13 junho 2011

||I SAIR DE CASA PARA TER DE IR BOTAR O VOTO...


Quando não se tem tema, fala-se de abstenção. Em Óis, nas últimas eleições, 204 pessoas (31,28%) das 649 inscritas nos cadernos eleitorais marimbaram-se nos Sócrates, nos Coelhos, nos Portas, nos Jerónimos, nos Louçãs e quejandos e ficaram em casa, sem votar.
A abstenção foi, de resto, muito malhada nestas eleições. Até o Presidente da República dos abstencionistas disse que perdiam o direito a queixar-se. As redes sociais encheram-se de "vómitos" sobre a ideia de todos terem de ir votar.

O meu lado "feminino" deixa-me dividida no parto: acho que todos devemos votar, mas também entendo que não votar é uma forma de votar.
Se eu não vou votar é porque entendo que nenhuma das propostas dos respectivos candidatos merece o meu apoio, ou sequer confiança.
Entendo também que, num espírito verdadeiramente democrático, votar está mais perto de ser uma opção que um dever, e muito menos seria uma obrigação. Lá está: não votar, é votar! Não sei se me estou a fazer entender. Porque é que eu tenho de sair de casa e ir à mesa de voto se me estou a marimbar no facto de presidente da Junta ser este ou aquele?! Vou lá só para fazer de conta?

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