23 novembro 2010

||| O QUE (NADA) VAI ADIANTAR A GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO

Não sou entidade patronal, para o mal e para o bem (mais para o mal...), pelo que não terei a opinião mais imparcial sobre a greve geral de amanhã. Por um lado, estou do lado dela - pois este governo anda a tirar-nos a guita do bolso e o pão da boca com uma pinta danada. Por outro, acho que a greve não nos vai adiantar nada.
O exercício do direito à greve, como todos sabemos, tem abrangido principalmente a administração pública e o sector empresarial do Estado. De um lado, a força dos sindicatos, do outro a fraqueza dos políticos. É o que a história nos diz. Por assim dizer, os trabalhadores por conta do sistema privado não são ouvidos nem achados no meio disto tudo, mas estão sempre lixados e devem estar atentos e "alheios" a greves - pois se a fizeram, isso pode significar-lhe uma porta aberta para o desemprego.
Não vou fazer greve, portanto continuo sob suspeição. Mas com opinião.
Portugal está metido numa gravíssima crise económica e financeira e não é possível separar o Estado e os seus colaboradores dessa crise. Mas a verdade é que, em anteriores momentos difíceis, piores ou melhores que este, apenas os privados sofreram. Basta lembrar-nos  do último ano eleitoral - quando, já com toda a economia nacional presa por arames, o Governo aumentou os funcionários públicos em 2,9%. E os privados, nicles.
Agora sobre a greve de amanhã, acho que não vai valer de nada, pois não terá quaisquer consequências a nível das restrições que o Estado tem de necessariamente assumir para pagar os calotes e as sequelas dos seus continuados erros. A greve, pois, vai ser um dia de folclore político e sindical - sem nada beneficiar os trabalhadores. E muito menos os do sector privado.

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