrita pelo que, hoje, embora com muitas gedelhudas ideias a borbulharem-me a mente, me fica difícil a tosquia assertiva - ou a palavra que aqui poderia dizer alguma coisa.
Melhores dias virão. Assim como Óis da Ribeira melhor será, se cada um de nós quiser. E queremos? Que me perdõem os que por aqui fazem contra d´Óis!

17 novembro 2009

||| O PODER NÃO ERA ELEITO, ANTES ERA NOMEADO...



Sempre por aqui pregámos o direito à diferença, o direito que todos têm de terem a sua opinião e viverem a sua vida como muito bem lhes apetece. Desde que não passem as fronteiras da liberdade e do bom nome dos outros. O que implica deveres e tem por limite a honra de outros.

A minha criancice e adolescência foram vividas em tocas de perfeita liberdade, mas sempre a ouvir dizer que «antigamente não era nada disto». O antigamente era o chamado antes do 25 de Abril, quando tudo seria diferente de agora, mais reverente e até o poder político não era eleito, mas nomeado.
Esta conversa vem à tona de se saber como se submeterão às agendas do futuro, tudo o que se andou a escrever por aí num passado mais recente. Isto, dando por certo que o que se escreve é uma escritura.
Mas o que me parece, e ainda este fim de semana isso ouvi por Óis, é que papéis destes são como algumas palavras: leva-as o vento. Sorri-me mas fiquei a pensar se afinal não tem razão quem desconfia de alguns actores da vida política - principalmente aqueles que, de tantas patacoadas mandadas, só se descredibilizam  quando fazem tábua-rasa dos seus compromissos eleitorais.

16 novembro 2009

||| O PALCO... - 2



O senhor regressou ao palco, imperial e soberbo. O primeiro impulso, depois do que ouviu dos bastidores, foi punir os traidores, mas recuou no último momento, mostrando humanismo e piedade.


«Sabes, meu azougado e escanhoado discípulo, o importante é nunca trair o chefe. E, para isso, devemos ter sempre boas notícias para lhe dar. Nunca o atacar... É por isso que urge dominar os dissidentes e impedi-los de transmitir ideias que possam confundir o povo e ameaçar o que valem os nossos votos, os quais, como sabes, são a única maneira de se chegar ao poder. O que fizeste tu nesse sentido, para não me trair?”.
- «Mas, Senhor, compreendei... a minha função não é controlar as notícias, é apenas vertê-las, disseminá-las, melhorá-las, assim fiz com o nosso programa eleitoral, que não era o vosso...”.
- «Será, se assim o dizes...» - interrompeu-o o imperador e senhor. «Mas o essencial para o poder é defender o indefensável, exacerbadamente, com fanatismo, nem que por isso tenhais de vos transformar em patetas. Em última análise, quando não é possível controlar as notícias ou impor a nossa visão fanatizada, a vossa função é desacreditar os mensageiros que se opõem ao nosso programa... Mas isso, nem isso vós fostes capazes de fazer...”.
- «Mas, perdoai-me, isso não será pior do que aqueles coronéis!...», retorquiu o azougado escanhoado.
- «É mais moderno, é mais jovem..., para usar a vossa linguagem mais adolescente», disse o imperador, fixando a surda-muda menina do rimel, ali meio escondida e sem até aí botar qualquer palavra. E saiu do palco.
A importante reflexão foi assim imprevistamente interrompida e a plateia protestou, com um profundo shhhhhhhh!!!.....
A menina do rimel, olhando ansiosa e constrangida para os escanhoados, procurou então descontrair o momento: «Isto pareceu-me mais uma tentativa de descrever metaforicamente o actual poder... E o poder será dos jovens. Tem de ser!!!...».
O escanhoado da música hesitou em comentar, parecia o Guterres: «Cá para mim e hoje em dia, isto seria impossível..., agora somos jovens mas amanhã já não seremos». E sustentou-se em pauta segura: «E nós, afinal, ainda nem sequer tomamos decisões..., não temos qualquer poder!».
Seguiram-se segundos de violento silêncio e apagaram-se as luzes do palco, enquanto se ouviam frenéticos aplausos.

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O facho de luz apontou para o canto, onde aparecia a menina do rimel, de laços traçados no ombro, muito senhorial e altiva, pé ante é, assumindo-se às luzes mais fortes do palco.
- «Nós tomamos, decisões, tomamos sim senhora, mesmo que estejam erradas...», disse ela e acentuou: «É preciso não hesitar e tomar decisões. Pôr toda a gente na ordem. E há um erro fundamental nesta ópera, que é o facto de se partir do princípio de que a corte ama o seu imperador porque este tem grandes virtudes, quando o amor ao poder se baseia, afinal em interesses. Eles estão amarrados ao poder...».

- «É verdade - azougou-se o escanhoado, ao som de música de ópera. «Na verdade - frisou ele - a defesa de uma ideia sem ideias só se explica por haver interesses, por exemplo, um tacho...”
- «Não é esse o nosso caso...», alegou a menina do rimel, compondo os laços que lhe caíam do ombro.
- «Não será?...», interrogou-se outro dos escanhoado.
- «Eu acho isso demasiado simplista e até autoritário, bem pouco democrático, até será um pouco perigoso...», opinou um dos outros escanhoados.
- «É gente, isto parece uma conspiração contra mim. Afinal, em que é que estamos, por não ganharmos isto já não tem significado, eu já não existo?», exasperou-se a menina do rimel.
- «Tu existes, és uma personagem....», disse um escanhoado.
- «Bravo, eu sou uma personagem...», exclamou a menina do rimel.
Caiu o pano.

15 novembro 2009

||| O PALCO... - 1




Um grupo de bajuladores está no palco, com roupas de moda, barbas escanhoadas e sombras bem afeitas aos olhos. Tentavam endrominar o chefe. Um dos lambe-botas já ia tão longe, tão longe... que o chefe chegou a protestar, pois ninguém lhe dizia a verdade. E saiu do palco!
- «É importante dizer a verdade ao chefe...», arriscou falar, então, a menina dos olhos afeitados de rimel.
- «Tu sempre és muita burrinha! E o tal gajo, o músico, não percebe nada de política! O importante é não dizer a verdade ao chefe. Se repetirmos mil vezes uma mentira, então ela transforma-se em verdade», disse um dos escanhoados.

- «Calma aí.... Se só existir a nossa verdade, não haverá oposição.  O que é preciso é esmagar a oposição com a exclusividade do nosso ponto de vista, a nossa verdade...», asseverou a menina do rimel.
- «Compreendo. Mas e se a realidade for diferente? A coisa pode tornar-se preta...», disse um dos escanhoados.

- «O que é que queres dizer com  isso?», perguntou a do rimel.
- «Bom... é que às vezes a realidade contrasta de forma chocante com as nossas fantasias. Começo cá a pensar que nos metemos numa alhada...».

- «Isso nunca acontece, pá. A realidade molda-se ao desejo do líder. Por exemplo, a economia vai lindamente e melhorará, a nossa terra já pouca coisa tem a fazer. Precisamos é de ser nós a mandar. Nós, os jovens; os jovens a mandar. Quero devolver a Óis os seus jovens», retorquiu a menina do rimel.
- «Mas tu achas? Sem querer contestar-te, há quem fale muito em crise... - A crise, a crise... E há também a malta mais velha, não a podemos pôr fora...», alegou outro dos escanhoados.
- «A crise é meramente um estado de espírito e molda-se conforme os desejos de um líder benevolente. Quanto aos mais idosos, asseguro-lhes a reorganização e beneficiação do cemitério velho», respondeu a do rimel.

- «Mas porque é que só falas no cemitério velho? Também há o novo... Acho que a conjuntura que propões pode levar a um agravamento da situação...», voltou a incomodar um dos escanhoados.
- «Mas qual quê? Ora essa, o poder maior está todo do nosso lado e o importante, o importante é que nós façamos o nosso dever de ganhar...», disse a menina do rimel.
- «Pensei que o importante fossem as pessoas...», protestou um dos escanhoados.

- «As pessoas são importantes, é verdade, mas importantes, muito mais importantes são as que estão do nosso lado...”, ripostou a do rimel, compondo para trás a melena que lhe caía nos olhos.

14 novembro 2009

||| FILOSOFIA DE FIM DE SEMANA....


A vida é, como todos sabemos, feita de imponderáveis que, por seu turno, nos tratam da... vida.
Isto, pensado e escrito, quer dizer que o nosso melhor planeamento pode sempre falhar, mesmo até quando nele incluímos os planos B e C.

O destino é «coisa» de que não gosto de falar muito e pouco creio na teoria de estar escrito nas estrelas um qualquer determinismo cogitado pela grande máquina cósmica. Ou pelo Deus em Quem (não) acreditamos. 
Realmente e bem contrário, prefiro pensar que muito do que aí vem resulta da nossa própria acção (ou inacção), dos nossos actos e da nossa capacidade de transformar ameaças em oportunidades. Quando podemos, claro.
É assente neste pensamento filosófico de fim de semana que me lembro das propostas que há pouco mais de um mês se faziam ao povo de Óis. Onde é que estão elas, vencedores e vencidos?

13 novembro 2009

||| SIMPATIAS MUNDIAIS, AMBIENTE E FUTEBOL PARA QUE VOS QUERO EU?!..



Ouvi na rádio do carro, no regresso a casa, que hoje é o dia internacional da simpatia, uma celebração que os sempre imaginativos japoneses inventaram em 2002, vá lá saber-se porquê e para quê. E ouço também que estamos a poucas semanas da reunião mundial sobre as alterações climáticas.
Em Portugal, curiosamente (ou talvez não), ninguém fala no assunto, certamente porque deve haver temas da actualidade muito mais importantes. E não vou falar dos casamentos gay e das escutas ou rescaldar as eleições locais.
A rádio trouxe-me ainda Sócrates - o nosso, não o pensador gay... - danado da silva e a insurgir-se contra as escutas e o alguém querer saber o que andou ele a falar com Vara. Não o ouvi falar da economia nacional, do déficit das contas públicas ou dos outros escândalos políticos que nos envergonham.
A seguir deu a Bola Branca - eu ouço a Renascença - e lá tive de gramar com o arrogante do treinador Queiroz, a falar de cabazadas aos bósnios! Cabazadas, do público, coisa estranha!!! E da crise do Sporting, do treinador que é e não é e do Bento que lhe deu... Do treinador que era Villas-Boas e deu às de vila-diogo!
O futebol, como verdadeiro elixir da estupidez humana, é praticamente o único tema de que se fala em Portugal, sempre em actualidade. Mas que é feito dos nossos pensadores? Das nossas elites intelectuais?  E o que é feito dos problemas do mundo e da posição de Portugal em relação a eles??? O que poderá pensar um ribeirense do que será o futuro próximo?

Ahhhh, isso? Mas que maçada, isso não interessa para nada... deixa mas é ver o Benfica que a Bola Branca diz que vai jogar com o Santa Clara! Santa Clara, mas de onde é esse clube? É português?! Esta minha ignorância futebolística reflecte também este o rosto da nossa mediocridade!!! Para mal da Nação!!!! Para o mal de Óis. Onde ser racional é entendido como irracionalidade! Onde quem pensa, é mal pensado! Onde não há simpatia que lhe valha!! Mais vale ir à bruxa!!!

12 novembro 2009

||| O QUE VAMOS NÓS LER DAQUI A 4 ANOS MENOS UM MÊS E 10 DIAS...



Amanhã, faz um mês que os ribeirenses foram a votos e escolherem quem escolheram. Olhamos e pensamos e, entretidos que andamos todos com as escutas telefónicas e o casamento dos homossexuais, esquecemos o alguma coisa que eleitos e não eleitos poderiam ter feito por Óis. Ora, não sabemos de nada.
Só sabemos que os senhores eleitos tomaram posse.
A questão pode pôr-se em termos de a causa de ainda nada se ter feito se dever à crise que se diz andar por aí anda e ir andar por mais uns bons tempos. Há a tal de crise e os índices de confiança dos consumidores continuam a baixar, antecipando até a alemã Angela Merkel que a crise ainda vai fazer mais estragos.
Por cá, em Portugal, não parece haver dúvidas sobre isso e temos um horizonte negro com data marcada para 1 de Janeiro - quando entrar em vigor o novo código contributivo da segurança social, que irá asfixiar ainda mais as pequenas e médias empresas e os contribuintes. Nós!
A isso, porém, parece que ninguém liga nada, parace que isso não tem muita importância. Só que isso a que se chama isso, será mais um aperto asfixiante e o golpe final para muitos. Não admira nada que vencedores e vencidos venham a convergir neste ponto: não se fez nada, por causa da crise. Isto é: não se faz nada, porque... não se faz nada.
E quem guardar a papelada da política deste ano, vai de certeza voltar a vê-la e lê-la - se para tal tiver pachorra!!... - daqui a quatro anos, menos um mês e dez dias. Querem apostar?

11 novembro 2009

||| AS CADEIRAS DE BARBEIRO E OS CORTES QUE NÃO OS DE CABELO...




Mal me lembro dos barbeiros de Óis e vagamente de quem eram. Pelos meus anos de criança, tenho ideia de ir levar um guarda-chuva ao meu avô a uma barbearia que existia ali naquela rua paralela à da ponte, onde havia também uma oficina de ferreiro. Ou de tanoeiro, já não me lembro bem.
E lembro-me de lá ouvir discutidas conversas de futebol e de novos cortes de cabelo, à beatle - creio que era assim que se dizia.
Esses penteados da moda de então eram de longas melenas e assumiam, à minha curiosidade infantil, o ar e efeito de obras de arte feitas pelos barbeiros - como erradamente se chamava aos cabeleireiros de homens... -  que, de algum modo, as ofereciam aos mais variados gostos dos clientes.

A falar a modos de hoje, diria que uma coisa poderia concluir: a de que tais tosquias e actividades conexas eram (são) universais. Só varia(va)m os métodos, os estilos e os instrumentos, conforme o tempo.
Isto vem a propósitos os dias de hoje, quando os cortes (e não falo de cabelos...) são mais cirúrgicos, ofendem, agridem e adoentam.
Mais dia menos dia,  digo eu, ainda alguns aparecerão de cabelo rapado - no sentido figurado... - e de barba por escanhoar, enquanto outros, maldizentes, se entreterão em segredinhos e intrigas de... barbearia. Como as mulheres nos lavadouros. Sem ofensa para as ditas!

10 novembro 2009

||| PORQUE NÃO TE CALAS E ME DÁS CHANCADAS E ME MANDAS CALAR?...


Qualquer um de nós já sentiu, alguma vez na vida, uma enorme vontade de mandar calar alguém, ou de lhe gritar que perdeu uma oportunidade de ficar calado.
 Lembram-se daquele  “por que no te callas?!” do rei de Espanha, atirado à cara do presidente da Venezuela?!
Pois é o que me anda a apetecer fazer a uma certa figura ribeirinha que ainda não se cansou de me andar a dar caneladas, por algumas coisas que por aqui se vão falando no blogue.   

Mandar calar alguém, para além de um legítimo direito democrático, é também uma profunda atitude ditatorial - embora seja o que muitos de nós bastas vezes gostaríamos de fazer. Só que o momento em que o fazemos nem sempre é o mais oportuno.
Mas hoje não resisto a dizer a todos que, podendo mandar calar quem me apetecer, só me calarei eu quando me apetecer, fazendo jus ao  princípio básico do direito à diferença e obrigação do respeito pela pluralidade de ideias.
Porque não te calas, ribeirinho? Porque te divertes a mandar chancadas a não sabes quem? Ora vai dar uma volta...

09 novembro 2009

||| O MURO DE BERLIM DA POLÍTICA DE ÓIS DA RIBEIRA



Hoje não falta quem fale do muro de Berlim, que foi abaixo há 20 anos. E pressente-se, em muitas das palavras ditas ou escritas, que há um "mas..." muito grande, como se o bem mais importante da vida alguma vez o pudesse ter. Falamos de liberdade!

A verdade é que confundir a liberdade com o que fazer com ela e com as consequências de não a saber tratar bem, é esquecer perseguidos, presos, torturados ou mortos.
A liberdade não tem "mas".
A liberdade é, por si própria, um bem inquestionável e a sua (re)conquista um motivo de regozijo sem quaisquer espaços para reticências. Não é bom tê-las e muito menos colocá-las!
Curiosamente, ou não, foi há 23 anos que, na política local se ergueu o «muro» do PSD - muro que nunca mais o PS conseguiu derrubar. PS que, até aí, era o rei e senhor da política local. O PS ou o Bloco, o CDS/PP ou o LIOR.
Será que é porque, como aqui comentava há dias uma jovem ribeirense, Óis é uma terra pequenina mas de muitos reacionários?

08 novembro 2009

||| PODIAM FAZER MELHOR, SE FOSSEM DOUTORES OU ENGENHEIROS?! PODER, PODIAM... MAS PARA O CASO SERIA A MESMA COISA!



O nível académico dos candidatos nas últimas autárquicas locais parece que foi motivo de alguma chacota, como se ser doutor, engenheiro ou pintor, lavrador ou comerciante, frequentador de universidades ou mero não ido a mais de 4ª.s classes, seja grau que defina quem vale mais ou de quem vale menos.
O ensino, felizmente, evoluiu de forma muito significativa em Portugal e é inegável que hoje há muito mais licenciados que anteriormente. Os meios económicos, as possibilidades, os acessos ao ensino médio e superior são muitos mais vugares que há 20/30 anos. Sou do tempo em não havia licenciados em Óis da Ribeira e até se fez uma festa quando se licenciou em medicina a filha do sr. Alfredo, o que não foi há muitos anos.
Agora há mais, há sim senhor. E ainda bem!
Verdade seja dita que alguns licenciados acabam por não passar de caixas de supermercados para ganhar a vida. Não digo que seja caso dos de Óis, eu não conheço! E sabemos todos de gente que, não passando da 4ª. classe ou do 1º./2º. ciclos, atingiu posições de relevo na vida pública. Quem são, por exemplo, os empresários de Óis?
Tudo mudou e não esqueçamos, por exemplo, que para exercer o cargo de recepcionista de hotel é necessário ter um curso superior de hotelaria ou similar; que para ser empregado de balcão num banco é necessário ser-se economista ou gestor, ou que - e esta é mais para a brincadeira... - para se ser deputado é obrigatório ser doutor ou engenheiro, nem que seja de universidades independentes ou daquelas que se frequentam no verão.
Pegando nos presidentes de Junta de Freguesia de Óis, o único que foi além da 4ª. classe, foi (é) Manuel Soares. Não consta que Isauro Santos, Agostinho Tavares e Fernando Pires tenham passado dessa 4ª. classe, embora tenham a Universidade de Vida!
Isto tudo para dizer que não basta ir à universidade para se ser alguém. Podiam ter feito melhor, se fossem doutores ou engenheiros? Poder, podiam... mas para o caso seria a mesma coisa!

07 novembro 2009

||| A DEMOCRACIA LOCAL É ASSIM, TAMBÉM NÃO PODEMOS TER TUDO...






Os fins de semana são os mais férteis do Contra d´Ois para saber notícias do burgo e esta soube-a atrasada quase um mês: que um dos putativos novos senhores da política de Óis desmaiou nos momentos pós-resultados eleitorais. Por ter perdido as tais eleições. E por já não haver razão para os foguetes que um espalha-brasas da política local se preparava para trazer de Paradela.
Dúvida imediata: com candidatos destes, até onde poderá chegar Óis?
Gostei, entretanto, de saber que a reemposse do alcaide e respectiva e servil soldadesca, dentro do prazo que a democracia lhes concedeu, decorreu numa cerimónia não muito solene e de muitos arrufos -arrufos que simbolizam a impureza da política local.


Olhando para estes democratas da actual geração, assim de repente e sem muita atenção de início, até pensei que a coisa se passava num qualquer país incivilizado das democracias africanas. Mas foi em Óis da Ribeira! Olhem, o que é que querem, também não podemos ter tudo!

06 novembro 2009

||| AGIR EM TEMPO PARA NÃO TERMOS O QUE NÃO QUEREMOS...


Óis da Ribeira entrou em novo/velho ciclo político e ninguém parece lembrar-se que há momentos da vida em que temos de decidir baseados no pragmatismo. 
Venho falar disto porque o que se vai passar nos próximos anos da política local, digam lá o que disserem, não é escolher o que está escolhido até lá, mas preparar o futuro. O pós-2013.
Há que ser pragmático: em 2013, eleger-se-ão não só os que se assumirem disponíveis para  servir, mas principalmente decidirão os que, para o mal e para o bem, influenciarão os equilíbrios na formação de projectos que, de verdade, sirvam o interesse colectivo.

O pragmatismo residirá no que, até lá, se optar como estratégia para Óis e não para o interesse partidário - o de um partido, ou outro, ter mais uma Junta ou menos uma Junta. Importará caracterizar para simplificar, moderar e não ser irracional, para agir de forma a contribuir para que seja impossível ter aquilo que não queremos.
Bem sei que não será fácil. E a bipolarização da vida política local em nada ajudará nesse sentido. Quererá isto dizer que ou convém que os responsáveis partidários abram bem os olhos e a inteligência. Em tempo de não ser o diabo tecê-las e os de fora a cerzi-las.

05 novembro 2009

||| O PROGRAMA DO GOVERNO E A PRECOCIDADE DO CASAMENTO HOMOSSEXUAL


Não é normal eu ir tomar café a meia-manhã e muito menos fora do serviço. Pois..., há café lá e a gente toma-o ali num instantinho. Mas calhou hoje ir ao café, onde olhei o Primeiro-Ministro, na TV e de de fato e gravata azuis.
Ele falava, falava..., naquele jeito sobranceiro e emproado, com que parece ter sempre razão, mas não se lhe ouvia a voz - vendo-se, porém, que ele se proferia em direcção ao hemiciclo. Deduzo que estava a saltar os cavalos para cima de Pacheco Pereira, pois era este quem a TV amiudadamente mostrava, enquanto Sócrates falava e gesticulava.
Lia-se no ecrã que se discutia o Programa de Governo e vi no rodapé que 25% dos portugueses sofre de ejaculação precoce.

Fiquei assim a modos que apessoadamente misantroficável: será que o Programa do Governo levanta esta magna questão? Será que por lá se assexua ela, com o casamento dos homossexuais?
Ou será que não tem nada disto e que, afinal, este grave problema gay - provavelmente muito mais (in)oportuno do que muitos outros que se passeiam pelo programa do Governo - era só uma informação desgarrada que a RTP atirou para o rodapé, precisamente para confundir e distrair o pessoal, sabendo, como sabe, que a maior parte das televisões dos cafés de Portugal só mostram a imagem e escondem o som?

04 novembro 2009

||| AS PENAS DOS PATOS E OS PENSADORES DA POLITICA RIBEIRENSE...



Pateira vem de... patos e consta da história contada de boca em boca que El-Rei D. Carlos por aqui viria caçar, ainda a lagoa não seria como hoje é. Bem mais piiiiquena, à volta do rio Cértima. Seria uma reserva real de caça! E que por cá passou também a Senhora D. Amélia,  que, senhorial, olhou a corrente de água que vem desde o Buçaco e terá exclamado: «De cértima que é rio!!!». Ou Cértoma!
Qualquer coisa parecido com isto.
A mim, tanto me faz que seja uma coisa ou outra, embora pelo nome nutra uma certa simpatia, pois Cértima foi o apelido literário que António (António de Cértima) escolheu para assinar as suas obras. E o que tem António de Cértima a ver connosco? Nada, rigorosamente nada! A não ser que foi tio materno de uma dos primeiros líderes políticos da democracia ribeirense.
E o que tem isto tudo a ver com as bicicletas da imagem? Alguma coisa: andam por aí uns patos a passear inteligência política e não passam disso mesmo. Que quiser que enfie as penas!

03 novembro 2009

||| TEM TOSSE, TUSSA E CHUPE REBUÇADOS DR. BAYARD


Um comentador (identificado) enviou-nos, por correio electrónico, aquilo a que chamou reflexão sobre o post de ontem e o A4 que apelidámos de planfetário. Que não é um panfleto, é um documento cheio de verdades. Não sabemos!
O que lemos deixou-nos com incómodo!
O PSD pergunta, preto no branco, «quem perdeu a aprovação do lar de idosos, a favor de uma freguesia vizinha?».
Isto não é para a gente ficar incomodados?
Então, quem perdeu?
E perdeu, como?
O comentador (identificado) diz que este panfleto de A4 tirou a tosse a muita gente que, e cito-o, «andava a papaguear por aí». Bom, mais lá para trás no tempo, dizia-se que «se tem tosse, tussa». E chupavam-se rebuçados do dr. Bayar até cansar o céu da boca. Ou aqueles verdes, com um nome de bispo - que não me lembro agora.
Será que perdemos o lar por falta dos rebuçados peitorais? Ou por falta ou excesso de peito?
Alguém sabe tussir alguma coisa sobre este enigma?

02 novembro 2009

|| O PANFLETÁRIO A4 POLITICO QUE FARIA CORAR O DIABO...



O fim-de-semana de Todos-os-Santos deu para saber de alguns amuos que andam por Óis, por causa da política. Acho isso um desperdício de tempo! As pessoas ganham ou perdem, acabou-se... Esperam por outras eleições e preparam-se para elas.
Andar amuado e a mandar bitaites é que não fica bem! A ninguém!

O domingo deu para ouvir coisas que até o diabo faria corar e li e reli um A4 panfletário que me surpreendeu. A ser verdade o que lá vem, alguma coisa anda mal nisto das coisas políticas de Óis.
Fico sem saber o que pensar, e ninguém la em casa me soube explicar, o que haverá de verdade nas denúncias da A4. É que a serem verdade, deveriam ser bem esclarecidas, pois alguém quis enganar alguém! E era bom, para sabermos no que e em quem confiar!
NOTA: Para ler melhor o
panfleto, devem clicar na imagem.

01 novembro 2009

||| CADA UM MANIFESTA-SE COMO PODE, OU QUER OU QUANDO LHE INTERESSA!


«O sr. presidente deve ter achado o manifesto dele tão desinteressante, que resolveu levar o manifesto da oposição para dizer mal dos projectos deles e no fim assumir que afinal os dois manifestos tinham muito em comum. Santa paciência...».
- Comentário ao post «A lista de candidatos de Fernando Pires», que pode ser revisto aqui: http://contradois.blogspot.com/2009/10/lista-de-candidatos-de-fernando-pires.html

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- CONTRA D´ÓIS: Então ó preclaro e conhecedíssimo Anónimo, não sabe que ser político é ser assim? Dentro de pouco tempo, há muito boa gente que também vai ficar como o presidente. Cuide-se, para não lhe chamarem o que agora chama aos outros.
E já agora: então, perdeu o entusiasmo por comentar? Que pena! Paciência, não é? Cada um manifesta-se como pode, ou quer ou quando lhe interessa!