26 junho 2008

||| JOGAR ÀS CARTAS!...


Hoje, vejam lá, dei comigo a jogar as cartas e lembrei-me de muita gente de Óis que aos domingos à tarde, berrava, se insultava e se divertia «a batê-las", como eles diziam: o ti Acácio, o sr. Cadinha, Joaquim Foca, e outros, que se enfiavam no café que era do sr. Armando e depois do sr. Albertino, e bebeiam ums champarrions - acho que era assim de que dizia. Ou uns bons copos de vinho!
Era dos poucos jogos que eu via e até eu ter licença de pegar em baralhos, passaram-se anos e, para não haver abusos, só para jogar ao... burro!
Contava um tio meu que não havia melhor tarde de domingo que umas lerpas a rebuçados de meio tostão no salão da sra. Celeste, salão que eu já não conheci desse tempo. Já era, diríamos hoje, um jogo de azar...
Hoje, ao jogar as cartas com umas amigas que aqui apareceram, dei-me a lembrar-ne como quantas vezes nos entregamos à sorte, dizendo que não a temos. Inventamos razões para para nos entregarmos nas mãos da sorte e no entanto continuamos a contrariar a razão que nos diz para o não fazermos. Qual seria a hipótese, por exemplo, de nos sair um prémio chorudo nos jogos semanais?! É ínfima essa probabilidade, contudo continuamos a acreditar sem termos uma razão válida para isso. Já agora e para acabar: esta tarde perdi a jogar as cartas!

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