O Contra comentou aqui o estado nação, da forma que entendeu justa e na lógica de raciocínio que qualquer português médio entenderá bem. Assim julga o Contra, em nome da dignidade e da sobrevivência dos portugueses, que perdem direitos em barda e pagam impostos em catadupa, à ordem de uma governação que, valendo o que vale, parece não fazer a mais pequena ideia das consequências sociais do que está a fazer - em dano efectivo dos portugueses e de Portugal.
O Contra pensa assim e assim reflectiu e não é por a sua equipa autoral ser mais ou menos conhecida que isso varre (ou não varre) a alma e depena (ou não depena) a carteira. A governação não entende que há portugueses que passam fome, há empresas e famílias feitas em cacos, há sobreviventes que podem não chegar amanhã, que se arriscam a perder o trabalho, a remuneração, a casa. A governação não imagina sequer do que é capaz um cidadão que perdeu tudo e vê os filhos passarem fome, ou com a família desfazer-se, em consequência das medidas de austeridade.
O Contra pensa que, para nosso mal, a governação nem sequer faz (porque não sabe ou não quer) uma abordagem minimamente séria do problema e nem imagina que está a fazer-nos caminhar para o colapso social.
O Contra sabe que estas coisas, como aqui são ditas, são do senso comum. Estranhou, por isso, os alhos e bugalhos que confundiram um professoral comentador, que assinou com o nome por baixo (mas que aqui lhe poupamos) e perorou contra o Contra, em nome da pretensa defesa de honra de um colectivo que não sabemos até que ponto conhece e sente. O colectivo ribeirense.
O Contra, poupando-lhe o nome, também não publica o comentário, pois se recusa enxovalhar (para usar expressão do comentador) o que e quem quer que seja. Nunca o fez, nem o fará. E muito menos a instituições ribeirenses. Nem entende que dores quis assumir tal inefável comentador, em nome de tais instituições.
O comentário, esse sim, enxovalha com o que escreveu (e não publicamos), indignifica e rebaixa os valores ribeirenses. O Contra não sabe se o doutoral comentador percebeu o alcace objectivo do que escreveu, parecendo certo que não entendeu (bem) o que leu.
O comentador, efectivamente, entre os alhos e bugalhos da vida, talvez nunca venha a entender que esta não se fez do pueril, do insensato e do emocional, mas de obra, de paixão e de estatuto, de humildade, de trabalho, de consciência e de cidadania, de respeito pelos mais frágeis e de exigência aos que mais podem.
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