21 abril 2010

||| CARACÓIS, CARACOLETAS E OS QUE QUEREM ESMAGAR AS PESSOAS


No meu tempo de criança, passava algum do meu tempo à procura dos caracóis que insistiam em comer os jarros lá de casa. Isto depois de ter a surpresa de ir aos gramuzinos e ver de mãos a abanar, por ter sido alvo do gozo dos mais velhos.
Para dizer verdade, os caracóis até me metiam algum nojo, mas não havia caracol ou caracoleta, fosse grande, pequeno, listado, ou liso que não fosse arrancado das folhas da plantas de flor branca que pelo inverno se propagavam lá por casa.
«Caracol, caracol, põe os corninhos ao sol», foi como a minha avó materna me ensinou a chamar pelos caracóis e eu aceditava naquilo, vejam lá a nossa santa inocência, quando somos crianças.

Veio-me isto à ideia por estar a ver no canal Odisseia um documentário sobre estas criaturas gastrópedes - que tanto me encantaram como provocaram lágrimas de desalento, principalmente quando a sacana da minha prima os esmagava na eira, pisando-a com as botarras de inverno, só para me chatear. Como agora vemos alguma gente a esmagar quem os estorva, só porque são mais fortes.

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