09 novembro 2006

||| OS IMPOSTOS QUE NÃO IAM SEM AUMENTADOS EM 2007 E OS MAIS 271 EUROS QUE, AFINAL, CADA PORTUGUÊS VAI PAGAR

Cada português, em média, vai pagar mais 271 euros ao fisco em 2007, por força do aumento da carga fiscal. Mensalmente, este aumento médio cifrar-se-á em mais 22,6 euros, refere o «Semanário Económico». Lemos e nem qusiemos acreditar.

Porém, contas feitas pelo jornal aos valores inscritos no Orçamento do Estado para 2007, concluem que 48% do aumento do PIB per capita no próximo ano destina-se a suportar o crescimento da carga fiscal.
Deste modo, o PIB per capita deverá crescer 563 euros, enquanto os encargos fiscais e a prestações efectivas, que englobam a Segurança Social, aumentarão 271 euros.
No próximo ano, a carga fiscal crescerá, per capita, 5,27%, enquanto o rendimento por habitante ficará pelos 3,91%. [Agência Financeira]

O Ministro das Finanças prometeu que em 2007 não haveria subida de impostos para além dos que tinham ficado com aumentos automáticos (como o tabaco e o ISP). A verdade é que se assiste em 2007 ao maior aumento de impostos de que há memória desde o 25 de Abril. O ministro demagógicamente referia que a taxa de IRC e IRS ficaria inalterada, e portanto não haver aumento de impostos. A taxa pode ser a mesma (com mais um escalão a 42%), mas os escalões de aplicação mudam e agravam a incidência.
Porém, o principal são as medidas adicionais que fazem subir o imposto duma forma gravosa: a redução das deduções à colecta (grave no caso dos reformados), os novos descontos para a ADSE e para os reformados que não pagavam, o agravamento de impostos nos deficientes, a eliminação de alguns abatimentos, a impossibilidade dos reformados usarem PPR, a diminuição do abatimento fiscal dos PPR, as taxas moderadoras na saúde, etc etc. É um conjunto tão vasto de medidas que farão
crescer a carga fiscal em 5,27%, num ano em que a referência de aumentos salariais fica pelos 1,5%.
Preocupante, é que este agravamento de impostos só irá servir para aguentar o aumento incontrolado da despesa pública (este ano de 2 mil milhões de euros).
As reformas económicas eram precisas, não à custa da receita (impostos), mas pelo lado da despesa. É isso que este governo socialista não está a fazer. E é isso que a oposição deveria estar a denunciar diariamente no Parlamento em vez de andar no bailinho da Madeira.

1 comentário:

d´OIS POR TRÊS disse...

Pagar e não bufar, e que é... estes também prometeram muito e falta outro tanto.