Entre o actual modelo e um modelo semi-privado da Segurança Social, sou partidário do actual. Não sou contra a privatização, mas quem a defende ainda não me convenceu. Mas também não estou satisfeito com o actual modelo, o princípio da solidariedade em que supostamente assenta é pura ficção, os trabalhadores portugueses não estão a ser sacrificados por causa da dimensão social do actual modelo, estão a suportar anos de oportunismo na sua gestão.
Concordo em absoluto com o princípio da solidariedade, na condição de que as pensões traduzam a carreira contributiva dos pensionistas, pois não faz sentido que quem trabalha tenha que suportar as pensões dos que recebem muito mais do que merecem e não tenham segurança em relação ao seu próprio futuro. É justo que o tempo passado na guerra colonial seja considerado, que existam pensões mínimas, mas estas pensões ou componentes das pensões pagas são um preço a pagar pelo país sob a forma de impostos e não a suportar pelas actuais e pelas futuras gerações, através das sua comparticipações. Da mesma forma, as pensões dos políticos (a não ser daqueles que dedicaram a vida o serviço público na condição de políticos e a requerem na idade prevista para os funcionários públicos) não deveriam ser suportadas pelos descontos dos funcionários públicos, se os políticos estão ao serviço do país deve ser o país a pagar-lhes as pensões.
O actual sistema de SS deveria ser alvo de saneamento financeiro, afectando ao OGE os custos das asneiras dos políticos, as benesses abusivamente concedidas ou as fraudes permitidas por políticos negligentes, isso é um custo do país e não da Segurança Social. Enquanto este saneamento financeiro não for feito e os políticos continuarem a usar as benesses da Segurança Social para comprar votos com o dinheiro descontado pelos trabalhadores, não faz sentido falar no princípio da solidariedade. E, por cá, porque não olhar para quem beneficia de "esquemas" a virar para a fraude?
O actual sistema de SS deveria ser alvo de saneamento financeiro, afectando ao OGE os custos das asneiras dos políticos, as benesses abusivamente concedidas ou as fraudes permitidas por políticos negligentes, isso é um custo do país e não da Segurança Social. Enquanto este saneamento financeiro não for feito e os políticos continuarem a usar as benesses da Segurança Social para comprar votos com o dinheiro descontado pelos trabalhadores, não faz sentido falar no princípio da solidariedade. E, por cá, porque não olhar para quem beneficia de "esquemas" a virar para a fraude?
2 comentários:
Excelente artigo, concordo totalmente com o aqui é dito.
Pró baralho, Conceição? Tás muito púdica...
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