Simpatizo com o Presidente Mário Soares e gosto do seu ar bonacheirão, que sempre me parece fazer saltar sabedoria por todos os lados. Não conheço bem os seus momentos de 1º. Ministro, quando por cá veio o FMI por duas vezes. Só de ouvir falar.
Ontem ouvi-o na RTP. Gostei do ar descontraído como, do congresso do PS, disse tê-lo visto pela televisão - que, do seu ponto de vista, é «melhor do que se lá estivesse». E de não ter constrangimentos em dizer que o congresso foi mais um comício que outra coisa.
Ele, que já teve o FMI pela frente, não o considerou papão nenhum e dele disse não ter medo. Recordou que enquanto 1º.. Ministro a ele teve de recorrer duas vezes e que Portugal resolveu os problemas.
E o que pensa ele da crise? Pois disse que «as culpas são normalmente repartidas» e que seria «bom que pusessem as críticas de lado e olhassem para o interesse nacional», pois se assim não for «será uma desgraça».
Ora aí está um político de bom senso.
Falou de Sócrates como «um homem inteligente» e Passos Coelho elogiou-o, comentando que «é homem simpático e com bom senso».
E Passos será um bom governante, caso seja eleito? Vejam a resposta do sábio: «Isso é como os melões, só depois de abertos é que se percebe».
Ora aí está um tipo que sabe da poda. Votava nele.
O presidente Mário Soares pode ser visto no Sol.
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