
Um coelho bravo adulto consegue correlacionar mais dados que um caçador. Já a perdiz demonstra mais dificuldade nesta matéria. Mas isso não interessa nada agora. A outra razão prende-se com o custo de vida e a deterioração das condições de trabalho que, como sabemos, têm vindo a piorar em Portugal. Os bichos portugueses não só têm a noção que a sua vida custa cada vez menos por aqui, como não têm condições para trabalhar num país que, de ano para ano, incendeia alucinadamente milhares de hectares de mata e floresta, tornando impossível a educação básica das suas crias: como ensinar uma cria a esconder-se em terreno aberto? Impossível. Rejeitando a hipótese de se tornarem alvos fáceis, os bichos têm emigrado massivamente para a vizinha Espanha - não estamos a falar de Fermentelos... - onde vêem a sua esperança de vida aumentar. Finalmente, aquela que parece ser a razão estrutural para a gradual falta de caça em Portugal, temos a «Síndrome de Sócrates» (exactamente o oposto da «Síndrome de Estocolmo»). Desde que José Sócrates está no poder que o número de bichos tem vindo gradualmente a baixar. É que nem os bichinhos gostam...
A propósito de caça, por onde andam os caçadores de Óis?
E os patos que deram nome à pateira?
1 comentário:
Há caça em Óis, para além de uns coelhozitos de mato, ou duns patitos na pateira?
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