O encanto que tenho pelas bandas filarmónicas não o encontro somente na música que tocam, ou na forma garbosa ou mais descuidada com que as vejo a desfilar em arruadas ou procissões.
De criança, lembro a felicidade de ouvi-las a acompanhar a missa de festa, no tempo do padre Fonseca. E depois, no intervalo e antes da procissão, poder tocar com os dedos nos instrumentos guardados no salão da igreja, ou dar-lhes umas assopradelas, enquanto aquela senhora idosa de Casal de Álvaro nos vestia de anjinhos.
Vem isto a propósito da Tuna e do CD que esta tarde ouvi no carro - na espera da oficina, onde finalmente fui por causa do problema da tampa... Dei comigo a pensar que não era uma banda, era a tuna, mas uma agremiação de Óis da Ribeira que que não prestamos muita atenção. Pelo menos é o que se passa comigo.
Depois, no regresso a casa, fiquei a pensar noutra coisa: como as bandas, e a tuna, representam a associação perfeita entre o som e uma coreografia muito própria e que cria uma empatia enorme com aqueles que as observam e ouvem. Ficamos completamente absortos... são dois sentidos que são estimulados em simultâneo. Penso eu de que!!!
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