16 novembro 2010

||| ASSIM VAMOS NÓS NO ANO CRISTÃO DE 2010


Amigo de infância, daquela infância vivida sempre a correr de e para a escola, de ir aos ninhos, roubar maçãs no aido e cachos na lavoura e a «aturar» a chata da catequista (Deus me perdõe...), ou de fugir de umas relhadas dos mais velhos, falou hoje, comigo, quando nos encontrámos num espaço público e por lá ficámos a dedilhar conversa.
Tem estado doente, com alguns problemas que aqui não vem ao caso, e contou-me que numa das suas recentes idas ao médico por lá encontrou uma pessoa de Óis que lhe disse das suas dificuldades em aviar a receita que tinha na mão.
Por falta de dinheiro!
«E quem é?», perguntei eu. 
Ele disse o nome!, quase em segredo, mas por todos os santinhos me pediu para não o repetir, em circunstância nenhuma.
«E que fizeste tu?»
Falou com o farmacêutico onde a família do conterrâneo já tinha conta de muitos euros e pagou o calote e a nova receita. «Leve-lha lá a casa e não diga quem pagou...», pediu ao homem da farmácia.
«Acreditas nisto?», perguntou-me.
Eu acredito. Já me aconteceu coisa parecida.
Assim vamos nós no ano cristão de 2010!

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