Os portugueses são os campeões do deixa-andar e do faz-de-conta. Do «pois é, depois vimos isso!...». O país está cheio de problemas, de chagas sociais, de crises, de falta de segurança? Pois está, ou dizem que está - pois até nem parece, ainda ontem li que o gabinete do 1º. ministro tem 484 carros e ele mesmo, o Sócrates - só elezinho, mesmo... - tem nada mais nada menos de 22 motoristas.
Bom, mas o que interessa saber é se há crise e como a disfarçar. À cabeça, vem logo o futebol, para distrair a malta. E enquanto se chamam nomes ao árbitro, desopila-se a mona!
Como o fado e Fátima já não vão em grande conta da fé dos portugueses e o caso Casa Pia já lá vai, por enquanto..., pensemos, então nas fofocas das revistas cor-de-rosa, nos casamentos e descasamentos, nas facadas no matrimónio, na moda e no desbunde, nas festas, nos marialvas e na(o)s ninfetas dos nossos sonhos mais húmidos para enganar a crise.
Enquanto isso, alguém de lá de cima (do governo) já inventou outra forma de distrair o povo: mudar o Busto da República, como se isso adiantasse ou atrasasse alguma coisa os efeitos directos e colaterais do (des)orçamento do Estado para 2011.
A propósito: ao ver hoje Eduardo Catroga e Teixeira dos Santos a falar na TV, não estimei grande futuro para o negócio que eles discutem. Vamos ter orçamento, mas a pisar-nos os calos e a emagrecer-nos a carteira.
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