30 junho 2011

||| É PÁ, GANDA PASSOS, PÁ!!!...



Para quem tinha dúvidas, aí temos o Sócrates a rir-se do sucessor: o nosso novo 1º. ministro anunciou hoje um imposto extraordinário que vai ser aplicado para reduzir o défice deste ano. Disse ele, a passo de coelho. Quer isto dizer que o nosso querido Governo vai ficar com 50% do subsídio de Natal de todos os portugueses que ganhem acima do salário mínimo. Uma tragédia.
O imposto toca a todos, mesmo os que trabalham por conta própria, embora eu nem imagine como é que o governo vai cobrar as estes.
Passos Coelho tirou as papas todas da língua para, logo na sua primeira ida à Assembleia de República como «nosso 1º.!»,, nos pôr as mãos nos bolsos. Ganda lata, pá!
Estamos fritos! Vamos ver-nos gregos com o homem...
Cartoon de Henrique Monteiro

29 junho 2011

||| A MORTE DE ANGÉLICO, A VIDA E O CINTO DE SEGURANÇA...



A morte, seja a de que for, nunca é nunca é oportuna e muito menos benéfica. Para ninguém. Talvez exceptue aquela em que, por irreversível, acaba com o sofrimento do próprio e da família. Não que o Contra seja adepto da eutanásia, mas é do... não sofrimento sem consequência.
Isto vem a propósito da infelicidade do jovem actor Angélico, que tem enchido o espaço mediático nos últimos dias - em tudo o que é televisão (como ainda hoje, no espaço nobre de todos os telejornais), rádios e jornais.
A sua morte não serve da nada a ninguém, é óbvio, mas ao menos servirá para alertar toda a gente para o uso do cinto de segurança. E principalmente para os mais novos - que malexageradamente são dispiciendos no seu uso e até o repulsam.
A desgraça surpreendeu o cantor e actor e não vale de nada a ninguém. Pois então que ao menos valha por sensibilizar para o uso do cinto de segurança e, assim, a salvar a vida de muita gente. Assim deseja o Contra. 

28 junho 2011

||| OS GATOS E OS RATOS DA POLÍTICA PORTUGUESA


A política portuguesa, entendido como posição e oposição, é coisa parecida com a relação do gato com o rato da foto: amam-se e odeiam-se, arranham-se mas confaternizam. Insultam-se e almoçam juntos, a comer da mesma despensa - até que o dono (que é o povo) dê por eles e os castigue, sem votos.
Quem sabe se é por isso é que os ratos proliferam e a política é o que é. No país ou em Óis, a coisa é mais ou menos a mesma coisa.

Penso eu de que!

27 junho 2011

||| AS NOTÍCIAS (NÃO) ACTUALIZADAS DE ÓIS DA RIBEIRA

Uma inesperada gripalhada obrigou-me a ficar por casa mais que o tempo que gosto. Tive, por isso, tempo para andar a coscuvilhar na comunicação social cá do sítio - que é como quem diz nos blogues e sites e facebooks de Óis da Ribeira. 
Dando de barato que blogues ou sites ou facebooks deveriam andar permanentemente actualizados, estranhamos, no entanto, a forma demorada como reagem as duas associações locais aos acontecimentos que elas próprias organizam.
O exemplo mais recente é o das marchas populares. Já foram no sábado e hoje é 2ª.-feira e quanto a fotos, nicles... é o há fotos. E nem uma linha a dizer se choveu ou caíram picaretas do céu!
Bem sabemos que ambas as direcções ainda estão, diremos, no seu “estado de graça” inicial. Ainda estarão a conhecer os assuntos, mas não levaria muito tempo actualizar os seus meios de comunicação. Custaria, suficientemente, uns minutos diários e dá-se até o caso de uma delas ter um vasto quadro profissional.
Assim, quem sofre são os ribeirenses. E mais sofrem os da diáspora.

26 junho 2011

||| MARCHAS E MARCHANTES DE ÓIS DA RIBEIRA

Ontem foi dia das marchas de Óis da Ribeira e as notícias que me chegam são as de que estava muita gente a ver, no largo da pateira, e os os grupos iam bem enroupadas mas que as marchas foram algo lentas. Não sei o que é ser lentas nestes casos. Outra coisa para que me chamaram a atenção foi para o facto de ensaiadores e muitos marchadores não serem de Óis.
O Contra não simpatiza com esta ideia, os grupos deviam ser de malta de Óis, ou não fossem as marchas de Óis da Ribeira. O Contra é contra "estrangeiros", não por mera xenofobia mas pela valorização das pessoas e dos valores ribeirenses. Interessa fazer as marchas se os marchantes não são de Óis? Nem os ensaiadores, nem os músicos? Por nós, não!
Mas aplaudamos o entusiasmo com que a iniciativa é feita, já lá vão uns anos!

25 junho 2011

||| OS DIAS DE FÉRIAS DO NOVO GOVERNO...


O novo 1º. ministro veio dizer que não há férias para ninguém - apenas uns diazitos para os  ministros e mais alguns para os senhores deputados - mas isso é coisa a dar barato!
O maior desafio para o governo vai ser a contestação social. Basta lembrar-nos que a esquerda controla os sindicatos e há sectores (como os transportes e função pública) onde esse domínio é quase total.

O 1º. ministro, se eu fosse, aproveitaria as férias de verão para alterar a legislação laboral, para que, quando chegassem as ameaças de contestação, já estivessem em vigor as novas regras de despedimentos, cálculos de indemnização, de perda de subsídios de desemprego e os sociais do dito!
Mas isto sou eu a dizer e, por isso, ainda me vão pôr a reacção na etiqueta.

24 junho 2011

||| COPIAR É O QUE ESTÁ A DAR...

Não escondo a minha estupefacção por causa daquela história do copiança dos srs. futuros juízes e procuradores. E disso já aqui falei. Nem me surprende a demissão da directora do Centro de Estudos Judiciários - demissão que só pecou por tardia.
Já não compreendo tanta discussão à volta do “copianço”  quando me lembro que, afinal, o trabalho dos juízes, nas mais das vezes, não é mais que é copiar as decisões já tomadas em outros acordãos. É neles que se fundamentam para decidri sentenças, justificando-as com o que já foi decidido por outros, não sei onde e por um qualquer senhor professor doutor fulano de tal. O que estes senhores futuros juízes e procuradores  mais não fizeram, afinal foi, nada mais nada menos que invocar a obra do meritíssimo que tinham ao lado - citando-o. Porquê, então, o espanto?
E o que é que fazem os políticos se não copiar as suas promessas de umas camoanhas para as outras? Não é isso que acontece também am Óis da Ribeira». Ora, então...

23 junho 2011

||| A GERAÇÃO CANGURU E OUTRAS QUE TAIS...



 As coisas não correm bem no Portugal de praias, política, subsídiodependência e consumismo, no Portugal que não tem sabido cuidar de si mesmo. E ainda não se sabe no que se pode acreditar no novo governo - que ainda não teve tempo para nada.

Há coisas e políticas que eu, talvez por ser rural com dia-a-dia de cidade, não entendo lá muito bem.
Na verdade, como todos quantos deixaram de estar sob a albarda da casa dos pais aos 20 para 21 anos (ou por aí...), tenho alguma dificuldade em entender esta Geração Canguru.
É verdade que, nos últimos anos, as oportunidades de emprego são poucas ou até  mesmo nenhumas, para alguns. Ora porque não se prepararam convenientemente para o mercado de trabalho, ora porque não há vagas, ora porque é mas fácil viver à conta de subsídiozinhos do Estado e da boa vontade dos pais.
Mas não deixo de pensar, e ter a certeza (nalguns casos), que os pais são por vezes demasiado coniventes com este estado de coisas, ao permitir que adultos com 30 anos, ou mais, vivam num estado de adolescência virtual, com cama, comida e roupa lavada garantidas.
É verdade, como já se disse, que o mercado de trabalho não facilita e o nível dos ordenados à entrada não garante a independência. Mas há também um desejo de não perder privilégios e acesso a bens de consumo que tem, em si, um efeito paralisante na mudança.
Os nossos (menos) jovens, se querem crescer, terão de abdicar dos «airbags» de segurança que a família lhes dá e fazerem-se à vida. Ou será que querem passar o resto dos seus dias a pedir aos outros que lhes providenciem a mesma artificial bolsinha marsupial que os pais ainda lhes vão podendo dar - sabe-se lá por vezes com quantos sacrifícios? Em Óis, por exemplo, quantos casos conhecemos desses? E quantas famílias vivem na malandrice, à espera do cheque da segurança social?!

22 junho 2011

||| OS PEQUENOS E GRANDES TEATROS DA VIDA RIBEIRENSE

 
O teatro de Óis da Ribeira, dele sempre ouvi dizer que é secular e nem sempre pacífico. Recentemente, lembramo-nos da dissidência de um grupo que se auto-intitulou GAOR e "desafiou" a institucional ARCOR, herdeira natural dessas ancestrais tradições. E criou um segundo grupo de teatro, que foi tão instantâneo como precoce, fechando o seu pano de palco ainda antes da idade de parir. Acabou, sem vergonha!
Curiosamente, reapareceu mas... vestindo o guarda-roupa, usando os adereços e usufruindo do palco e meios físicos da ARCOR. Dono da ARCOR, onde, a crer nas tradicionais más línguas ribeirenses, fez o que quis e lhe apeteceu, nos bastidores e fora deles. Coisa estranha!
Isto mostra como Óis da Ribeira está cheia de grandes contrastes e pequenas peças de teatro (os teatrinhos!!...) e de pequenos encenadores (os construtores das meias verdades, que são meias mentiras...), que, cada qual e tanto quanto pode, disfarça com meia dúzia de paliativos.
Óis da Ribeira é assim. Que Deus nos perdõe!

21 junho 2011

||| OS CRUZAMENTOS E AS PLACAS DA VIDA RIBEIRENSE...

A vida é normalmente estranha e abstracta e tem muito poucas coisas lineares!!! Que, todavia, entendemos bem e sem qualquer custo! O que não  deixa de ser absurdo e curioso, ao mesmo tempo!Há cruzamentos a mais e entrecruzamentos de caminhos a seguir que são muito perigosos! E duvidosos! E há também sinais que não vimos, para podermos fazer opções nas nossas rotas do dia-a-dia!
Por falar em sinalização, não ficava mal que fossem revistos alguns locais mal sinalizados de Óis. Por exemplo, não há uma placa a indicar o centro social - edifício onde, não por acaso, se situa a sede da Junta de Freguesia - que é o principal órgão institucional da freguesia.
Nem conheço alguma que indique a igreja e os cemitérios. Ou a escola. Ou o parque desportivo. Ou alguma outra que nos aponte o hangar de canoagem. Falo neste, particularmente neste, porque há dias, estando eu na rua do Viveiro, apareceu um a família de carro e a perguntar onde era. E dizendo-me que por ali andava, por calcular que fosse junto ao rio. Também é nestas pequenas coisas que uma freguesia pode ser melhor. Não custam muito (quase nada) e ajudam as pessoas. Mas a vida, na verdade, é que nos preocupa mais! Devia estar bem sinalizada, sem curvas perigosas! Sem falta de sinais! Sem traições e infracções ao código da boa conduta!!

20 junho 2011

||| UM BOM OU MAU GOVERNO, UMA BOA OU MÁ OPOSIÇÃO...



Vulgarmente se houve dizer que um bom governo depende de uma boa oposição. Pela mesma ordem de razão, um mau governo depende, em parte, de uma fraca oposição. Sem tirar, nem pôr, pois não é muito pouco provável um país conhecer um bom governo se tiver uma oposição medíocre, assim como se calcula que uma boa oposição seja o suficiente para travar um mau governo.

O PS e Sócrates, por exemplo, "passearam-se"  por aí, recentemente, porque tiveram uma oposição que só soube, ou só quis, fazer contas ao calendário para atacar quando podia provocar eleições e ganhar.
Tal e qual aconteceu.
Dir-se-ia que foi uma oposição mais táctica que frontal. Tal governo, tal oposição e vamos ver o que por aí vai aparecer.
A propósito de governo e de oposição, ocorre-me o trio que por aí andou há poucos meses e que, sem qualquer experiência governativa, fez mais em duas semanas e manda mais em Portugal que qualquer governo e aqueloutras oposições.
Tou certa ou tou errada?
Cartoom de Henrique Moreira

19 junho 2011

||| UM SÁBADO EM ÓIS DA RIBEIRA, A VER SEMENTEIRAS E FALAR COM PESSOAS...


O meu fim de semana teve volta por Óis. É sempre bom voltar à terra, faz-me bem visitar parentes e amigos, dar uma voltinha pelo Santo António e deitar os olhos sobre as águas da pateira, com os braços pousados nas barras dos passadiços que se aventuram pela água adentro.

A volta dá sempre para saber novidades da malta, dos seus dizeres e desdizeres. Ou maldizeres!! A gente de Óis, sendo geralmente gente porreira (porreira, pá!!!...), gosta, todavia, muito de mandar umas bojardas contra os ausentes. Eu conheço bem algumas dessas rêses. Gostam de cortar na casaca mas «roubam-nos» a voz com que deveriam assinar o seu veneno. Só falam de costas!
Gostei, particularmente, de ver as terras cultivadas e o parque da pateira limpo! Até meti conversa com uns casais de estrangeiros, que por lá merendavam e bebiam vinho branco, do carrascão!!!! Até me ofereceram.
Voltando às actividades agrícolas, agradou-me ver as sementeiras e plantações. E não ver, como antes de via, as ruas estrumadas dos dejectos dos animais - principalmente das vacas. Perguntei até quantas vacas haverá em Óis da Ribeira, sem serem as das explorações leiteiras. Não haverá mais de meia dúzia, disseram-me.

Óis da Ribeira, este fim de semana, pareceu-me mais bonita! Vá lá saber-se porquê! Nem ouvi dizer mal da Junta, nem do barulho do sino, nem das associações, nem soube de mais assaltos - o que é bom!
Será que a mudança de governo tem alguma influência nisto? Claro que não. Os meus olhos é que andaram ontem mais sensíveis.  

18 junho 2011

||| AS RATOEIRAS DA POLÍTICA E O FUTURO DE PORTUGAL


O novo governo tem algumas surpresas, pelo menos para mim - que não atento muito nas andanças políticas mas andava de orelha afiada para saber quem vai tentar safar-nos dessa grande alhada em que José Sócrates e o seus boys nos meteram.
E foi ele o culpado, não foi a crise, mas qual crise? A crise foi ele, não esturrasse tanta massa a asneirar como asneirou.
O novo governo, não sendo propriamente de salvação nacional, tem, porém, a delicada missão de salvar a nação de males piores e a minha primeira reacção foi de satisfação. Vi-lhe gente capaz e jovem. Sem os vícios velhos de quem tem cabelos brancos de tanto politicar.
Quero acreditar que, nesta hora bem amarga da vida nacional, poderá ter chegado o tempo de uma geração capaz, destraumatizada e competente e o meu desejo é que se afirme sem vícios como os que nos tornaram mais pobres e caloteiros.
O que lhe posso, e quero desejar, é que não se deixe cair nas ratoeiras da política e faça por Portugal o que os portugueses precisam.

17 junho 2011

||| O NOVO TOQUE DO SINO DA TORRE DE ÓIS

Nunca tinha ouvido o novo toque do sino, a tocar as trindades. Ouvi hoje e apanhei um valente susto. Estava eu nas escadas do adro, para ir ao cemitério, metia conversa com pessoa amiga, e  como é que vais e como é que nãoo vais, quando, pumba, tão-tão-tão, talalão... o sino badalou, baladou e eu e a minha amiga demos um salto. É barulho a mais, nem faço ideia de como os vizinhos aguentam tal barulho, se calhar estão já habituados.
De todo o modo, pareceu-me claramente exagerado o som, muito forte e com as trindades muito mal badaladas, mais me pareceram um toque de garotos - como nós fazíamos em crianças e o que uma vez me valeu uma valente sova. Fui tocar o sino à sorrelfa a zuniram-me as orelhas em casa.


16 junho 2011

||| OS SENHORES DOUTORES JUIZES DO COPIANÇO...

Tive há semanas de ser testemunha no tribunal e colhi muito má impressão do juíz e dos advogados - quer do da defesa, quer do da acusação. E simpatizei com a procuradora, que achei madura, tecnicamente competente e matreira, no rol das questões que me pôs.
E aqui deixem-me fazer uma declaração de interesses, pois fui testemunha abonatória do acusador, estava portanto muito à-vontade.
Hoje, a ver o telejornal, aparece aquela história de uns cavalheiros e de umas «cavalheiras» candidatos a juízes que foram apanhados em "copianço generalizado" num curso de auditores de Justiça do Centro de Estudos Judiciários.
Lembrei-me logo do julgamento, do qual guardei imagem de um juíz muito mal preparado e de dois advogados ainda piores. Bem piorzinhos!!!
Mas a notícia do dia tem a ver com o tal copianço e a anulação do teste - acabando todos os srs. futuros juízes, os prevaricadores, por serem classificados e admitidos com a dignificante nota de 10 valores.
Acho isto extraordinário e não pela melhor das razões.
Como é que eu reagirei quando, se tal vier a acontecer, numa sala de tribunal o juíz me perguntar se juro dizer a verdade e só a verdade?
Juro tal e tal e pergunto-lhe se ele é desta fornada de juízes do copianço?
Ai, meu Deus, ao que chegámos..

15 junho 2011

||| O ECLIPSE DA LUA E ÓIS DA RIBEIRA A OLHO NU...


As noites começam a estar mais quentes e mais românticas e eu, que nem sou a pessoa mais romântica do mundo (nem para lá caminho), dou comigo a olhar para a lua, que agora se vê melhor e me parece mais inspiradora.
Ao olharmos para ela, nestas noites que começam a ser de verão, ficamos a acreditar na sua beleza. Que a Lua possa ser romântica, até que eu aceito e entendo! Mas romântica só aos olhos de quem está apaixonado.

Tirem dúvidas e experimentem olhar para ela num dia em que os vossos humores estiverem em baixo e vejam lá se ela muda o vosso estado de espírito. É o mudas!
Agora, de repente e por acaso, lembrei-me daquela lenda que ouvíamos nos verões de Óis, quando nos punham a olhar para a Lua e a ver o homem com a paveia de palha às costas. Diziam-nos que o homem estava de castigo!!!! Eram outros tempos!!!
Vem estas considerações a propósito do eclipse da lua que, hoje, em Portugal, se poderá ver a olho nu. Em Óis, consta-se-me, também se vêem decisões tomadas de forma meio aluada. E isto, é o que me dizem, vê-se olho nu. Até que se eclipse quem assim decide.

14 junho 2011

||| OS ESCORPIÕES DA VIDA POLÍTICA

A evolução das sociedades está intimamente ligada à maior aptidão dos seus cidadãos: quanto mais talento e inteligência existirem, maiores são as suas probabilidades de terem êxito.
As sociedades que percebem esta verdade óbvia, e que investem para tornar os seus cidadãos mais aptos e competentes, são aquelas que apresentam níveis de desenvolvimento mais elevados.
Em Portugal, a lei do mais apto tem uma aplicação que remonta à época medieval: normalmente, os considerados mais aptos não são nem os mais inteligentes, nem os mais talentosos, nem os mais experientes, nem aqueles que poderiam fazer a diferença.
A aptidão em Portugal depende muito do nome de família e da filiação partidária. Como as aptidões intelectuais e o talento não são coisas que se transmitem de geração para geração, temos sempre os mesmos nomes em sectores-chaves da economia e da política. Valham alguma coisa, sejam muito bons ou não não valham nada de nada.
Portugal não é um país, é um negócio de famílias e de políticas e Óis da Ribeira não é coisa muito diferente. Basta olhar para quem desde o 25 de Abril exerce cargos políticos. Sempre os mesmos, ora do PS, ora do PSD. Há ribeirenses que não conhecem outra gente no poder que não a mesma que já lá estava quando começaram a votar. Uns no poder, instalados e refastelados; outros, a quererem sentar-se na cadeira do dito - nem que para isso tenham de mudar de partido, ou criem listas independentes. Como acontece frequentemente. Alguns são como os camaleões! São escorpiões!

13 junho 2011

||I SAIR DE CASA PARA TER DE IR BOTAR O VOTO...


Quando não se tem tema, fala-se de abstenção. Em Óis, nas últimas eleições, 204 pessoas (31,28%) das 649 inscritas nos cadernos eleitorais marimbaram-se nos Sócrates, nos Coelhos, nos Portas, nos Jerónimos, nos Louçãs e quejandos e ficaram em casa, sem votar.
A abstenção foi, de resto, muito malhada nestas eleições. Até o Presidente da República dos abstencionistas disse que perdiam o direito a queixar-se. As redes sociais encheram-se de "vómitos" sobre a ideia de todos terem de ir votar.

O meu lado "feminino" deixa-me dividida no parto: acho que todos devemos votar, mas também entendo que não votar é uma forma de votar.
Se eu não vou votar é porque entendo que nenhuma das propostas dos respectivos candidatos merece o meu apoio, ou sequer confiança.
Entendo também que, num espírito verdadeiramente democrático, votar está mais perto de ser uma opção que um dever, e muito menos seria uma obrigação. Lá está: não votar, é votar! Não sei se me estou a fazer entender. Porque é que eu tenho de sair de casa e ir à mesa de voto se me estou a marimbar no facto de presidente da Junta ser este ou aquele?! Vou lá só para fazer de conta?

12 junho 2011

|| A FREGUESIA DE ÓIS DA RIBEIRA PODERÁ SER EXTINTA?

A ideia, mais ou menos comum, de que os governos civis são entidade cuja inutilidade todo o país já reconhece podia ser passada para outros órgãos oficiais de natureza política.
Como é possível ter municípios com 4 centenas de eleitores (a ilha do Corvo, nos Açores) ou freguesias com centena e meia (Macieira de Alcôba, aqui em Águeda)?
Tirando os bairrismos exacerbados destas coisas, pois nunca ninguém gosta de perder galões e prebendas, pergunto eu, sem querer ofender ninguém, se se justifica uma freguesia com esta população? E um concelho? Há muito quem defenda, por isso, a  sua não qualquer justificação político-administrativa. Tal qual os governos civis.

Tal consenso em torno de tal inutilidade levou já muitos políticos a prometer e outros mesmo a anunciar a extinção dos governos civis. E já se fala na revisão administrativa que poderá passar pela extinção de municípios e freguesias.
Não sei, não... mas Óis da Ribeira que vá pondo as barbas de molho.
Não vejo políticos em Óis com gabarito para encetar e assumir um combate que venha a evitar a sua futura e provável extinção.

11 junho 2011

||| SENSAÇÃO DE VAZIO E DE AZIA...

A imagem que aqui reportamos, se me dão licença, faz-me lembrar aquela anedota de como a Alemanha perdeu a guerra. Ou o tempo em que a idade nos fazia menos convencionais e até um pouco rebeldes. Todos passamos por essa fase.
Pensávamos nós todos, com o deslumbramento de quem sonha fácil, que viraríamos o mundo e, ao falar com os nossos botões e corações, acreditávamos mesmo nisso... E sabem uma coisa? Acho que tínhamos razão! Nós podíamos e devíamos ter mudado o mundo. Dever, devíamos! Só que desistimos cedo demais. O mesmo se passa em Óis, em vários aspectos da nossa vida colectiva.
Lembremo-nos da rede de saneamento: há seis anos que se fez a primeira fase e, quando às restantes, nicles, não há mais nada para ninguém. E passaram-se 72 meses!
Fui, hoje e agora, reler as propostas eleitorais que há menos de dois anos fizeram o arco de promessas das listas do PSD e do PS e fiquei com um sensação de vazio. E de azia.
Será que os seus membros voltaram a ler o que propuseram ao povo?
Deviam ter vergonha. Mas vergonha é coisa que não habita na alma dos políticos, mesmo nestes de trazer por casa, como são os nossos - que nem sequer assumem os seus fracassos e as mentiram que nos pregaram.

10 junho 2011

||| BOA NOITE!!!


A generalidade das mensagens que nos chegam ao correio electrónico são todas a malhar cá no "ceguinho" - que nas mais das vezes é mais aquele que não quer ver, que o propriamente dito.

O que por aqui dizemos, ou comentamos, é a dura realidade da vida. Indiscutívelmente. Do nosso ponto de vista! Ora como todos sabemos é verdade que as verdades nem sempre são bem aceites, por mais reais que sejam. Mas nós não ficaremos a linguarar em seco, descansem, e aqui falaremos sempre de Óis como nós vimos Óis e não como algumas senhoras e alguns senhores querem que a gente fale e pense.É o que me apetece dizer neste dia de feriado macional, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
Aqui, mesmo que nos doa, não falamos por falar.
Boa noite!

09 junho 2011

||| SÓCRATES VAI TRABALHAR PARA O GOVERNO BRASILEIRO...

Fiz hoje uma viagem de combóio e comprei jornais para a viagem. Comprei dois, um deles o Sol - que nunca tinha lido. A atracção teve a ver com a capa: Dilma dá emprego a Sócrates. Vai a ver-se e, acreditando no que o jornal diz, o convite foi feito ainda antes da derrota eleitoral do domingo.
Significa iso, o quê? Que os brasileiros já sabiam sabiam muito bem que ele ia perder e ficar desempregado? Qua a vocação de José Sócrates é a propaganda, tal como fez com o Magalhães em plena cimeira Ibero-Americanam ou com os democratas que são Andrés Perez, da Venezuela, e Kafadi, da Líbia?
Talvez não saibam é que para o lugar que lhe propõem (representante das grandes empresas brasileiras na União Europeia) convinha que soubesse falar Inglês - nem que fosse em curso tirado ao domingo.

08 junho 2011

||| AS REDES DAS NOSSAS VIDAS...

A rede não é a do polidesportivo da Arcor, mas é a da vida. Olha-se para ele e fica-se a pensar!!! Não nos buracos que lá arrebentaram (no poli) e ninguém arranja mas em outros... buracos. Os da vida!
Os do poli, já agora, esperemos que os arranjem até à data do torneio de futsal.

Voltando à vida e se repararmos bem, verificamos que temos muito poucos factos novos quase todos os dias. Os dias seguem-se uns aos outros de uma forma repetitiva e monótona. Somos um pouco mais que autómatos, gerindo as não modificações do dia a dia sem grandes entusiasmos! Há que modificar isto. Não acham?! Ao menos tentar mudar, como se muda de governo, para experimentar coisas e caras novas!

07 junho 2011

||| O LARANJAL E O FUTURO LAR DE IDOSOS DE ÓIS DA RIBEIRA


Não sei se já repararam, mas Portugal vive hoje uma situação absolutamente inédita, em termos de capital de decisão política: vive-se a primeira situação de uma maioria, um governo e um Presidente da República do PSD. É tudo laranja. Uma laranjada total!
O Governo, na verdade, já é do PSD (embora com a muleta CDS), o Presidente da República é PSD, o Parlamento tem uma maioria de deputados do PSD e o Presidente, obviamente, vai ser do PSD!  Olha-se para o lado e vê-se que o Governador do Banco de Portugal é próximo do PSD, o Presidente da CMVM é mesmo do PSD (Carlos Tavares até já foi  ministro). Até o presidente da CGD é do PSD.
Quer isto dizer que não será por falta de laranjada (ou chá?!) que Passos Coelho não fará boa figura. Aparentemente, tem  boas condições para governar. Agora falha, pá!

Olha-se mais para aqui de perto e até a Junta de Freguesia de Óis da Ribeira é toda do PSD e do PSD é o vice-presidente, o secretário e a vogal da direcção da ARCOR. Pelo menos esses, não sei se o presidente e o tesoureiro. O presidente da assembleia geral já foi eleito do PSD!! O laranjal está, pois, bem composto! Mesmo muito bem composto!
Será desta que vamos ter o lar? 
Só pode!!! 

06 junho 2011

||| ÓIS DA RIBEIRA TEM MENOS 17 ELEITORES...

As eleições de ontem já lá vão, nas deu-me para ir ver as últimas autárquicas ribeirenses. Então, numa «luta» bipolarizada, o PSD teve 277 votos e o PS recolheu 220. Feitas as contas, os laranjas tiveram menos 78 (227-199) e os rosas ficaram aquém 106 (220-114).
A gente sabe que a eleição local atrai muito mais a malta, mas não deixa de ser curioso que os dois partidos somaram menos 184 votos (297-313). Isto é, 184 pessoas deixaram de se interessar pelos dois partidos mais fortes e 68 deles «voaram» para o CDS/PP. Oura leitura: 184 pessoas em 649 eleitores é muita «fruta».
Já agora e para fechar, outro pormenor: Óis da Ribeira tem menos 17 eleitores. Eram 666 em 2009, são 649 em 2011. A terra está a «desertficar».

05 junho 2011

||| AS ELEIÇÕES EM ÓIS E O APARECIMENTO DO CDS


Clicar na imagem para a ler melhor
Já se pode falar de eleições e dizer que ganhou Passos Coelho e perdeu José Sócrates - que se demitiu de secretário-geral do PS.
As grandes discussões ficam para as rádios nacionais e as TV´s. O Contra reflecte sobre o que se passou em Óis. Assim, ganhou o PSD, com 199 votos (44,62%) e o PS foi segundo, com 114 (25,56%). Uma diferença de 85 votos! O Bloco de Esquerda teve 23.
Nota relevante tem a ver com o reaparecimento do CDS/PP - que conquistou 15,25% de votos (68) - a apenas 46 do PS.  Será que o CDS renasce em Óis, que Óis começa a ficar farta da bipolarização PSD e PS?
Teria a sua piada!
O CDS/PP, na verdade, há anos que anda «morto» na comunidade política, depois de ter sido bem votado em eleições autárquicas. Mas tem gente, em Óis!
Para já, com estes resultados e pelo Método de Hondt, teria dois eleitos na Assembleia de Freguesia.
Assim ficaria:
- PSD: 3 eleitos.
- PS: 2 eleitos.
- CDS/PP: 2 eleitos.
Daqui se conclui que os responsáveis do partido tem andado distraídos, sempre que não apresentaram lista nas autárquicas locais. Se apresentassem, seria o fiel da balança da política ribeirense.

04 junho 2011

|| NEM O PAI CHEGA, NEM A GENTE ALMOÇA...


Porque hoje é sábado e véspera de eleições, não podemos falar de política e muito menos do Sócrates, do Passos, do Portas, do Jerónimo e do Louçã e dos outros todos, dos mais pequeninos.
Isto é, nem o pai chega, nem a gente almoça. Ou, de outra forma: andamos p´raqui todos a empatar e a patinar na «coisa». A coisa, é a dívida! E, amanhã, o diabo que escolha!

03 junho 2011

||| A DOIS DIAS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2011


As eleições são no próximo domingo e todos temos o dever de ir votar. Não importa em quem. Mas votar! 

Ninguém tem a suprema sabedoria de saber o que é bom para o país. Se este, se aquele. Se o engenheiro que se licenciou numa tarde de domingo, ou se um candidato que o fez aos 37 anos. Curiosamente, ambos em universidades privadas.
Não tenho a soberba de achar que quem não pensar como eu, está errado. Mas tenho a certeza de que estas eleições são demasiado importantes para todos nós, pelo que todos nós devemos ir votar.
Sem esquecer que não votamos em nenhum homem, como eles dizem e seja ele quem o for. Mas numa equipa. Por isso todos, mas mesmo todos, temos que dar o contributo que nos é exigido em democracia e irvotar.
O Contra d´Óis vai votar!
Cartoon de Henrique Moreira

02 junho 2011

A sondagem do Contra d´Óis


As eleições são domingo e com a certeza absoluta de que não vamos inflenciar nenhum voto, vamos aqui falar da sondagem do Contra. Como não trouxe a calculadora, não há percentagens para ninguém. Só palavreado, como, afinal, os nossoas amigos políticos.
Assim, os três maiores partidos vão todos ganhar - embora todos estejam a a apostar acima do supostamente valem, portanto acima das suas possibilidades. Vejamos:
- O PSD aposta na maioria absoluta.
- O PS aposta na vitória.
- O CDS aposta num resultado histórico, acima dos 14%.
Não falo dos outros, pois não contam, não assinaram o acordo com os troikados e puseram-se fora da carroça!
Agora, na prática, provavelmente o PSD ganha, mas sem maioria absoluta.
O PS perde as eleições e o poleiro e nem quero imaginar o Sócrates na oposição.
O CDS, esse, não ganha nem perde. Melhor: não ganha mas ganha, pois vai parar ao governo e o resto são cantigas!
Cartoon de Henrique Moreira

01 junho 2011

||| CONTRA ALGUMA COISA, OU CONTRA ALGUÉM!...

A nossa terra de Óis da Ribeira, como em muito bom lado, é terra de uma boa intriga e de uma espalmada má língua! E, então, se for para destelhar o comportamento de alguma cachopa, então!!!..., então, nem vale a pena falar!!! Mas não seria mais bonito que todos pudessem ver o mundo assim? Não sei se sim, nem se não!
O meu fim de semana ribeirense foi algaraviado de novidades, nem todas boas, é verdade, mas todas a estrambulharem em casa alheia. Sempre foi assim, tanto quanto me lembro e reconheço que também por aqui se dá à língua. E bem esticada! Mas também se não houvesse diversidade de ideias e de opiniões, se todos pensassem da mesma maneira, se o mundo não fosse policromático como a pincelada da imagem, tudo seria uma chatice! 
Digo eu que se assim não fosse, o mundo não seria mais calmo, sublimemente mais atraente, sedutoramente mais sincero, objectivamente mais directo, absolutamente mais pacífico e seguramente e imensamente mais feliz! Seria, não seria? Digo eu, ó malta de Óis!
E por aqui me fico, sem dar à língua demais, sem  me dar à inconveniência de hoje estar contra... alguma coisa, ou alguém!