30 outubro 2010

||| NÃO QUERO FALAR DE CRISE, NÃO QUERO, NÃO QUERO, NÃO QUERO...


Hoje, desculpem lá, não venho falar da crise. Da crise, na verdade, estamos todos fartos - fartos de ouvir, fartos e cansados de saber, emprenhados  pelos ouvidos e «abortados» nos bolsos, com toda a torrente informativa que nos entra abruptamente pelas orelhas dentro, por mais bem calafetadas que estejam.
Para falar da crise, tinha de aqui voltar a falar do desemprego - que subiu para os 10,6%!!!... e já vai nos 700 e tal mil!!! -, que o governo, para pagar os calotes, tomou a única medida que é capaz, que é aumentar os impostos, que o gás subiu e o abono de família desapareceu.
Portanto, não falo de crise. Também entrei em crise e, se calhar, vítima de alguma depressão, até já nem sei qual é o preço da gasolina, mas sei que já ninguém se queixa, pois a crise pede o sacrifício de todos. O que é verdade.
Só não entendo é como, por causa da mesma crise, o mesmo governo continua a pagar chorudas reformas aos senhores deputados que, coitados, fazem o sacrifício pessoal, profissional e familiar de perderem três/quatro dias por semana na Assembleia da República a aquecer as cadeiras, até que tenham de votar como manda o chefe, e depois ficam, definitivamente, a receber pequenas pensões de 400, 500, 600, 700 contos por mês.
Tudo por causa da crise! Tadinhos!!!

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