14 agosto 2011

||| O GOVERNO E OS ESTRUNFES...

Assisto ao telejornal e não há uma boa notícia. Começa com o protesto dos militares, segue com o fecho do comboio da Costa da Caparica, fala-nos da besta da Noruega e de mortes na América e no Afeganistão, da fome na Somália e no Corno de África. Equivale isto por dizer, dito de outra maneira, que  as “boas notícias” . as dos “cortes nas despesas do Estado”, continuam adiadas pelo ministro das Finanças, porventura ficando para a rentrée de Passos Coelho, que é dentro de meia hora, no Pontal do Algarve.
Notícia que eu diria interessante é a do estranho rebatismo dos Estrumpfes para o público português. Na verdade, os celebrizados gnomos azuis do ilustrador belga Peyo, dado como um facto consumado. Fiquei a sofrer com tal.
A minha modesta mas ansiosa opinião, quiçá suspeita, conclui que se trata de uma miserável exigência imperialista dos produtores do filme que ontem estreou para a garotada. O problema é que não se trata apenas de mudar radicalmente o nome de uns personagens, é toda uma linguagem com verbos, substantivo e tudo o mais, que é literalmente deitada ao lixo.

Muda tudo e lá se vão as minhas lembranças infantis para o caixote do lixo.
Só não muda o governo, talvez porque ainda seja cedo de mais. Mas lá chegaremos, sem saudades de Sócrates.



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