Todos nós já ouvimos falar dos camaleões - aqueles que mudam de política como quem troca de peúgas. A propósito de como realmente mudar de opinião ou trocar de ideais pode ser um acto de maturação calculado, motivado por interesses mais ou menos abjectos.
Cada um de nós pode aceitar com naturalidade as mudanças de opinião nas metamorfoses críticas da maturidade na juventude, mas não é racional que uns quarentões mudem a sua alma ideológica numa idade tão jovem, fazendo, além do mais, petulância e espectáculo do seu “arrependimento tardio”.
Como sabemos que a mudança reflecte maturação e não um bajulador processo de “troca de casaca”? Como distinguimos uma renovação genuína de uma fraude? Não é fácil sabê-lo, mas existe uma forma clara de podermos determinar se quem muda de opinião o faz por cálculo ou por convicção: se aquele que altera as suas ideias obtém por isso, objectivamente, um benefício pessoal, profissional, económico ou político, seguramente estamos ante um farsante em todo o seu esplendor. Mudar tem de ser necessariamente difícil, dispendioso, como tudo o que é valioso e pode ser falsificado. Mas quando mudar de ideias acaba por ser uma coisa fácil, patrocinada, e quem muda de critério até é lisonjeado, então é porque a “cambalhota” não é mais do que uma “revolução” no sentido mais financeiro da palavra.
Coisa de camaleões? Não sei!!! Se calhar é mais mesmo de cifrões!!!
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