Nada melhor que um fim de semana em casa da avó, para matar as nostalgias. Ontem por exemplo, não me cansei enquanto não tomei um café feito numa chaleira, posta ao lume para ferver. Foi uma maravilha.
Não sei explicar bem mas as coisas antigas fascinam-me e acho extraordinário como os nossos antepassados tinham pachorra e vagar para fazer em horas ou dias o que nós agora fazemos num instante, quase só a carregar num botão. Carrega-se no botão e já está!
Mas estar ali a ver a água a começar a borbulhar, até ferver e engolir o café! E depois esperar que desenlurde. Quantas pessoas que me lêem sabem o que é desenlordar o café? Não deve ser muitas.
As coisas velhas, eu olho-as e volto a olhá-las e sempre me surpreendo. Como era possível cortar eucaliptos e pinheiros com aqueles serrotes grandes do meu avô, coisa que agora se faz um instante, com uma motosserra?!
É por isso tudo, e muito mais, que ainda hoje gosto de me meter nas teias de aranha da antiga adega do meu avô. Era capaz de ser interessante que a Arcor as reunisse numa espécie de museu local.
1 comentário:
A ideia é excelente e o texto éuma maravilha... mas que pena em Óis só haver ideias bonitas de as pessoas continuarem a andar a morderem-se umas ás outras.
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