ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
30 novembro 2006
||| BOND, GIRL BOND... GIRL VERA BOND, PORQUE AMANHÃ É FERIADO!!!
||| A RAZÃO DA GRAVATA COR DE ROSA
29 novembro 2006
||| DE CABEÇA PERDIDA !!!
28 novembro 2006
||| CAPACIDADE DE RIR !!!
Existem vários tipos de humor, desde o mais básico ao mais requintado, mas o sentido de humor é algo transversal a todos os humores - quem o tem, esboçará pelo menos um leve sorriso quando confrontado com um dos vários géneros de humor. Infelizmente há por aí muito mamífero baboso desprovido de sentido de humor. Lamentavelmente para eles que, por mais que se esforcem, vêem tudo à luz da sua realidade e personalidade limitada e desinteressante, sem uma única pontinha de humor.
Este post é dedicado a eles, a esses seres merecedores de uma tribo de somalis que lhes animassem o dia. Se algum de vocês está por aqui a ler isto, um conselho: riam-se!!! - Isto pode não ter piada nenhuma mas ao menos estão contribuir para aumentar a longevidade de alguém.
27 novembro 2006
||| O PAI NATAL
Finalmente, a questão das prendas. Partindo do princípio que «não há almoços grátis», porque raio é que o Pai Natal oferece presentes às criancinhas? Qual a razão que o leva a agir desta forma? O que é que ele ganha com isso? É caso para perguntar aos paizinhos como reagiriam se um estranho desatasse a oferecer, todos os anos, prendas às suas criancinhas? Podemos sempre alegar que o Pai Natal não é um estranho, mas… já alguém o conheceu pessoalmente? Já foi lá a casa jantar à vossa mesa? Deus nos perdõe pela «maldade» deste falr do Pai Natal!
26 novembro 2006
||| A RAZÃO DAS BAIXAS DOS PORTUGUESES, QUANTOS POR AÍ ANDAM DE BAIXA IRREGULAR E OS IMPOSTOS QUE PAGAMOS!
25 novembro 2006
||| A VIDA A REMOER...
24 novembro 2006
||| A VIDA PRESA POR UM FIO!!!
Dia quinze de Dezembro fará três anos que os jornais de todo o mundo anunciavam ter sido atingido o objectivo da guerra do Iraque. We got him!, ainda me perece ouvir, como se fosse hoje, sendo a frase de júbilo exclamada com a mesma entoação com que deveriam ter dito, vêem como somos honestos, sinceros e bem intencionados.
Ou outra que descansasse o mundo informando-o que já era estava mais seguro, que o terrorismo internacional tinha abrandado e que a selvajaria da destruição do Iraque tinha resultado na apreensão das tais armas de destruição em massa que o ameaçavam. Passados todos estes anos, relendo os arquivos e voltando ao We got him, só apetece perguntar: and so what?
E lembrar que Sadam Hussein foi condenado à morte, por enforcamento, por não sei quantos crimes, enfrenta o tribunal por não sei quantos mais e passará o restos dos seus dias a ver sol aos quadradinhos. Não é que sinta algum gozo especial com o enforcamento do homem, Deus me livre. Mas na verdade, quem com ferros mata, com ferros morre... Alguém de Óis se lembrará deeste adágio popular?
23 novembro 2006
||| O INTRAGÁVEL RECONHECIMENTO PÚBLICO DA INCOMPETÊNCIA FISCAL DO GOVERNO
Isto é, o infeliz diz-nos que estamos a pagar mais impostos devido à ineficácia da DGCI.
É bom lembrar que Amaral Tomaz gosta que lhe chamem o pai do IVA e que foi subdirector-geral dos impostos com o dossier dos impostos sobre o rendimento. Isto é, tem grandes responsabilidades naquilo que o fisco é hoje.
Pela forma como o governante fala parece que os cidadão estão a ser penalizados porque se portam mal, como se a culpa da evasão fiscal fosse dos que cumprem, e, pior do que isso, admite que o fenómeno da evasão fiscal é normal ou aceitável. Mas não é assim, a Administração Fiscal tem os meios, tantos ou mais meios quanto qualquer outra administração fiscal europeia, tem os recursos financeiros, conta com mais de 13.000 funcionários e usa uma das redes informáticas mais poderosas do país.
A evasão fiscal não é aceitável e só se entende pela gestão incompetente do fisco, começando pela nomeação de incompetentes, e neste capítulo o actual secretário de Estado já nomeou ou reconduziu alguns cromos seus amigos. Ou será que Amaral Tomaz consegue justificar a recondução de um seu amigo no cargo de director de finanças de Lisboa com os resultados ruinosos obtidos pela maior DF do país? Quanto da taxa do IVA poderá ser atribuída à gestão desastrosa daquela Direcção de Finanças?
AS AULAS DE SUBSTITUIÇÃO
Vejo um aluno que protesta afirmar na TV que nas aulas de substituição os professores lhes perguntam se querem jogar às cartas ou ao dominó. Que treta de professores são esses? Talvez fosse oportuno ouvir um dirigente da Frenprof explicar melhor porque isso sucede.
22 novembro 2006
||| A GRANDEZA DOS PEQUENOS LÍDERES E A PEQUENEZ DOS LÍDERES GRANDES!!!
21 novembro 2006
||| O CLÁSSICO DESENRASCANÇO DOS RIBEIRENSES PARA AS CLÁSSICAS COMPLICAÇÕES DO DIA-A-DIA
Os ribeirenses, como a generalidade dos portugueses, dividem-se em dois géneros básicos: os enrascados e os desenrascados. Os primeiros dependem dos segundos, e os segundos dependem dos primeiros. É um ciclo vicioso (e viciado) que tem a sua inspiração, provavelmente, em Karl Marx.
Os desenrascados têm como função, ao contrário do que o nome sugere, enrascar os enrascados. Quando o conseguem, podem então fazer jus à sua característica predominante e então desenrascá-los. É ridículo, é La Palisiano, mas é verdade. Maquiavel era capaz de se baralhar no meio deste processo todo: aquela sua velha questão (ou postulado) onde os meios justificam os fins, adquire um carácter meio esquizofrénico em Óis da Ribeira - quem diz Óis, diz no país. É que para um desenrascado, os meios são mesmo os fins. Enrascar é uma garantia de que vai ser necessário, a qualquer momento, mais tarde ou mais cedo, desenrascar. Desenrascar, aqui, significa resolver um problema que não existiria se não tivéssemos pensado em qualquer coisa que nos pudesse enrascar.
O problema é que este comportamento se repete nas mínimas coisas. Ser ribeirense é andar à rasca e à espera que alguém o desenrasque. Há aqui uma espécie de demissão de responsabilidade a favor de alguém que ainda é mais irresponsável que nós. Fantástico, não é?
E acabei agora mesmo de desenrascar o post de hoje. Amanhã vou-me enrascar para escrever o próximo. Mas já sabem: podem sempre contar comigo para desenrascar.
||| RAID FOTOGRÁFICO NA PATEIRA
20 novembro 2006
||| O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL E AS SUBVENÇÕES DO ESTADO AOS PARTIDOS
19 novembro 2006
||| A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA E AS CUNHAS FAMILIARES PARA O EMPREGO
E vejam lá a coincidência: uma dessas requisições permitiu «a entrada da filha de um dos juízes-conselheiros do TC", que ali permanecerá um ano, "renovável", no Departamento de Planeamento e Consultadoria do Tribunal de Contas. Revela o Sol que a jovem licenciada em Direito "tem como única experiência profissional ser 'directora de serviços' na IPSS, de onde foi requisitada".
Segue-se outrnotável coincidência: esta IPSS "é presidida pela mãe, sendo o pai presidente da assembleia-geral". O pai da menina desvalorizou o facto, assegurando que "outros conselheiros têm também familiares no TC". Ele próprio teve outra filha "a trabalhar no tribunal durante três ou quatro meses". Sempre por mero acaso: as coincidências sucedem-se nesta história. É um quadro tocante: afinal fica tudo em família. Só existe um pequeno problema: quem paga este admirável jogo de cadeiras somos nós. Calcule-se o que aconteceria se agora cada titular de cargo público quiser dar emprego à família, à conta do Estado. E nem falamos de Óis da Ribeira, onde não há cargos desses para prebendar a parentagem. Mas olhemos pela hierarquia pública acima...
18 novembro 2006
||| OBRIGADINHO SR. MINISTRO!!!
Isto é, Portugal tem um ministro das Finanças tão paternalista que acha que quando tem dúvidas ou críticas metodológicas, os portugueses devem ser poupados à leitura dos estudos. Resta saber se o ministro também esconderá um projecto de OGE se este merecer críticas metodológicas. Por exemplo, se o facto de a eliminação das SCUT não ter sido referida no OGE, levando a que houvesse um buraco financeiro, não mereceria uma das suas críticas metodológicas.
Era bom que o ministro das Finanças não visse os portugueses como se fossem uns mentecaptos incapazes de distinguir um estudo bem feito de um estudo com erros, ou como uns tolos influenciáveis que mudassem de atitude em relação às políticas governamentais só porque o estudo era incómodo para as posições do ministro.
Este tipo de paternalismo combina mais com autoritarismo do que com democracia, ajusta-se mais a políticas duvidosas do que a políticas adoptadas com convicção. Lamenta-se que o ministro não perceba isto. Era como se em Óis da Ribeira quem tem de decidir, não soubesse o que fazer e também encomendasse estudos para mandar dizer o que (não) pensa fazer. Era (é) um tempão perdido! E dinheiro!
17 novembro 2006
||| A CEIFEIRA AFINAL NÃO VEIO!...- ORA VALHA-NOS DEUS NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!!!!
16 novembro 2006
||| TRÊS APONTAMENTOS SOBRE O ABORTO!!
PS: Um habitual comentador do Contra d´Ois mandou-nos correio sobre o poste de ontem, em que felicitamos o d´OIS POR TRÊS. Estranhou, disse ele. Não percebemos porquê: estamos todos o mesmo barco, mas a remar com pás diferentes. Só isso.
15 novembro 2006
||| PARABÉNS AO D´ÓIS POR TRES
14 novembro 2006
||| O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL E A BOLSA APERTADA E VAZIA DOS RIBEIRENSES
13 novembro 2006
||| A SAÚDE QUE É DE BORLA MAS, AFINAL, NÃO É GRATUITA E AS PROMESSAS DE SEMPRE EM NOITE DE NOVEMBRO
A Constituição da República determina a gratuitidade dos serviços de saúde. É, pois, suposto que os serviços gratuitos são acessíveis aos que têm muito e aos que têm pouco, não são recusados a ninguém, independentemente do custo de um tratamento. Isso é um serviço de saúde gratuito.
É gratuito mas não é à borla, tem custos - custos suportados pela sociedade através da arrecadação de impostos. Talvez mereça a pena recordar o que significa borla e para isso reproduzo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa:
- Borla s.f. (1858 cf. M5): 1-calote passado em prostituta; 2-P B PE ajuda (para gozar um prazer ou aproveitar gratuitamente um serviço) “conseguiram uma borla para entrar no teatro”; 3-MOÇ falta do professor a uma aula: “tivemos uma borla a matemática hoje”; à ou de b. 1 P B PE infrm. de graça; sem pagar “viajar de borla.” 2 p.ext P infrm. muito barato “este almoço foi de borla!”.
Vejamos agora a palavra grátis:
- Grátis adj 2g 2n (1502 CDP 1 33) 1 de graça, gratuito “entrada grátis.” adv. 2 de graça, gratuitamente “come-se grátis naquele local, se conheceres o dono; ” ETIM at. Gratos "de graça, sem custo".
Há alguma diferença epistemológica entre ser gratuito e ser à borla e a maior parte das opiniões enquadra-se mais no conceito de “borla”. Não há português, mesmo entre os que se escapam aos impostos, que na hora do debate não defenda a gratuitidade, pouco importa que os impostos que pagam compensem o que recebem, ou que os recursos que podem ser arrecadados através dos impostos sejam limitados, o que importa é que a saúde seja à borla, que tenhamos a sensação de que não pagamos nada, de que ninguém pagou nada.
a Arcor festejou o S. Martinho. Muito bem! Damos a mão e felicitatamos a associação.
12 novembro 2006
||| O S. MARTINHO QUE JÁ MORREU EM ÓIS DA RIBEIRA, VÁ LÁ SABER-SE PORQUÊ...
Dia de S. Martinho, lembram-se? Gestos que marcam e que reflectem o lado luminoso das nossas gentes e tradições. Cheguei a casa e fui ver os meus apontamentos sobre o S. Martinho de Óis. Recolhi elementos de umas festas de 2001, 2002 e 2003, de festas conjuntas da Arcor com a Tuna. Baseei-me no Jornal da Arcor. Depois não vi mais nada. o S. Martinho morreem Óis a Ribeira?
Ora, ora....
11 novembro 2006
||| TENHO SAUDADES DO ESCUDO
10 novembro 2006
||| UMA SEMANA CHEIA DE COISAS VELHAS, BRUXAS, ASSALTOS E FORAIS MANUELINOS
- Orçamento de Estado, Greve da Função Pública, João Salgueiro chamou Perón a Sócrates, Congresso do PS, Neo-Komintern reúne em Lisboa, Democratas vencem nos EUA, Ramsfield demitiu-se, Ortega ganhou na Nicarágua, Chavez proibiu o Pai Natal, em Cuba condenou-se mais um jornalista, Carlos Brito certificou publicamente que Cunhal não foi estalinista, uma senhora “à procura de Deus” furou a segurança da Base Aérea de Monte Real.
Mas que grandes comemorações na semana em que passam 89 anos sobre a Revolução Bolchevique!
Por Óis da Ribeira, há notícias de dia das bruxas, de festas da Tuna, de concursos de lares, de um assalto à Junta, de cães na rua e, inevitalmente, dos incontornáveis... jacintos.
Ah e da carta de Foral da Vila de Óis da Ribeira, de 12 de Junho de 1516, velho de caraças!!! Vão ver ao d´Óis Por Três.
Ganda semana!! Óis da Ribeira é uma nação!!!
09 novembro 2006
||| OS IMPOSTOS QUE NÃO IAM SEM AUMENTADOS EM 2007 E OS MAIS 271 EUROS QUE, AFINAL, CADA PORTUGUÊS VAI PAGAR
Porém, contas feitas pelo jornal aos valores inscritos no Orçamento do Estado para 2007, concluem que 48% do aumento do PIB per capita no próximo ano destina-se a suportar o crescimento da carga fiscal.
O Ministro das Finanças prometeu que em 2007 não haveria subida de impostos para além dos que tinham ficado com aumentos automáticos (como o tabaco e o ISP). A verdade é que se assiste em 2007 ao maior aumento de impostos de que há memória desde o 25 de Abril. O ministro demagógicamente referia que a taxa de IRC e IRS ficaria inalterada, e portanto não haver aumento de impostos. A taxa pode ser a mesma (com mais um escalão a 42%), mas os escalões de aplicação mudam e agravam a incidência.
Porém, o principal são as medidas adicionais que fazem subir o imposto duma forma gravosa: a redução das deduções à colecta (grave no caso dos reformados), os novos descontos para a ADSE e para os reformados que não pagavam, o agravamento de impostos nos deficientes, a eliminação de alguns abatimentos, a impossibilidade dos reformados usarem PPR, a diminuição do abatimento fiscal dos PPR, as taxas moderadoras na saúde, etc etc. É um conjunto tão vasto de medidas que farão crescer a carga fiscal em 5,27%, num ano em que a referência de aumentos salariais fica pelos 1,5%.
Preocupante, é que este agravamento de impostos só irá servir para aguentar o aumento incontrolado da despesa pública (este ano de 2 mil milhões de euros).
As reformas económicas eram precisas, não à custa da receita (impostos), mas pelo lado da despesa. É isso que este governo socialista não está a fazer. E é isso que a oposição deveria estar a denunciar diariamente no Parlamento em vez de andar no bailinho da Madeira.
08 novembro 2006
||| É A LEI, MEU ESTÚPIDO !!! PARA OS BANCOS PAGAREM IMPOSTOS, BASTA QUE SEJAM BEM FISCALIZADOS, DISSE O SR. SÓCRATES
Se não chove ou se chove em excesso os especialistas recordam aos agricultores que não devem esquecer os seguros, e se mesmo assim a agricultura não é rentável, que mudem de ramo. Não há sector que não tenha os seus problemas de competitividade ou que não atravesse as suas crises, e sempre que um novo sector se afunda e aparece nos noticiários há sempre alguém que nos recorda que “é a economia, estúpido!”.
Mas há uma excepção, há uma aldeia gaulesa na nossa economia, não tem problemas de competitividade, os analistas económicos parecem virgens debutantes quando comentam, há um batalhão de comentadores disponíveis para a defender, e os políticos calçam luvas ara lhe bater à porta. A banca é o “ai Jesus da Economia Portuguesa”.
Agora assistimos ao ridículo de ver um primeiro-ministro prometer que vai aumentar os impostos sem alterar a lei. Isto é, para que os bancos paguem mais impostos basta que sejam bem fiscalizados.
Terei percebido bem?
Os bancos não são devidamente fiscalizados? Os despachos ilegais que têm permitido à banca poupar milhões não foram revogados e os seus autores investigados? Os relatórios da IGF não são remetidos para a Procuradoria-Geral da República?
Interrogo-me se este céu fiscal de que a banca beneficia terá alguma coisa que ver com a ambição de muitos ministros e secretários de estado do ministério das finanças cuja maior ambição é irem trabalhar para um banco depois de se reformarem da política. Ou com os muitos empregos bem remunerados que os bancos podem oferecer aos familiares de quem os ajuda. Ou com a grande capacidade para oferecer prendas chorudas aos opinion makers que os apoiam, ou que, muito simplesmente, se calam quando o tema corrupção atinge a banca.
Afinal a banca pode pagar mais impostos mesmo sem adoptar medidas orçamentais, isto é, basta aplicar a lei. Então porque motivo ela não se aplica a lei?
PS: a organização Transparency Internacional divulgou ontem a lista uma lista em que os países aparecem ordenados segundo os níveis de corrupção. Portugal aparece em 14.º na Europa e em 26.º no mundo. Enfim, eles andam aí, algures ... [Link]
07 novembro 2006
||| ANESTESIA GERAL, DIZER BEM E DIZER MAL
Em todas estas expressões, o advérbio de negação que inicia, triunfante, o discurso daquele a quem é pedida uma opinião, funciona como uma armadura contra o "perigo" da assertividade. E depois os advérbios relativizantes, cuja única função é minimizar os "estragos" e impedir uma vinculação total com aquilo que, a medo, na verdade se quer mesmo afirmar.
Imagine-se o diálogo posterior:
- «Mas você não disse que era contra?»
- «Não, se reparar bem, o que eu disse é que não era totalmente a favor, o que é bem diferente...».
«Ah, com certeza. Então estamos de acordo...».
O problema de se usar expressões "neutras" não é o barroco das expressões em si, mas o facto de essa neutralidade ser sinónima de uma necessidade absurda de não ofender ninguém, isto é, de se ser políticamente correcto em todas as frentes. Ora, quando se emite uma opinião - sobretudo em questões determinantes - é bom sinal que alguém se ofenda, pois essa é a maior evidência de que a nossa opinião, além de claramente expressa, foi entendida como uma posição clara, uma manifestação de valores e ideologias que nos definem.
E é isso, afinal, que fazem os opositores quando se deparam com alguém que não soube defender o seu lado da barricada com lucidez e determinação: arrasam vorazmente os delicados adverbiozinhos e as boas intenções do adversário.
Assim, a abolição do politicamente correcto como analgésico contra futuras controvérsias é absolutamente vital. Ao dizer de forma honesta e vincada que "sou contra...", "acho bem..." ou "está errado...", espero reacções, contraditórios, discussões pertinentes e inflamações epidérmicas. Sem relativismos, sem escudos, sem anestesias.
É o direito à diferença e à opinião, como havia de ser por cá, sem que os senhores ficassem todos de olhar marcambúzio e dispostos a degolar quem não pensa como eles.
06 novembro 2006
||| OS ESQUEMAS!!!...
Tudo o que acontece em Portugal faz parte de um esquema qualquer, iniciado por alguém, para lixar outrem. Estamos tão habituados a viver neste esquema que já não ligamos para a maior parte dos esquemas. É como se fizessem parte do esquema. São os chamados esquemas habituais. Acontecem tão naturalmente como o ar que respiramos e não alinhar neles é capaz de nos sufocar.
Ao contrário, o pequeno esquema (também designado por esquemazinho) é altamente penalizado. O lema parece ser «se roubares, rouba com estilo e em grande». Temos finalmente uma classe de esquemas que parecem estar directamente relacionados com a necessidade de protagonismo mediático que os portugueses de classe média têm vindo a desenvolver na última década: são os esquemas marados (também designados por esquemas dos caraças). O objectivo destes esquemas é dar nas vistas, tentando assemelhar-se aos grandes esquemas, numa tentativa vã e desesperada de poderem ser considerados inteligentes, com o decorrente prestígio que daí advém. É claro que isto só denota uma estupidez atávica de quem os cria – é tido e sabido que um esquema, para ser grande, tem que ser acima de tudo muito discreto. E os esquemas marados têm invariavelmente a discrição de um elefante numa loja de cristais...
Estão a ver o esquema?
05 novembro 2006
||| O REGRESSO DAS CARPIDEIRAS ARREPENDIDAS E AS CONTAS A PRESTAR PELOS QUE SE AUSENTAM DO PODER
Quando se trata do PS - o PS nacional... - basta uma inflexão nas sondagens para que estas personagens apareçam logo. Como agora está a acontecer. Um dia, os PS´s de Óis perguntarão contas a quem tem assinado por baixo as derrotas eleitorais que vêm desde os anos 80 d0 século passado.
Ainda sobre o PS nacional, andaram esses rapazes e raparigas mais de um ano quase em silêncio, a suportar as mágoas por não terem sido contemplados com o poder, limitando-se a fazer críticas pouco ousadas e apenas junto dos seus mais íntimos. Agora que uns barómetros quaisquer começaram a prever e a anunciar as dificuldades de Sócrates, sentiram-se logo impelidos a aparecer. As dificuldades do poder, mesmo sendo da sua cor, estimularam-lhes a coragem. E vai de atacar o poder...
O que farão os excluídos do poder de Óis, que é dee oputra cor, afastados pelo sobranceria cega e compulsiva de quem o exerce? Vão todos para a Lista dos Independentes?
04 novembro 2006
||| A DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO, AS TESES DO PROFESSOR MARCELO E UM (EVENTUAL) DEBATE EM ÓIS DA RIBEIRA
03 novembro 2006
||| ALBERTO JOÃO, AS ENTREVISTAS DA TELEVISÃO, O GOVERNO CENTRAL E O GOVERNO E A IMPRENSA LOCAL
O Alberto João, sentado no jardim televisivo público, disse as barbaridades que bem entendeu, manipulou os números como quis e lhe apeteceu, digo eu... só lhe faltou dizer quanto é que cada português do “contenente” deve à Madeira ou que se não fosse o seu governo regional já Portugal teria sido expulso da ONU.
E qual a atitude da jornalista? A jornalista foi tão jornalista que até o Alberto João gozou com ela no fim, prometendo-lhe exílio político na Madeira - supostamente se a rapariga viesse a sofrer perseguição da RTP por o ter entrevistado.
Mas não é só o Alberto João que diz o que lhe apetece sem qualquer contraditório.
A imagem mais comum das intervenções de José Sócrates é uma montanha de jornalistas à sua volta, com osmicrofones colados na cara... enquanto o primeiro-ministro diz o que acha por bem que os outros devem ouvir, debitando palavras com a sofreguidão de quem acaba de subir umas escadas, após o que termina, vira as costas e parte de natriz arrebitado. Sem mais aquelas...
No caso do tempo de antena de Marcelo Rebelo de Sousa a situação atinge o ridículo, pois a jornalista parece ter sido paga para fazer apenas o angelical sorriso de fundo e mostrar cara de embasbacada perante tão grande inteligência e sabedoria que discursa e monologa na sua frente.
Cada um diz o que quer e lhe apetece, mente-se, manipulam-se dados, organizam-se mini-manifestações para a TV e os jornalistas parecem entender o mundo como um imenso fast-food noticioso, pouco interessa a verdade, não se contradiz ninguém, não se analisam factos. Lembram-me os miúdos do McDonald’s, estão ali para embrulhar os hambúrgueres, pouco mais fazem do que acrescentar os pacotinhos de ketchup, conforme for o desejo dos clientes.
A imprensa local também não foge muito disso. Desfolho os jornais de Águeda de hoje e o que dizem eles de Óis da Ribeira? Pois dizem precisamente a mesma coisa: a festa da 3ª. idade da Arcor. Até a fotografia é a mesma! É tudo igual, unanimismo absoluto!!! Em continência aos senhores...
02 novembro 2006
||| UMA NOITE DE FUTEBOL INTERNACIONAL E O DESPORTO QUE PARECE ANDAR (?!) MAIS OU MENOS DESAPARECIDO DE ÓIS DA RIBEIRA
Foi a primeira vez, alguma vez havia de ser a primeira..., que fui assistir a uma partida de futebol internacional. Ficou-me na retina o simpático rapaz vestido de verde que fez o primeiro golo do SLB e a assistência para o segundo - naquele golaço do Nuno Gomes da foto. Imune a essas desventuras, a claque do Celtic acabou o jogo com palmas e cânticos; afinal, e ao contrário do que pensam os tugas, futebol é festa, não é drama e depressão. Mas também eu cantaria se soubesse que estava prestes a regressar a um país civilizado. Cá fora, os adeptos do Benfica agradeciam a visita dos irlandeses com simpáticos "Celtic go home". Coisa bonita! Nós viemos para casa.
01 novembro 2006
||| O NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER, A TELEVISÃO MANDAR E OS COMERCIANTES ENFEITAREM AS PRATELEIRAS
Vi hoje pessoas que já não via há muito tempo e em dias de Todos os Santos falámos do Natal, a grande festa do nosso tempo de crianças - quando ainda não existiam os modelos, os feiras novas, os continentes e as lojas dos chineses. Naquele tempo, até meias novas estreávamos, comíamos bilharacos e rabanadas, era uma festa a fazer o presépio na igreja. E beijávamos o Menino!!! Disseram-me hoje que de há uns anos para cá só fazem uma imitação. E então os bonecos do ti Gil?
Talvez mais por isso que por crença religiosa, a verdade é que para mim a festa de Natal é no dia 25 de Dezembro e guardo sempre a ocasião uns dias de férias e, com a alma vestida de gala, nesse dia celebro em família o nascimento de Jesus Cristo.
Nas quatro semanas precedentes, iremos desfolhar um calendário do advento numa consciente preparação para o grande evento. Para mim, a celebração do Natal está protegida pelo sentido e pela essência que a fundamenta. Porém, com crescente ruído outra festa já se faz anunciar. Uma canseira. Chamam-lhe Natal, mas será outra coisa por certo. É que ao contrário do que disse um poeta, seguramente o Natal não é “quando um homem quiser”. O "homem" normalmente quer outras coisas.
A televisão, já iniciou as exaustivas lavagens de cérebro apresentando um infindável e tentador catálogo de coloridos pechisbeques, que farão a criançada feliz por cinco minutos - ou apenas um instante. Anunciam-se automóveis de sonho em prestações suaves a pagar lá para as calendas gregas. Centenas de pais natais, animados, reais, digitais e vestidos à Benfica preparam-se e já “aquecem” ordenadamente para o massacre. Tanta poluição sonora e visual, desorienta as crianças e confunde-nos, a nós adultos. Enfim, o sonho já está à venda para todas as bolsas.O problema é que, como acontece com todos os sonhos, um dia acordamos na realidade. Sem resolver o vazio, sem praticar o amor, sem cumprir a relação que nos justifica.
Aproveitada pelo político, pelo publicitário ou pelo comerciante, despojada do seu fundamento espiritual (essencial), a festa do Natal hoje em Portugal é vulgarizada e desvirtuada. Impregnada de frágeis e patéticos ideais líricos, esta quadra tornou-se território de um ensurdecedor despique de marketing, um monumento ao desperdício e à opulência.
A felicidade descartável, os sonhos recarregáveis estão em promoção num qualquer hipermercado perto de nós. Um deprimente histerismo consumista é (cada vez mais) longa e exaustivamente promovido pelos ares da cidade, pronto-a-vestir, pronto-a-comer, pronto-a-usar e pronto-a-esquecer. E se calhar, alguns inocentes mais entusiastas consumidores desta feira de ilusões, atafulhados de dívidas e de tralhas inúteis, vão despertar de novo, em Janeiro, para uma pesada e gratuita depressão pós-traumática pós-stress.
Já começou o Natal!!! E será que este ano, em Óis da Ribeira, vamos ter iluminação de rua?