Cada português, em média, vai pagar mais 271 euros ao fisco em 2007, por força do aumento da carga fiscal. Mensalmente, este aumento médio cifrar-se-á em mais 22,6 euros, refere o «Semanário Económico». Lemos e nem qusiemos acreditar.
Porém, contas feitas pelo jornal aos valores inscritos no Orçamento do Estado para 2007, concluem que 48% do aumento do PIB per capita no próximo ano destina-se a suportar o crescimento da carga fiscal.
Porém, contas feitas pelo jornal aos valores inscritos no Orçamento do Estado para 2007, concluem que 48% do aumento do PIB per capita no próximo ano destina-se a suportar o crescimento da carga fiscal.
Deste modo, o PIB per capita deverá crescer 563 euros, enquanto os encargos fiscais e a prestações efectivas, que englobam a Segurança Social, aumentarão 271 euros.
No próximo ano, a carga fiscal crescerá, per capita, 5,27%, enquanto o rendimento por habitante ficará pelos 3,91%. [Agência Financeira]
O Ministro das Finanças prometeu que em 2007 não haveria subida de impostos para além dos que tinham ficado com aumentos automáticos (como o tabaco e o ISP). A verdade é que se assiste em 2007 ao maior aumento de impostos de que há memória desde o 25 de Abril. O ministro demagógicamente referia que a taxa de IRC e IRS ficaria inalterada, e portanto não haver aumento de impostos. A taxa pode ser a mesma (com mais um escalão a 42%), mas os escalões de aplicação mudam e agravam a incidência.
Porém, o principal são as medidas adicionais que fazem subir o imposto duma forma gravosa: a redução das deduções à colecta (grave no caso dos reformados), os novos descontos para a ADSE e para os reformados que não pagavam, o agravamento de impostos nos deficientes, a eliminação de alguns abatimentos, a impossibilidade dos reformados usarem PPR, a diminuição do abatimento fiscal dos PPR, as taxas moderadoras na saúde, etc etc. É um conjunto tão vasto de medidas que farão crescer a carga fiscal em 5,27%, num ano em que a referência de aumentos salariais fica pelos 1,5%.
Preocupante, é que este agravamento de impostos só irá servir para aguentar o aumento incontrolado da despesa pública (este ano de 2 mil milhões de euros).
As reformas económicas eram precisas, não à custa da receita (impostos), mas pelo lado da despesa. É isso que este governo socialista não está a fazer. E é isso que a oposição deveria estar a denunciar diariamente no Parlamento em vez de andar no bailinho da Madeira.
1 comentário:
Pagar e não bufar, e que é... estes também prometeram muito e falta outro tanto.
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