22 janeiro 2010

||| O DIA..., AS SETAS E O TAPARUERE




A última noite, dormi-a eu muito bem, muito bem mesmo, depois de ler e saborear um cabotino comentário para aqui enviado - um, entre muitos outros e que já nem são novidade.
O mais engraçado, para mim, claro está..., é como emergem estas provocações e aguilhoadas a torto e a direito, com quem atira setas ao alvo. Umas acertam, outras nem por isso, algumas caem antes de bater. Enfim, até que é divertido.
Acordei com boa disposição mas a caminho do emprego tive de me desunhar numa emergência, na estrada. Lá telefonei para onde devia e lá me desenrascaram. Ao passar pela repartição, tive de ir de boleia à oficina, buscar a papelada que lá tinha deixado esquecida, por causa da pane. Fui e vim e atolei-me de trabalho o dia todo, passando com uma sopa ao meio dia. Fiquei com dores de cabeça e lá tomei mais uma droga, das genéricas (mais baratas...). Ligaram-me da oficina para ir buscar o carro. Fui!
Pelo caminho, uma das crianças lembrou-me a promessa de lhe comprar um jogo qualquer e deixou-me a pensar que no meu tempo não era nada disso, prendas só em dia de anos e coisa pobrezinha. Para me irritar ainda mais, o trânsito atrasou-me a viagem do regresso a casa e passei pelo restaurante habitual para trazer o taparuere com uma janta de emergência.
Abriu o telejornal e, com todo o respeito pela horrível tragédia, já não consegui mais ouvir falar do Haiti. E é aqui que bate o ponto: a tragédia deveria fazer-nos mais humanos. E ás vezes não somos!
O taparuere já está limpo, pode ter de ser necessário na próxima semana. Amanhã, sem dúvidas, vou dar uma volta pela Barra e pela Costa Nova. Se calhar, vou ao cinema. Hoje, o taparuere foi a melhor coisa que me aconteceu.

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