16 abril 2011

||| A DÍVIDA... E O FMI!


O défice público, em 1878 ano da primeira intervenção do FMI em Portugal era de 10% do PIB. A intervenção do FMI, implicou a diminuição do poder de compra em 12%. O escudo foi desvalorizado em 27,6%, entre 1977 e 1979, o que permitiu relançar as exportações (+27,2% em 1979). Não chegou a haver recessão.

Em 1983, o défice público voltou aos 10%. A inflação chegara aos 34%, em grande parte devido à desvalorização monetária anterior. Anulou parcialmente os seus efeitos positivos sobre a competitividade nacional, mas reduziu também a dívida real. O FMI interveio e desvalorizou a moeda, baixou dos salários reais, subiu de impostos e congelou as prestações sociais. O poder de compra diminuiu 18% e a taxa de desemprego disparou para os 8,8% (em 1985).
Em contrapartida, as exportações começaram a crescer 10% ao ano, ao ponto de a balança de transacções ser excedentária. O montante do empréstimo foi de 650 milhões de dólares - ou 3,5% do PIB.
Em 2011, que é o que nos dói agora,o défice crónico da balança de transacções correntes é crónico (8 a10% desde 2000).
A desvalorização é impossível, pois estamos na chamada Zona Euro e não por onde de lá sair.
O défice do Estado ronda os 9% e a competitividade zero.
O desemprego galopa para os 11%.


Outros números: a dívida de 1983 correspondia a 3,5% do PIB.
Em 2011, corresponde a metade do mesmo PIB. Subiu 46,5%.
Ainda será possível ter esperança?

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