27 dezembro 2009

||| BANANAS!...



Dá para pensar e interrogar: que gente é a nossa, que bebe medo desde o berço, cresce e amadurece com o medo das palavras das mulheres (as mães, as namoradas, as mulheres...) e os silêncios dos homens - os companheiros de escola, os amigos da adolescência, os parceiros da vida adulta.
Como diz o povo, na sua secular sabedoria, somos uns... bananas! Muitos não passam disso, de... bananas!
O povo, realmente, somos todos nós mas temos medo dos grandes senhores. E pavor dos que se calam no cara a cara da vida! Dos senhores...
Esquecemos, voluntariamente, que as oligarquias também têm medo do povoléu mas mesmo assim submetemos-nos a elas. Porque temos medo de existir, de dizer não ou sim - como se do sim, ou do não, nascesse o nosso pavor. 
Temos medo de tudo e de todos, medo do patrão, medo do vizinho, medo que nos roubem nas estremas, que nos inquietem no emprego, que nos neguem a lisonja pelo que fizemos ou não fizemos. Temos medo e acobardamo-nos no medo de errar, ou de perder. Parecemos exilados. Nem o Natal animou os medos! Ou os apoucou.

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