||| A IMPORTÂNCIA DE SE DAR O NOME A UMA PESSOA!

Há dias, numa daquelas conversas em tempo de trabalho, uma colega explicou-me como tinha tido muito cuidado a escolher os nomes das filhas, pois um nome não é só um nome, dizia-me ela, há nomes que têm energias negativas.

Não deixem de me sorrir mas dele insistiu: há nomes que não combinam com as pessoas, tem que se ter em conta todo o contexto do momento em que os bebés nascem, como estão os astros e essas coisas, não podia escolher-se ao acaso e, para não cometer nenhum erro, ela tinha até consultado um especialista.

Devo confessar que não entendi a explicação e que, perante semelhante dissertação, devo ter feito um ar daqueles de sim, sim, deves ser pouco maluquinha, deves, e a minha colega sentiu-se ofendida, lançou-me um olhar daqueles de como é que há gente tão ignorante? e tratou de me explicar que isto é ciência, que os chineses estudam estas coisas há milhares de anos e quem somos nós para duvidar.

Bom, se era coisa de chineses e como eu não gosto de chinesices, mandei-a dar uma volta!!!

||| HUMOR DE GATOS JÁ MUITO USADOS!!!

Não sou a pessoa que mais gosta deste moderno modo de fazer humor - tipo Gatos ou Contemporâneos, camilos e outras coisas suficiente. Gosto muito mais de António Silva e Vasco santana . do tepo dos filmes a preto e branco!

Vi os tais Gatos e acheio aquilo horrivel, pois já vi daquilo em outro lado na RTP. O modelo deles está esgotado e de continuado está mais que gasto, sendo agora uma penosa repetição requentada e enfadada do já visto e mastigado. E é lamentável se os autores não se derem conta disso, insistindo em disco gasto.

Tanto mais que parecem ser tipos inteligentes e que faziam falta para animar a malta. Assim sendo, deviam entender que se mudaram para a SIC por razões de mercado, não mudando de produto, a prateleira onde vendiam humor foi entretanto ocupada, com proveito público, por outros, seus concorrentes contemporâneos. São as leis do mercado, senhores mercadores do riso. Mas não gozem com a gente, para a gente não se ror de vocês...

||| COISAS DA VIDA DE HOJE!...

Gosto muito de peixe, grelahdo, cozido, assado... e se há coisa que eu gosto é de passar no paredão da Barra, a ver os pescadores de cana lançada à água. Já não aprecionada os da pateira...

Conheço alguns deles, an Barra, que, de tão aficionados pela pesca, mais parecem passados dos carretos.

Ouço, nas conversas deles, as coisas mais disparatadas e irónicas. Um deles, a falar com a mulher deles (suponho), lamentava-se, sobre a infacção, atirando-lhe que que o preço do pão aumentou um naco e que ea passoa que, com a fome, ficava com uma traça tão grande que até comia bolas de naftalina.

Não sei se isto tem piada, mas ainda lhe ouvi dizer doença e perigosa era comer tubérculos, pois provocam a tuberculose!

||| O FRIO E O CAFÉ!!!

Pfffff.... chegou o frio e a altura de tirarmos as camisolas de lã e os casacões do armário, de sair à rua com um céu azul lindo e um sol a brilhar e levar com o friozinho bom na cara, de chegar a casa e vestirmos um pijama quentinho, de nos sentarmos no sofá com uma manta por cima a beber um chá a fumegar.

De acendermos a lareira e ter aquele quentinho (e cheirinho) bom por toda a casa, de não querermos sair da caminha quentinha de manhã, de ter os pés geladinhos e ter de calçar umas meias bem grossas e depois pormos os pés bem juntinhos ao aquecedor....!

Que frio!!!!

E que bem nos sabe um cafézinho tomado no café, na hora do patrão!!!

||| MUDANÇA DA HORA...

Esta coisa da mudança da hora, até que nos habituemos, é uma grande chatice. Principalmente quando é com os ponteiros do relógio a andar para trás.

Ontem, a criança mais nova cá da casa, até de gente parva fez de mim! Dizia-lhe que fosse para a cama, que ainda não eram sete da manhã, e a criaturazinha disse-me que eu estava a mentir! Eu a mentir?

Pois estás, não vês que o sol já nasceu?, perguntou-me.

Na verdade, puxei o cortinado e estava raiado o sol. Espantei-me!

Só depois me lembrei que tinha mudado a hora e, dentro de mim, pensei quando muda para a hora de verão e às nove da noite está um sol desgraçado.

E nesses dias quem é que convence as crianças que são horas de deitar, se agora às seis da tarde já é de noite?!

||| A MINHA AVÓ DA BLUSA PRETA!!!

Hoje, nas limpezas de fim de semana, que são mais de mês a mês, encontrei numa das cómodas, uma fotografia do casamento da minha avó. Lá estava ela, magra, direita, saltos BAIXOS, o cabelo negro a cair-lhe nos ombros.

Nunca a conheci assim. Para a mim a minha avó era baixa, cada vez mais baixa à medida que o tempo passava, baixa, redonda, sem cintura, o cabelo cinzento muito ralo. Uma bata por cima da saia e da blusa. Uma bkusa sempre preta!

Os dedos dos pés todos encavalitados. A coluna dorida, entortada por causa das horas passadas no tanque ou debruçada sobre as costuras. Muita gente dizia-me que eu era parecida com a minha avó. Nos olhos, no riso, nas covas da cara, na alegria. Nada me parece mais estranho. Não me lembro da minha avó alegre. Havia momentos em que estava feliz e chorava, porque chorava sempre quando estava feliz. Mas não era uma pessoa alegre.

A minha avó, que antes de ser avó era mãe, abdicou da sua vida e da sua casa para que a sua filha pudesse ter uma vida o mais normal possível. Morava connosco e era ela que tomava conta da nossa casa e que cuidava de nós. Era (como me envergonho de o dizer) uma espécie de nossa criada. Com a diferença que nos amava demais e que era a nossa avó. Uma avó tão especial, tão importante, tão única que nunca a tratávamos pelo seu nome. Era a avó!!!!

||| O SOBE E DESCE DAS BOLSAS!!

Sem palavras, para não alimentar a crise!!!

||| A MAÇÃ, O ADÃO E A EVA!!!

Todos nós ouvimos, mais ou menos romanceada, a história da maçã do Adão e da Eva. História que, para mm, aos tempos de criança, era um grande mistério, pois eu não conhecia em Óis nenhum Adão e nenhuma Eva. De quem seria, então, a maçã?!

Já mais tarde, na catequese, aprendi da Bíblia uma história deliciosamente imaginativa, que nada fica a dever às narrativas mitológicas. Tratava-se, afinal, da maçã comida por Eva que leva à sua expulsão do Paraíso. Por mim perdoo-lhe a trinca que deu no apetitoso fruto, pois a luta contra a convenção é o caminho a seguir.

E também porque uma trinca... não faz mal a ninguém! Eua às vezes dou umas trincadelas valentes e só me queixo quando a fruta está meia verde!

||| CASTANHAS UCRANIANAS!...

Gosto muito de castanhas e estamos a chegar ao tenpo delas. Esta manhã, chegou-me a surpresa, peerto da praça do peixe: «Olha a castanha bonita... quentes e boas... ó freguês!»

Parei para ver e regalei-me com o cheiro da castanha assada e não hesitei em levar uma cartuchinho delas, feito de papel de jornal!

O mais estranho é que a senhora que as estava a vender é... ucraniana. Como é que isto é possível?

As assadeiras com os seus pregões às esquinas das ruas mais movimentadas, embrulhando-as em papel de jornal, com sotaque do leste? Pois foi o que me aconteceu! Comentei isso com a minha mãe e ela fartou-se de rir. mas lá me craavou para dar uma saltada a Óis, com metade do cartucho. E não é que até bebi vinho com seven-up, a comer castanhas??

E pediu-me a minha mãe para eu ver se arranjava castanhas cruas, para acompanhar um assado ou fazer uma excelente sobremesa, se forem cozidas e misturadas com mel!

||| TÁXIS ... À PORTUGUESA!

Últimamente, tenho andado frequentemente de táxo e quero dizer-vos que em cheteia a conversa dos donos deles, a queixarem-se de tudo: impostos, combustíveis, etc.
Provavelmente terão muita razão.
E eu queixo-me dos táxis. Desde a limpeza, a carros que não oferecem o mínimo de segurança, a motoristas a fumar quando vão vazios, ... há de tudo.
Ainda esta manhã utilizei um taxi. Saltavam -lhe as mudanças e o incómodo era visível, tanto que, a dada altura, reagi e o motorista diz-me, sabe a ASAE aqui não funciona porque senão mais de 50%, sobretudo das frotas dos grandes proprietários de táxis eram retirados do mercado pois não têm condições exactamente como este que é duma dessas frotas. "Um dia destes sou eu que chamo a ASAE" - dizia-me o taxista. Entusiasmei - o porque de facto o utente não tem de aguentar aquelas "pocilgas".

|| ESTÁ TUDO DE TANGA, OU QUÊ?!!!

As dificuldades com o crédito à habitação voltaram hoje ao dia-a-dia, com preocupantes notícias na tv - que nos diz que as dívidas crescem a uma velocidade preocupante e a informação existente reporta-se ainda a uma fase anterior (antes da Euribor ter disparado).

A crer no que se ouve, há 23 mil famílias já não pagam crédito da casa pelo que hoje a situação deverá ser ainda mais dramática.
A situação, claro está, é de grande gravidade para as famílias e para a economia portuguesa pelo que, não me engano se disser que o govrno necessita de tomar urgentes soluções - com mais actos e menos paleio.
O Orçamento Geral do Estado de 2009, ao que se vai sabendo, parece avançar com medidas que, pelo menos em termos de princípios, toda a gente ou quase estará de acordo. Mas ... restam algumas dúvidas na materialização dessas ideias. O próprio governo, naquele jeito de falar, blá-blá,blá... não foi muito claro nem muito convincente. Vamos ver se é possível parar a hemorragia. Conheço gente que anda à rasquinha! ou muito me engano ou ainda voltamos à tanga do Barroso!

||| TESOURADAS NA CASACA!...

Recebi uma mensagem meio-ordinária, comentando o que vou escrevendo. Como sei quem é o autor, tinha uma de duas hipóteses para lhe dar troco: ou punha aqui post insonso, onde o desancava de alto a baixo, ou elogiava a sua inteligência, a audácia dos seus escritos e chutava o assunto para canto, mostrando-me pessoa muito compungida.

Mas como não quero deixar pulga atrás da orelha e sobre a razão da queixa dele, que não vê obras em Óis, que não vê obras em Águeda e que foi grande o meu atrevimento de aqui falar de Sesnando Alves dos Reis, o actual presidente da Junta de Freguesia de Requeixo, mas que é d´Ois, então venho aqui dizer-lhe, sob jura, que sei bem quem ele é, do que fez e não faz - pois sou do tempo em que ele criou o ATL da Arcor. E como me lembro bem disso, por razões que aqui não vem ao caso.
Portanto, caro Ribeirense, respeitando a sua teoria - e eu sei bem quem você é... - deixe que lhe diga que até gosto de gente como aquele nosso conterrâneo. E que não sou propriamente gente que pega na tesoura, para cortar na casaca a quem não se pode defender de frente! E ele diz que faz e faz algumas coisas!! Até já, sim?

||| O QUE VAMOS PERDER!!!

O dr. Alberto Souto, que eu sempre supus que tinha sido um presidente da Câmara dos anos 50, por ver a fotografia dele, a preto e branco, já não sei onde mas muitas vezes, afinal tem um neto com o mesmo nome que é o agora ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro.

Para não haver dúvidas, o avô também foi - daí a minha confusão!

Pois o actual-ex disse hoje ao JN que não é candidato nas próximas eleições autárquicas - o que é a mesma coisa que dizer que não está disposto a deixar lá as prebendas de Lisboa para se vir chatear com Aveiro e com o humilde do Élio Maia - que lhe ganhou há três anos. Tenho pena!

Não estando o Souto da actualidade, Aveiro seguramente vai passar passar ao lado de grandes obras - como sejam o TGV do parque à praia da Barra, ou quem sabe, uma marina no canal central, ao lado do fórum.

Dando de certo que o presidente da Junta de Freguesia de Aveiro é a nossa vizinha Requeixo, do nosso estimado conterrâneo Sesnando e sabendo-se da sua mania para as coisas grandes da pateira, até podermos perder o tal fluviário prometido pelo Gil Nadais, com os barquinhos à vela que iriam até à praia!

Vejam lá o que se pode perder só porque Souto fica a dormir em Lisboa!

||| A CRISE!!!...

A gente ouve, ouve e... a procissão da crise tem todo o aspecto de ainda ir a meio do adro. Ouvimos economistas, financeiros, comentadores e políticos e nenhum deles nos dá uma explicação cabal, um rumo ou uma ponta de ânimo. Uns justificam a desorientação ou tentam disfarçar porque andaram, na véspera da crise, a dormir na forma. Outros erguem o cartaz do Santo Estado. Os neo-liberais assobiam para o lado. Os anti-liberais, exorbitam no entusiasmo sádico, sobretudo os fanáticos pelas revoluções perdidas, falhadas e adiadas que desenterram Marx e tentam impingir Lenine, passeando-se como jagudis do banquete necrófilo do fim do capitalismo. Todos puxam brasas, nenhum assa a sardinha.
Se estamos fartos da crise, sabendo que a ela nos temos de adaptar mas não sabendo como, mais fartos estamos da maioria dos comentadores da crise. Um banqueiro devia ser o último a falar de crise bancária. Um economista devia ter pudor em analisar a profunda desvalorização da economia real face à prevalência do capital financeiro. Um financeiro devia calar-se pelo descalabro das suas recentemente consagradas obras de engenharia. Um político devia, em primeiro lugar, fazer mea culpa pela perda voluntária e voluntarista do primado da subordinação do económico ao político. Os revolucionários deviam saber que a memória dos povos ainda não esqueceu a propensão para as atrocidades utópicas apresentadas como soluções messiânicas para os males do mundo.
O que resta, então? Talvez uma ou outra voz lúcida que diga qualquer coisa de inteligível e coerente neste deserto desorientado que não mostra nem saída de emergência nem escada de serviço. Mas que não seja banqueiro, economista, financista, político ou revolucionário.

||| SEM TEMPO PARA NADA!!!

Isto do tempo é tramado. A gente farta-se de ouvir

toda a gente a queixar-se de não ter tempo para

nada e já passou o tempo! E tantas coisas há que

já passaram o seu tempo... ou que o estão a passar. No

entanto, a gente vai a ver e não há mal nenhum em

recordar o tempo que perdeu!!. Hoje, por exemplo,

estive a ver fotografias de outro tempo e peguei um

tempo enorme na da minha primeira comunhão, tirada

nas escadas do adro! Estava mesmo um anjo, daquele e naquele tempo!

Gostei de perder este tempo, de reviver os bons tempos e

voltar a senti-los. E nunca se esqueçam... para o ano há

mais! Estamos sempre a tempo!

||| HOJE DEU-ME PARA AS VÍRGULAS!...

A vírgula pode ser uma pausa… ou não.

Não, espere.

Não espere. Ora veja!!!

- Ela pode sumir com seu dinheiro: 23,4. Ou: 2,34.

- Pode ser autoritária: Aceito, obrigado. Ou: Aceito obrigado.

- Pode criar heróis: Isso só, ele resolve. Ou: Isso só ele resolve.

- E vilões: Esse, juiz, é corrupto. Ou: Esse juiz é corrupto.

- Ela pode ser a solução.Vamos perder, nada foi resolvido. Ou: Vamos perder nada, foi resolvido.

- A vírgula muda uma opinião: Não queremos saber. O: Não, queremos saber.

Uma vírgula, como vê, muda tudo!

||| TEMOS DE FALAR!...

Já todos, por mais de uma vez, ouvimos e usámos expressão «temos de falar...». Mas quem é que no seu perfeito juízo ouve esta frase e ainda se dá realmente ao trabalho de ter uma conversa?

Esta frase, só por si, não é suficientemente elucidativa? Não se sabe já o que é que de lá vem? Alguém tem conhecimento, na história dos relacionamentos, de algum "temos de falar" que tenha acabado bem? Não se iludam. A um "temos de falar" muito dificilmente se seguirá um "descobri que és a mulher da minha vida" ou um "junta a tua escova de dentes à minha". Ninguém cria tanto suspense para anunciar uma coisa boa. As coisas boas dizem-se, e pronto, já está. Até se dizem de repente, sem qualquer indicação prévia, que é para o efeito surpresa ser maior. Um "temos de falar" costuma ser dito via telefone, que é para depois uma pessoa ficar ali em sofrimento e em ânsias, a remoer até que chegue o dia da conversa, ai, o que é que ele/a me vai dizer, ai, o que é que eu fiz, ai, que é agora. E depois, já se sabe, leva-se com um "as coisas não estão a resultar... o problema não és tu, sou eu. Quer dizer, bem vistas as coisas o problema és tu, que estás gorda que nem um cachalote".

Eu acho que se facilitava a vida a toda a gente se ao "temos de falar" se juntasse um "pronto, então muita saudinha e até qualquer dia". "Temos de falar. Pronto, então muita saudinha e até qualquer dia".

||| OS SUFOCOS DO ORÇAMENTO DE 2009

O dia de hoje não foi o mais feliz no meu trabalho, por razões que não vem aqui ao caso, e um bocadinho pior fiquei depois de ouvir o Ministro das Finanças a falar do Orçamento de Rigor, de Contenção, o que em linguagemribeirinha quer dizer Orçamento de Aperto, de Dificuldades acrescidas.

Pior que isso e para além disso, o que, de verdade já todos maisou esperávams. esperavam, tivemos de continuar a ouvir um chorrilho de mentiras - piedosas ou politicamente aceitáveis.

Um crescimento previsto de 0,8% quando as agências internacionais apontam para 0,5% a zero. Um desemprego de 7,6 quando já ultrapassou os 7,8 e se aponta para valores acima de 8%. Um défice de 2,2% em que ninguém acredita numa altura de crise em que os países já vão pedindo para "esquecer" o tecto de 3%.Medidas para as pequenas empresas e para as famílias são residuais e sem significado. Quem as sentir que ponha o dedo no ar!

É incrível como se consegue ter a distinta lata de aparecer com um orçamento miserável e sem prespectivas de futuro, como se de um feito notável se tratasse!
O país, na verdade e em 2009, estará condenado ao lento abrandamento para a recessão e para o endividamento das gerações futuras. Ao povão, espera-o mais impostos, mais desemprego, mais sufoco e mais medidas importantes como os casamentos gays e a eutanásia!

Onde é que vamos chegar é que eu não sei! E alguem sabe?!

É desejável que as contas públicas de Óis não andem assim! E não andarão, tanto quanto se sabe!

||| O COELHO DA CARTOLA DE SÓCRATES

Saíu um coelho da cartola a este socratiano governo centralista de Lisboa - que agora até a chamda crise internacional tem para justificar o que não faz e prometeu

. Realmente, com essa actual crise que eu ainda não vi de perto, as empresas estavam com dificuldades em obter crédito internacional para se aventurarem em algo com retorno não estudado e muito duvidoso.

Ora isso acabou. Qual abelinha mestra, Sócrates colocou 20 mil milhões dos nossos impostos à disposição dessas empresas, para garantir e avalisar todos esses empréstimos.

Isto é, se a coisa correr para o torto, todos nós ( o Estado) pagaremos a factura!

Vivó Governo!

||| O MAPA POR ONDE ME PERCO!!!

Eu nunca tive um mapa e tinha ódio aos companheiros que, na eascola se punham a olhar para eles, debitando o sítios das cidades todos.

Por mim, nem sequer um mapa de Portugal, quanto mais do mundo, ou sequer de estradas. Acho-os uma grande seca e nunca os sei dobrar, nem gosto de “parar” para os consultar. Gosto, isso sim, de ter a liberdade de me perder até chegar ao caminho certo. Também gosto de abrir a janela e perguntar onde é a estrada.
Esses momentos para mim, são como aqueles em que os bichos estão alheios a tudo e alguns, como os cães, até nos urinam nas botas. Momentos como aqueles em que pedimos à chuva para sacudir o pó do céu, em que só se ouve a respiração de uma ou outra árvore e em que sou só eu e a estrada, são muitas as vezes que me fazes pintar no asfalto um caminho até algo ladom, ou alguém. E nunca me perdi.
Mas hoje, ao dar uma volta em Aveiro, então não é que me perdi?!

||| A NOVA POLÍTICA SOCIALISTA NA ASSEMBLEIA E OS VOTOS DE ÓIS

Tenho por aqui dito que não entendo nada de política mas sempre dou uma olhada!!! E cada vez me sinto mais com os políticos e, por exemplo, com o que se passou no parlamento. Não fosse já suficiente mau o facto de haver disciplina de voto no PS, ainda por cima, depois do chumbo inevitável, aparece uma ridícula declaração da bancada socialista a tentar controlar os danos.

Isto custa-me um bocadinho mais porque, se tivesse de dizer de que polítoca mas gostaria, eu diroa que é do socialismo. Embora, não este!

E dsse lá um sr. deputado: «Ah e tal, nós até achamos que sim mas só se votarem em nós outra vez no próximo ano é que poderão (quem sabe?) descobrir se nós vamos (ou não...) acabar com a discriminação»

Aquela gente deve pensar que somos uma cambada de otários? E que confiança nos merece esta cambada de deputados que vota assumidamente contra as suas convicções apenas para não comprometer resultados eleitorais futuros? Não lhes ensinaram que não se pode agradar a gregos e troianos? Que governar é isso mesmo: tomar decisões e assumir responsabilidades? Que isto assim é uma palhaçada? Até onde pode ir a hipocrisia do senhor engenheiro? E, pior do que isso, até onde pode ir o desespero deste povo se voltar a eleger esta gente.

Na verdade, este é um daqueles dias em que tenho muita vergonha. Do país em que vivo. Dos governantes que temos. Este e outros! E até de mim - só pensar que vivo neste país e tenho uma costela de socialista!

Em Óis, a Assembleia de Freguesia tambem será assim?

Eu vou mas é para a praia!

||| OS ALEGRES QUE CASAM UNS COM OS OUTROS!!!

Vejam lá que hoje dei comigo a ver o debate republicano da Assembleia sobre essa coisa estranha, para mim, de um gajo se poder casar com um gajo e uma gaja com uma gaja!

Isso pode ser moda, mas para mim é esquisito!

Pois!!! Sou pouco optimista sobre os episódios e efeitos da votação parlamentar sobre as propostas de lei que permitiriam o casamento de homossexuais, valorizo a erupção do debate público intenso sobre a homofobia e a discriminação por motivo de orientação sexual.

A questão homossexual está no centro do debate, é verdade, os preconceitos arriscam-se à catarse, a modernidade conflitua com as bolsas imensas de atavismo conservador. E, como antes se dizia, a luta continua. Sem branquear o triste espectáculo do arraial na bancada socialista, entendo que uma ruptura cultural e cívica como a da incorporação da normalidade homossexual beneficia mais da superação de discriminações através do debate e da colocação dos preconceitos em cima da mesa que o salto sobre preconceitos operado por um punhado de intelectuais radicais e impacientes a que se aliassem deputados oriundos das elites urbanas e inchados na sua modernidade cosmopolita.

Olhem e repararam, o nosso amigo Manuel Alegre também será dos que casariam com um gajo! Votou a favor!! Quer dizer, casaria intelectualmente falando!!!

||| CASAMENTO A DOIS DO MESMO!!!

Os nossos parlamentares vão sexta-feira discutir e votar o casamento entre os mesmos do mesmo, ou a mesma da mesma!. É coisa que me dá alguam vonta de de rir e aviso que fui ao altar do sr. prior dizer o meu sim para sempre.

Ora, isto dá é para pensar. Os casamentos têm um ou dois momentos importantes, num caso é o momento da celebração e numa boa parte dos casos além deste momento é o do divórcio. No momento da celebração é de bom tom as esposas vestirem de branco em sinal de virgindade e os noivos vendem amor e felicidade. Pelo meio poderá haver filhos mas isso não é um exclusivo do casamento, há muitos que os têm sem serem casados, há muitos que casam depois de os ter ou antes de não se reparar que os vão ter, nos tempos que correm são muitos os casais que não os chegam a ter.
Já quanto ao divórcio o problema é mais simples, o casamento resume-se ao fim de um negócio, o próprio Presidente da República deu grande destaque quando questionou a lei do divórcio aprovada no parlamento. Quanto aos filhos não são as regras do casamento que se aplicam, é o Ministério Público quem os representa, não raras vezes, propõe a solução que os pais desavindos não se entendem.
Portanto, não partilho da opinião dos que dizem que o casamento é uma instituição, a família talvez o seja, mas para que haja uma família nem é necessário que haja casamento e não são raros os casamentos dos quais não resulta uma família. O mesmo penso da relação entre o casamento e a procriação, a existência de filhos é muito anterior à existência de casamentos ou de casamentos celebrados numa igreja. Há filhos dentro do casal, filhos vindos de um casal anterior, filhos fora do casal e até há os que são concebidos com a colaboração de alguém que não faz parte do casal.

O melhor é parar por aqui!!

||| O DINHEIRO DA MINHA MÃE!!!

Telefonou-me a minha mãe, muito preocupada com o dinheirito que tem na Caixa, que as notícias na televisão são o que são e que ela não perecebe nada, e muito menos depois que o 1º. Ministro José Sócrates garantiu esta terça-feira, com aquele ar de gente importante, que as poupanças dos europeus, portugueses incluídos, estão asseguradas, tal como já haviam dito os responsáveis do sector - uns senhores muito engravatados e que não ganham nada mal, até recebem prémios por provocarem prejuízos.

«Afinal, em que é ficamos, os bancos vão falir ou não vão?», perguntou-me ela.

E que lhe podia responder eu?

Olhe que sim senhor, que acredite no Governo, etc, etc. Mas se nem eu acredito no que digo sobre isto e já aqui disse que não acredito nas garantias do Governo!!! Disse-lhe para ter calma, tenho um amigo que trabalha num banco, ele há-de avisar-me.
O que me apetecia dizer à minha era que não se pode acreditar neste 1º. Ministro. Em boa verdade, como pode o bom povo português acreditar nas garantias dele, relativamente às nossas economias, depois de ter falhado quase todas as promessas e garantias a que se comprometeu, aquando da sua eleição para o lugar que ocupa? Já se esqueceu?
O povo não é cego nem é parvo. Não prometa mais nada porque o povo já não acredita nas suas palavras. Quando se fazem afirmações destas é de desconfiar. O 1º. Minstro não é dono nem administrador de qualquer instituição bancária. Olho aberto, pessoal, porque onde há fumo, há fogo.

E as poupanças do próprio governo, onde é que elas estão? Se o próprio governo não poupa, o que pode ele ser de exemplo. E será que também se garante a si mes o, ou espera pelo chapéu de sdegurança da UE?!

||| O MEU DINHEIRO NÃO AQUECE O LUGAR NO BANCO!!...

Parece mentira, mas é verdade: a pergunta que mais ouvi hoje, no trabalho, na rua, no café, tinha aver com a situação financeira mundial.

- «Não será se não mais acertado transferir as poupanças dos bancos privados para a Caixa Geral de Depósitos, que é do Estado?» - perguntava-se por aí, a troco de qualquer razão.

Não pude deixar de me sorrir: afinal anda por aí muita gente com dinheiro e preocupada com o que lhe vai suceder!

A questão sussurrava-se na rua, nos autocarros e até na rádio. Sabemos que a coisa não é assim mas anotamos que em altura de aperto não há liberal adepto da auto-regulação-do-mercado que não recorra ao Estado, pelo menos em pensamento. Somos todos um bocadinho dependentes do Estado, embora, como ontem aqui disse eu não acredite nas garantias que o Governo dá aos depositantes!

Cá por mim, que por lá tenho dinheiro que não aquece lugar, assobio para o lado!

||| A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL E AS FALÊNCIAS!!!

A crise financeira que por aí vai, anda a deixar-nos em pulgas! E que hei-de eu fazer? Que hão-de fazer os portugueses? Ir levantar a massa todo do banco?

Ouvi o sr. ministro dizer que os portugueses têm os seus depósitos seguros! O raio da dúvida é que ele não disse como, nem conheço onde esteja o documento escrito desta garantia ? Onde está a verba colossal para cobrir esta garantia no caso da maior parte dos bancos falir?

A garantia doo sr. minisro é meramente "garantia política", seja lá o que isso fôr e o que valha. E vale ZERO.

Realmente, em caso de bancarrota do sistema financeiro português, o cenário seria idêntico ao passado na Argentina aquando do crash. Não vale a pena entrar em pânico. A nossa economia e as nossas finanças são tão residuais e estão em tal estado de coma que não serão afectadas como acontece às grandes economias inglesas alemãs os espanholas.

O que está morto não pode ser morto! Mas se o pior se se verificar, o ministro das Finanças nem virá dizer que afinal era só mais uma mentirinha... E em mentiras somos nós muito ricos! E não vamos à falência por isso!

||| AMUOS DA CRIANÇADA...

Eu bem sei que nem toda a gente pensa como eu, mas eu, que sou gente católica, apostólica e romana, acredito muito no Deus que nos ensinaram a amar e gosto de pensar sempre bastante nas minhas decisões.

Faço os diversos enquadramentos, ligações e consequências e sempre na fé de decidir bem.

Não quero com isto dizer, naturalmente, que sempre tome a decisão certa, mas tomo uma decisão consciente. Disso não tenho dúvidas! Por vezes até tenho consciência que a decisão é errada... mas é a que quero tomar! Hoje, por exemplo, impedi um dos rebentos cá da casa de ir a uma festa de amigos.

Tenho as minhas razões, que aqui não vou contar.

Mas já sei que, por uns dias, vou ter de saber tornear o amuo do criança, que, nisso, tem ela bem a quem sair. Ao pai, pois então!

||| A MINHA MARATONA DE TODOS OS DIAS

Um dos meus sonhos de criança e que sempre me acompanhou ao longo dos anos é o de participar numa maratona. Sentia-me capaz disso, desde que, aí pelos anos 80, corri uma prova na pateira, passava-se pelo Santo António e cruzeiro, viarava-se para o restaurante, organizada pela Arcor e até tenho diploma e tudo: do ano internacional da criança.

Desde aí que ando com esta ferrada na cabeça, correr uma maratona. Não numa daquelas ganhas invariavelmente por etíopes ou quenianos, que se despacham em pouco mais de 2 horas, e muito menos vou entrar numa ridícula meia-maratona, prova para maratonistas frustrados ou ex-corredores de velocidade indecisos. E nem pensar em participar numa dessas hilariantes mini-maratonas, que agora estão na moda. Não, desculpem lá, mas corridinhas de domingo de manhã, não são para mim.
A minha maratona tem de ser mesmo uma daquelas de 42 quilómetros e tal, nem que a acabe de muletas! Para já, ando a treinar a... pé! E a correr todo o dia, desde que me levanto, preparo a miudagem para a escola, vou levá-los, trabalhar, almOçar sempre a correr e a correr voltar a pegar na criançada, na ida para casa. E depois, a correr nos cozinhados da noite e naquelas coisas todas que se fazem em casa, antes de deitarmos o corpo a descansar!

||| O ENXOVAL...

A malta, quando deixa de ter idade para gostar de bonecas ou bolas de futebol, começa a receber, todos os natais, livros, canetas com o nosso nome e muitas felicidades, panos de loiça, toalhas bordadas e peças de cristal. Avós, tias, madrinha e amigas da mãe e companheiros do pai, o mano/a mais velho/a e o/a amigo/a da escola, toda a gente achava que lá porque se estava na adolescência tinha que começar a pensar no meu enxoval.

O meu quê? Que caretice, pensava. E, com a minha melhor cara de frete, lá desembrulhava mais um conjunto de lençóis, agradecia a meia dúzia de chávenas de chá, sorria amarelo perante o cinzeiro de estanho. Muitas dessas prendas iam directamente para o armário de “regifts” da minha mãe. Ela que se encarregasse de os distribuir. Outras coisas iam para uma arca, a arca do meu enxoval, que se foi enchendo, sem eu saber muito bem com o quê. Nunca liguei nenhuma. Mas ligo agora!

É que, entre as coisas do enxoval e as heranças recentes, nunca tive que comprar um toalhão de banho ou uns lençóis para a cama, nunca comprei um pano de loiça, uma tolha de mesa ou um edredão. Dão-me jeito os cobertores e o trém de cozinha, ofertas da minha avó. Uso cá em casa e todos os dias um serviço de verdadeira loiça inglesa, do mais antiquado que há mas que é um luxo, vindo dos armários da minha adolescência e ainda tenho por estrear um serviço inteiro de loiça para o dia em que der uma festa à séria, com pratos e pratinhos, terrina, molheira e bule a condizer, que foi prenda de casamento escolhida pela minha mãe. Claro que é tudo um bocado fora de moda. Mas como está fora de moda, é moda!!