02 novembro 2006

||| UMA NOITE DE FUTEBOL INTERNACIONAL E O DESPORTO QUE PARECE ANDAR (?!) MAIS OU MENOS DESAPARECIDO DE ÓIS DA RIBEIRA

Uma noite no football, a de um Dia-de-Todos-Os-Santos de 2006, que até parecem que ajudaram os nossos a ganhar. Foi repentina a decisão, um cliente dispôs-nos bilhetes de tribuna, olha está bem, então vamos lá e, sem darmos por ela, lá estávamos nós auto-estrada abaixo, para Lisbon City.
Foi a primeira vez, alguma vez havia de ser a primeira..., que fui assistir a uma partida de futebol internacional. Ficou-me na retina o simpático rapaz vestido de verde que fez o primeiro golo do SLB e a assistência para o segundo - naquele golaço do Nuno Gomes da foto. Imune a essas desventuras, a claque do Celtic acabou o jogo com palmas e cânticos; afinal, e ao contrário do que pensam os tugas, futebol é festa, não é drama e depressão. Mas também eu cantaria se soubesse que estava prestes a regressar a um país civilizado. Cá fora, os adeptos do Benfica agradeciam a visita dos irlandeses com simpáticos "Celtic go home". Coisa bonita! Nós viemos para casa.
Ocorreu-nos na estação de serviço da auto-estrada, já no Pombal, o desporto que não se faz em Óis da Ribeira, desde a menina de olhos que é a canoagem, ao futebol... E também morreu o futsal que andava nos torneios das freguesias? Tínhamos craques, os Miltons, campeões distritais... a jogar e a treinar. Pela manhã, em passeio por Óis fora, vira o hangar de luz acesa (era quase meio dia...), ervas crescidas na frente, o madeiramento a saltar-se da estrutura - a precisar de umas marteladas fortes. Um arranjo... E passámos pelo polidesportivo, que está com ar abandonado, de redes esgalhadas pelo vandalismo e o abandono, o piso cheio de folhas secas de eucalipto e agulhas...
No meu tempo, naquele mesmo sítio, um dos nossos divertimentos - e nem sequer havia outros... - eram as tardes de domingo a jogar naquele mesmo sítio, numa espécie de campo, com balizas feitas de pintalhas de eucalipto por ali perto surripiadas, ou uns montes de pedras, num campo empinado e com bolas de borracha. Um dia, já nem seu quem, alguém de nós arranjou uma bola de «catcum...», que saíra num cartaz de furos na loja do Armando Reis. Foi o delírio, até que a bola perdeu o ar e não tínhamos bomba de bicicleta à mão, para a encher. Agora há estruturas mas não há desportistas...

1 comentário:

d´OIS POR DOIS disse...

Ganda Benfica...
Não sabir que tinha havido um campo de futebol onde está agora o polidesportivo.