25 novembro 2010

||| GREVE PRECISAMOS NÓS, AS MULHERES, DE FAZER...


Volto hoje ao blogue, a propósito do post de anteontem, sobre a greve. Fazer greve, para ser sincera, sempre me meteu confusão e constrangimento, porque quase sempre acontece por a empresa não melhorar ou não pagar os salários. E os salários eu tenho-os como ser justo pagá-los. Quem trabalha tem direito a ser remunerado.
Acontece é que normalmente as greves só pioram as coisas, pois  não só a empresa deixa de produzir, como por isso mesmo deixa de poder vender e, consequentemente, de receber dos clientes e de poder pagar.
Por aqui, eu até seria contra a greve. Outras formas haverá de lutar pelos salários e garantir o emprego.
Mas a greve de ontem foi diferente e aqui está um ponto discordante do postador de anteontem. 

Isto porque a greve, neste caso, foi o povo a sair à rua e a protestar contra o governo/estado/empresa e empresa que também despede e paga fora de horas. O país não produziu o habitual e acrescentou prejuízos aos números do défice e como tal de nada serviu. Mas mostrou indignação! Valeu por isso.
Greve precisamos nós de fazer, as mulheres. Greve à cozinha, ao ferro de engomar, ao pó da casa, à limpeza dos vidros, a tudo o que os nossos homens não fazem e nós fazemos para além do nosso trabalho no emprego. 
Vamos juntar-nos no largo do Cruzeiro, no fim de missa, e marchar até à pateira, para matar as nossas dores, com slogan contra os maridos machistas por quem nos enamorámos.

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