Ontem, recebi uma notificação das Finanças, para me apresentar urgentemente lá no balcão do bairro fiscal, onde se pagam os impostos, se espera nas filas, renovam os documentos e tiram certidões, actualizam as moradas na papelada que o Estado obriga a que tenhamos sempre em dia.
Não descansei enquanto lá não fui e fui hoje, lá ficando à espera de atendimento - feito tanso. Na verdade, há sempre quem passe à frente, aldrabe as Finanças, nunca seja encontrado nas moradas porque nunca as actualizou. E o Estado incentiva alegremente este espírito, com uma espécie de concurso de temática variada.
Hoje: multas perdoadas a quem não as pagou. Amnhã,a multa prescreve! Mas seria uma multa que eu tinha para pagar? E multa de quê?
Ocorreu-me aquela história dos carros, registados em nome de uns e conduzidos por outros. Um qualquer carro vendido de que não se entregou papelada numa qualquer Direcção-Geral extinta; ou então pagar uma multa e dar baixa do carro na mesma Direcção Geral extinta. Seria?
Por ali fiquei uma hora e quarenta, a ler A Bola e a fazer as palavras cruzadas do Público. Quando chamaram pelo meu nome, chegámos a uma conclusão brilhante: o meu nome era o nome de outra pessoa. Igualzinho!
Só não sei como a notificação chegou a minha casa, ao meu número de porta, da minha rua! Serviços do Estado, diria alguém!!. A minha sorte foi que o meu número fiscal era mesmo o meu!
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