Ser fumador não é critério que defina identidades, mas gosto de um cigarro aqui e ali. Normalmente, depois de um bom jantar de fim de semana, com o tempo que os jantares da semana não permitem. E com o devido ambiente.
Por isso, sempre abominei o fumo matinal, diligentemente endossado por terceiros em qualquer café ou pastelaria. Na realidade, em qualquer altura do dia. Pessoalmente, como se vê, a actual legislação sobre o tabaco deveria dividir-me. Mas não. Globalmente, não creio que a lei seja especialmente desproporcionada ou impositiva, estabelecendo o devido equilíbrio entre o conhecimento médico-científico e a aceitação social. Existem aspectos que têm de ser apurados, sim, mas isso não chega para a histeria sobre a «deriva higienista» que supostamente vigora em Portugal. Para mais, há qualquer coisa de estranho quando os únicos que contestam a lei com argumentos inauditos, como se a Wehrmacht estivesse a cruzar ali a fronteira de Vilar Formoso, são justamente aqueles que se auto-definem e identificam como fumadores.
Eu conheço o famoso poema de Brecht, meus amigos, mas não exageremos. Adiante, que a vida continua.A fumar, uns! A fumar passivamente, outros!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário