29 março 2011

||| ESTAMOS TESOS E SEM CACHORRO NO MATO...

A caminho de casa, às sete da tarde de hoje, tive de gramar com o mau humor do nosso 1º. ministro, a refilar sobre mais uma descida do rating dos 5 maiores bancos portugueses, entre os quais a própria Caixa Geral de Depósitos - que é do Estado.
Pode parecer que detesto o homem, mas nem é o caso, até admiro aquela franqueza toda, aquela gaa com que ele fala das coisas mais sérias e com o ar mais sério, mas a dizer banalidades.
O que se passa com esta descida do rating dos 5 bancos é que o caso é muito mais sério que o ar sério com que fala o noss 1º. ministro. Ele é que não entende a coisa e atira-se com os bofes todos contra os homens e mulheres da oposição, a malhar-lhes que nem um cego.
O problema é que estamos em Março, 1º. de 4 trimestres, e o Governo já emitiu cerca de 7.200 milhões de euros em dívida de longo prazo. Por outras palavras: o 1º. trimestre já consumiu 36% da dívida prevista. Se multiplicarmos 36 por 4, vemos que dá 144%. Passa largamente a barreira.

Por outro lado, sabe-se que 75% da dívida portuguesa está nas mãos de investidores estrangeiros. Isto é: estamos entregues aos índios. Tesos e sem cachorro no mato.
Os outros fariam melhor? Acredito que não. Estamos mesmo fritos!

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