07 agosto 2009

||| O PRAZER DE TER UM BLOGUE...


Divirto-me à brava com a perspectiva que alguns comentadores têm dos blogues. E deste, em particular - nomeadamente pela variedade e número de identidades que já atribuíram a quem o edita e pela suprema ingenuidade com que algus aqui vêm mandar bitaites.
Alguém lhes disse que comentar nos blogs era ter na mão uma espécie de 5º. Poder, sabe-se lá porquê... e desataram a critiar isto e aquili, na julgo eu vã esperança de agarrar mais um bocadinho de poder. A moda ainda não chegou a Óis, mas não custa adivinhar, por exemplo, a que matriz política está ligado o doisportres. - por sinal muito paradote nas últimas semanas! Será que anda metido em reuniões eleitorais?
Naturalmente que os políticos estão a anos-luz de distância de perceber o que é um blogue, quanto mais o modo como devem usá-lo. Sabemos que estamos perante um blogue de um político quando:
1 - Parece que estamos a ouvir um monólogo televisivo, daqueles paternalistas e feitos a olhar directo para a câmara, a fazer de conta que estão a falar para nós. Convém perceber que um político nunca fala directo para nós – fala directo para um boletim de voto e um boletim de voto com a cruzinha no partido dele.
2 - O blogue só tem um post, que é nada mais nada menos que um chorrilho de promessas estúpidas retiradas de um panfleto político. Nós por cá, conhecemos isto muito bem...
3 - O blogue só tem um post porque o político quis fazê-lo sem assessores e a sua capacidade de dizer/escrever o que pretende é tão limitada que ele se fica mesmo por ali.
Temos aqui um caso típico.
4 - O blogue tem a duração do período de campanha eleitoral, demonstrando que o político está ali só para vender o seu peixe e não para estabelecer uma relação directa com o eleitorado.
5 - O blogue não admite comentários porque a percepção democrática do político não admite críticas nem respostas, nem esclarecimentos. Por isso foi de vela um conhecido site de Óis.
Na minha perspectiva, o blogue de um candidato político deve ser encarado de duas formas: ou vamos lá visitar o gajo para o insultar, à laia de medida profiláctica, ou não se vai lá e pronto! Eu não vou lá e... acabou-se!

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo quase, quaaaaase inteiramente - o que me dá muita, mas mesmo muuuuita vontade de rir!
Eu cá também me divirto, mas à minha maneira, claro!!!
E o quanto!....

O Cusco