Andei hoje uma porrada de quilómetros e, já em casa, quis matar a curiosidade sobre o libiano Kadhafi. E quem é que apareceu na TV, quem foi? Pois, o inefável Sócrates e o tesoureiro Teixeira dos Santos a debitarem ameaças sobre a possibilidade de nos entrarem mais nos bolsos. Ainda mais.
Agarrei-me então, já farto da cara dos homens, a um canal de notícias mas en vez de notícias gramei, em três, mesmo em três, com futebol em vez de notícias. Que o Sporting não sei quê de quantas bolas ao ferro, e mais não sei quê da epopeia marítima do Benfica de ontem e do não sei quê que o Futebol Clube do Porto conseguiu. Nos três canais! Chiça!!!
Porca miséria!
As televisões portuguesas passam a maioria do tempo a falar de política e de futebol. Ou novelas, com dramas de faca e alguidar, traições e negócios escuros. Eu não sei se poderá haver programação mais deprimente? Não sei! Mas será difícil não haver. Só à marretada!
ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
28 fevereiro 2011
27 fevereiro 2011
||| A CORAGEM DE DEIXAR PARA AMANHÃ, SE DEUS QUISER...
Alguém me dizia há dias que a coragem tem de ser inteligente. E eu, na verdade, suspeito que a coragem e a inteligência podem ser qualidades mas não são virtudes. Para o serem, julgo que terão de ser justas. Um celerado corajoso é um perigo, da mesma forma que um patife inteligente é uma ameaça. Um soldado que mata na guerra, pode ser corajoso, mas virtuoso não é, seguramente.
Dito isto, acredito também que para a acção política ser justa tem de ser reflectida mas não pode ser calculada. Se apenas for atrevida e/ou esperta nunca será nobre mas depressa será vã. E as alegadas coragens para o amanhã, são a mais vil cobardia de hoje e de agora. Portanto, e se bem entenderam, até amanhã, se Deus quiser.
Dito isto, acredito também que para a acção política ser justa tem de ser reflectida mas não pode ser calculada. Se apenas for atrevida e/ou esperta nunca será nobre mas depressa será vã. E as alegadas coragens para o amanhã, são a mais vil cobardia de hoje e de agora. Portanto, e se bem entenderam, até amanhã, se Deus quiser.
26 fevereiro 2011
||| OS PATOS DA PATEIRA E O CORETO VANDALIZADO
O passeio das tardes de sábado pela pateira é imperdível e um verdadeiro Xanax para o elixir de muita gente. Por hoje lá passeei o corpo e a alma, olhando o horizonte das águas que se perde por Requeixo fora. E maravilhei-me com os patos da... pateira.
Estranhei ver por lá um funcionário da Câmara, a trabalhar no coreto a um sábado à tarde e a mexericar em tábuas e cabos e meti conversa. Fiquei a saber que uns energúmenos quaisquer, durante a noite, vandalizaram o coreto, arrancaram tábuas e as atiraram para cima deste. Perguntei depois a gente de Óis se tinha sido chamada a GNR, mas não pude confirmar. Mas é certo que estes vândalos mereciam levar umas arroxadas.
Por mim, deixo a foto dos patos. Uma maravilha!
25 fevereiro 2011
||| PALAVRA DE CONFORTO PARA O CARISMÁTICO LÍDER
Esperei pelos telejornais de hoje com a leve esperança de ouvir uma declaração de solidariedade do 1º. Ministro para com o seu grande amigo e grande líder carismático Kadhafi. Mas, moita carrasco... nem uma palavrinha, nem uma recordaçãozinha do beijo trocado na face e da noite de festa dos 41 anos do ditador no poder.
A noite de borga que Sócrates passou na tenda do amigo líbio.
Eu imagino, mas não sei se é certo o desconforto das democracias europeias - e, dentre elas, a de Sócrates - que se sentaram nas sumptuosas tendas do clan Kadhafi e com ele se amesaram nos negócios dos petrodólares líbios, dos mais infantis computadores Magalhães aos mais sofisticados e secretos contratos de armamento e de construção, se os há.
Mas seja lá como for, neste momento em que o sanguinário ditador está a sentir o amor do seu povo, bem que ficava a José Sócrates uma palavra de conforto.
Mas o que é isso de solidariedade, ó meus amigos?!
24 fevereiro 2011
I||| AS PONTES DOS FINS DE SEMANA, AS FÉRIAS E OS PAROLOS A PAGAR IMPOSTOS
Ouve-se dizer que este ano vai ser ano de muitos feriados e pontes. O que, na prática, quer dizer que para aí uns 800 000 a um milhão de portugueses vão ter mais férias que o devido e que o país vai perder uns milhares, ou uns milhões de horas de trabalho, de rendimento, de competitividade. Também não importa, pois nós até somos um país de ricos. E que importa?
O Estado está endividado?
Aumentam-se os impostos, o custo do pão e dos bens de primeira necessidade e toca a andar-, que se faz tarde, que o povo pode estar sem tusto, mas vai gastar os últimos cêntimos a matar a fome, enquanto puder.
E quem é que deu cabo disto?
Olhem, não foi o pobre parolo que comprou o plasma sem ter onde cair morto. Esse não tem culpa, é uma vítima.
A culpa não é de quem nos endividou até mais não e nos anda a vender dívidas em saldos, com juros bárbaros que os nossos filhos ainda vão ter de pagar. Nós, os da minha geração de trabalho, já não vamos ter tempo nem dinheiro para isso.
23 fevereiro 2011
||| O DESEMPREGO E O JOGO DAS CADEIRAS
Pessoa amiga quis socorrer-se de mim, pela causa de um emprego para o filho, ainda à procura do primeiro e sem vias de o encontrar, ora porque não tem experiência, ora porque tem habilitações a mais, ora por essas todas coisas a que a moderna sociedade socratiana nos habituou, em vez de nos dar prometidos tais 150 000 empregos.
Mas o que poderia fazer eu? Pois, nada... eu mesmo não tenho emprego seguro e foi isso que disse.
«Ó pá, isto tá uma merda!...», disse a pessoa amiga, deixando-me de telefone pendurado na orelha.
Arranjar emprego está realmente isso.
Ao passar pelo jardim de infância, vi as crianças no jogo das cadeiras, em que se vai tirando uma, para sair uma delas, até só ficar uma. O emprego está tal e qual assim como o jogo das cadeiras - só um, em muitos candidatos, o apanha. A vida está mesmo lixada.
22 fevereiro 2011
||| O CARNAVAL SERIA BOM SE MUDASSEM OS... ENTRUDOS
Nunca fui pessoa muito apreciadora do carnaval - que, aos meus avós, sempre chamarem de entrudo! O único gozo que me deu na vida foi o de ter férias, ora na escola primária, ora até que abandonei os livros de estudo.
Para além disso, não há nada que me fascine no carnaval. É certo que tenho amigos(a) que são adeptos mais ou menos fanáticos e têm sempre uns quantos disfarces preparados para estes dias/noites intensos. Ainda cheguei a ter alguma apetência por isso, mas, com o tempo, a magia desapareceu totalmente.
A repetição das máscaras carnavalescas é algo incontornável e todos os anos são iguais. As máscaras só mudam com escândalos ou guerras e a música, até a música, meu deus, até a música de carnaval é sempre a mesma! Depois, há outras coisas que o Carnaval tem que são incontornáveis, como a máscara daqueles senhores que todos os dias nos enganam com promessas desválidas e nos sugam euros como quem vai à Mealhada ver o grande corso recheado de miúdas flácidas e de biquini, todas branquinhas como cal fina e cheias de frio!
É por estas e por outras que o Carnaval já não mexe comigo. Mas gostava que mudassem os entrudos.
21 fevereiro 2011
||| A TENDÊNCIA DE SÓCRATES PATA TER AMIGOS DITADORES
O nosso 1º. Ministro tem uma especial tendência, como todos sabemos, por ter amigos que não passam de uns ditadores da era moderna. Quais Salazar, quais quê!
Olhem o Chavez da Venezuela, olhem o tipo da China, olhem o Khadafi da Líbia - este, aqui em fraterno cumprimento ao nosso socrático governante.
Iam, então, bem melhores os tempos, para o ditador líbio, que outro dia veio a Lisboa montar a tenda.
Agora, ao que sabemos, o povo fartou-se do homem e ele despejou-se aos tiros sobre ele, sobre o povo, e já lá vão centenas de mortos.
Esta noite, quando não me apetece muito blogar por razões de saúde, deixo aqui o desejo de que os malucos dos governantes líbios não disparem mais sobre o seu povo. Mesmo que tenha de arder a tenda do ditador.
E Sócrates que vá acautelando as barbas. A tenda do amigo Khadafi já está a arder.
Olhem o Chavez da Venezuela, olhem o tipo da China, olhem o Khadafi da Líbia - este, aqui em fraterno cumprimento ao nosso socrático governante.
Iam, então, bem melhores os tempos, para o ditador líbio, que outro dia veio a Lisboa montar a tenda.
Agora, ao que sabemos, o povo fartou-se do homem e ele despejou-se aos tiros sobre ele, sobre o povo, e já lá vão centenas de mortos.
Esta noite, quando não me apetece muito blogar por razões de saúde, deixo aqui o desejo de que os malucos dos governantes líbios não disparem mais sobre o seu povo. Mesmo que tenha de arder a tenda do ditador.
E Sócrates que vá acautelando as barbas. A tenda do amigo Khadafi já está a arder.
20 fevereiro 2011
||| O HOMEM QUE SE PROPÕE APEAR JOSÉ SÓCRATES...
E piquei a minha curiosidade a navegar na net. Quem será este tal António Fonseca Ferreira, que se propõe correr com o inefável 1º. ministro da nossa insolvente praça?
Desiludi-me, apesar de ter reparado tratar-se de um aborígene de uma corrente do PS auto-denominada Esquerda Socialista. É que o candidato a secretário geral é, afinal, o engenheiro dos interesses entre Lisboa e Vale do Tejo e com o vasto curriculum de nomeações partidárias. Do PS, bem entendido! Assim, não vamos lá.
18 fevereiro 2011
||| A BAGUNÇADA DOS VOTOS NO PAÍS QUE SOMOS...
O Diário da República publicou o mapa oficial dos resultados das eleições presidenciais e confirmou a bagunçada que já se sabia: votaram menos 60 448 eleitores que os inicialmente indicados.
Anunciaram-se 4 492 297 e, afinal, foram 4.431.849.
A gente lê isto e nem acredita: mas que país é este? Que brincadeira é esta?
O número de votantes eleitores inscritos também é diferente: foram, afinal, 9.543.550 e tinham sido anunciados 9.656.797 na noite eleitoral e no portal http://www.presidenciais.mj.pt/.
Então, quais são os números certos?
Cavaco Silva, pelas novas contas, perde 22.376 votos; Manuel Alegre, tem menos 14.657; Fernando Nobre, fica sem 10.486; Francisco Lopes, 7.778; José Manuel Coelho, 1.255; e Defensor Moura, 337.
E se esta sarilhada toda influenciava as eleições, em termos de eleger ou não eleger o Presidente?
E os 60 000 que não puderam votar, por causa do número de eleitor?
Isto não é um país, é uma bagunça. E ninguém se demite! É o demites!!! E as prebendas?
Falta uma arbitragem a sério, para pôr os infractores na rua.
17 fevereiro 2011
||| HÁ MOÇÃO DE CENSURA E NÃO SE CORRE COM O GOVERNO
Se há coisa que nunca vou entender nos políticos é a flexibilidade e facilidade com que mudam de opinião. Por exemplo, em relação ao actual governo.
Toda a gente ataca o governo, toda a gente quer ver José Sócrates e os seus ministros pelas costas, mas aparece uma moção de censura, que é uma excelente ocasião para o pôr na rua, e todos se abstêm - o CDS e o PSD, já o anunciaram.
Bem sei que a proposta do Bloco de Esquerda não passa de uma trapalhada mal arremendada. Mas é-me impressionante a facilidade e indiferença com que partidos da oposição optam por continuar com o este governo. E logo numa altura em que o próprio Governador do Banco de Portugal anunciou oficialmente que entrámos em recessão.
Entrámos e sem saber quando saímos, acrescendo que o número de desempregados subiu para 768 000 e não há meio de Sócrates criar os tais 150 000 empregos que prometeu há 5 ou 6 anos.
Então e não se corre com o homem e o seu governo?
O cartoon é do impagável Henrique Monteiro
Toda a gente ataca o governo, toda a gente quer ver José Sócrates e os seus ministros pelas costas, mas aparece uma moção de censura, que é uma excelente ocasião para o pôr na rua, e todos se abstêm - o CDS e o PSD, já o anunciaram.
Bem sei que a proposta do Bloco de Esquerda não passa de uma trapalhada mal arremendada. Mas é-me impressionante a facilidade e indiferença com que partidos da oposição optam por continuar com o este governo. E logo numa altura em que o próprio Governador do Banco de Portugal anunciou oficialmente que entrámos em recessão.
Entrámos e sem saber quando saímos, acrescendo que o número de desempregados subiu para 768 000 e não há meio de Sócrates criar os tais 150 000 empregos que prometeu há 5 ou 6 anos.
Então e não se corre com o homem e o seu governo?
O cartoon é do impagável Henrique Monteiro
16 fevereiro 2011
III A PRENDA DO DIA DOS NAMORADOS...
A criança da família recebeu anteontem uma uma prenda do Dia dos Namorados. O namoradinho ofereceu-lhe uma bolsinha cor de rosa e lá dentro tinha um lápis rosa, uma borracha em forma de coração, uns rebuçados e uns rabiscos quaisquer.
A criança ficou toda satisfeita com a prenda e do que me disseram nem se importou grande coisa com o facto de ele ter feito a mesma oferta a outra menina da mesma sala. Cá para mim, ainda não sabe o que é ter ciúmes.
Isto deixou-me a pensar como nós, os adultos, muitas vezes, não somos capazes de namorar e de ter um gesto simpático com o vizinho, o conhecido do prédio ou do elevador, ou o companheiro de trabalho ou de escola, o conterrâneo que tantas vezes deixamos de ver meses ou anos seguidos. E bastava um pequeno gesto de cortesia para que tudo fosse mais fácil, mais cor de rosa.
A nossa terra de Óis também não sabe, digo eu, caprichar nesta matéria. A malta poderia ser mais namoradeira e menos cusca. E nós, mulheres, temos culpas nisso, pois não sabemos educar os nossos filhos e os nossos maridos.
Temos muitas culpas no cartório, temos sim senhora.
15 fevereiro 2011
||| A SOLIDÃO DOS IDOSOS TAMBÉM EM ÓIS DA RIBEIRA
O país-Portugal não pode passar sem um crise, agora é a dos idosos que aparecem mortos em casa a encher os jornais e os telejornais. Até parece outra epidemia. E não é, como se sabe. Nem ninguém liga grande coisa a estes pequenos/grandes dramas do quotidiano.
Na verdade, não fora o caso da senhora octogenária, que foi descoberta morta oito anos depois de morrer, com o esqueleto ao lado do fiel cão, e ninguém se importaria grande coisa com os dramas que a solidão espalha pelo país. Como se não acontecesse morrerem idosos, diáriamente, em completo abandono.
Só que, agora é, estes casos são tema de capa de jornais e abertura de telejornais.
O que na verdade está a acontecer é que mundo vai mudando e Portugal ficando, ficando..., sem saber preservar o culto da família e, ao menos, menos, criar defesas para os solitários.
O resultado é esse - de repente, parece novidade o perecimento dos mais débeis sem quem lhes valha alguém, nem ao menos o cão, pois os idosos estão entregues a si próprios e abandonados.
Há em Óis pelo menos um casos destes. Deveria Óis reflectir sobre isso?
14 fevereiro 2011
|| OS DESALINHADOS DO PSD REUNIRAM EM ÓIS DA RIBEIRA
Os jornais de Águeda trouxeram a notícia da revolta do PSD contra os seus próprios pares, que se terão deixado aliciar com promessas do presidente da Câmara e votaram a favor do orçamento municipal. Reuniram em Óis da Ribeira e lha-se para a fotografia e lá está o nosso presidente Fernando Pires, que sempre aparece, ou gosta de aparecer nos retratos.
Alegadamente, o PSD de Águeda ameaça os
presidentes refractários de retirada de confiança política. Eu acho que eles se devem estar a marimbar para isso e, assim, o PSD ficará numa situação duplamente curiosa.
Por um lado, terá eleitos que votam contra os seus interesses e a favor da oposição (que está na Câmara). Por outro lado, iniciará um processo, com contornos que ainda não são claros mas com consequências de alguma maneira imprevisíveis, e que, certamente, poderão levar os desalinhados a mudarem de partido e ganharam na mesma as eleições nas suas terras.
Esperto que nem um alho e bem filho de quem é, o nosso presidente pôs-se do lado da maioria e como sabe que não pode ser reeleito faz figura de bom social-democrata, solidário com o partido - embora garanta que não é do PSD.
Mas com isso quem perde é Óis da Ribeira, que assim não tem tusto da Câmara - como ele mesmo de queixa.
Num exercício de puro equilibrismo político, imaginemos o nosso presidente de Junta a ser um dos desalinhados. Como prémio, Óis teria obras, a Junta teria dinheiro e o Pires era premiado pelos socialistas. E como ele nem é social-democrata, apesar de estar há 30 anos no PDS, nem lhe custava nada, nem sequer lhe chamavam vira-casacas. Às vezes, digo eu, falta imaginação aos nossos políticos.
13 fevereiro 2011
||| CRISE ESTÁVEL E PRONTA PARA O QUE DER E VIER...
Todos andamos arrepiados com a crise, que nos últimos anos tem vivido e ao nosso lado, como se fosse da família. Porém, em total estabilidade política. Na verdade, tanto José Sócrates como Cavaco Silva completaram calmamente os seus mandatos e ambos foram reeleitos. E o mesmo aconteceu por Óis - onde o presidente Fernando Pires tem ganho eleições atrás de eleições. Portanto, qual crise? Qual instabilidade?
A verdade é esta, como se vê e prova, mas não obstante, a nossa vida é constantemente acompanhada da palavra crise. Que está permanentemente no ar. E afinal, crise de quê?
De dinheiro, nem parece - pois continuamos a ver os restaurantes cheios e as estradas com carros e mais carros para trás e para a frente, lojas cheias e supermercados, idem, idem, aspas, aspas... Portanto, não há crise. Nem instabilidade. Ou, se calhar, a crise está estável e pronta para o que der e vier.
A verdade é esta, como se vê e prova, mas não obstante, a nossa vida é constantemente acompanhada da palavra crise. Que está permanentemente no ar. E afinal, crise de quê?
De dinheiro, nem parece - pois continuamos a ver os restaurantes cheios e as estradas com carros e mais carros para trás e para a frente, lojas cheias e supermercados, idem, idem, aspas, aspas... Portanto, não há crise. Nem instabilidade. Ou, se calhar, a crise está estável e pronta para o que der e vier.
12 fevereiro 2011
||| NÃO MUDEM O NOME À ASSOCIAÇÃO, POR FAVOR...
Hoje é dia de sábado, passei na pateira ao fim da manhã e vi uns sofisticados aparelhos de pesca que me deixaram de olhos banzados. Estes modernos pescadores da pateira tem um tecnologia de tal forma avançada que ultrapassa a minha competência.
Parei no multibanco e reparei que estavam na Arcor os carros dos novos dirigentes. É pá, pensei eu: isto é malta de trabalho, até trabalham ao sábado. É fixe! Temos gente.
Parei, depois. a pensar e dei comigo a considerar que este entusiasmo pode ser fogo de vistas. Afinal, se eles não tiverem o o fogo no rabo logo ao princípio, quando é que hão-de ter? Parei mais um bocadinho e por mim, fiquei a torcer por eles e já agora, se permitem a piada, pela alma do Senhor não mudem o nome da associação. Tem de ser de Óis da Ribeira, não da família do sr. Almeida. Pr favor, dr. Gomes... Se o fizer, eu faço breve!
11 fevereiro 2011
||| ASSIM VAI A VIDA DAS PESSOAS DE OIS DA RIBEIRA!!!
Um ribeirense mandou-me uma mensagem muito interessante, contando que desde que lê o «Contra» se interessou mais pelas coisas de Óis. Fiquei contente.
Disse também que decidiu deixar de fumar, embora fumasse pouco - ele diz mesmo que «muito pouco...» - e que se inspirou num post aqui editado em tempos. Tanto melhor! E que tenha força de vontade suficiente para ganhar esta batalha. Por nós, confessamos a nossa emoção por, mesmo sem querer, termos contribuído para este saudável decisão. E aqui lhe deixamos toda a força do mundo, mais a da Lua, de Marte, de Júpiter, de Saturno, Plutão e aquele planeta novo que há dias descobriram.
Perguntou-me se ainda há o flagelo da droga em Óis. Não lhe sei responder, mas ouvem-se coisas. Ficaria imensamente feliz se, tendo a certeza, lhe pudesse dizer que não.
O meu dia de hoje não foi o melhor do mundo e soube, em telefonema para a família, que há meia dúzia de ribeirenses internados no hospital. É assim a vida das pessoas de Ois da Ribeira.
10 fevereiro 2011
||| O PALHAÇO TIRIRICA E A PALHAÇADA DA POLÍTICA PORTUGUESA...
Não tenho ideia formada sobre a mais-valia que poderá ser a redução dos actuais 230 para 180 deputados da Assembleia da República.
Por princípio, até sou favorável, para se evitarem os custos e as mordomias dessa classe profissional (a de deputados), que é a única que pode aumentar o deu ordenado e reduzir o dos outros, enquanto o diabo esfrega um olho e sem que ninguém lhe vá à mão, ou ao bolso.
Mas acabo de ver no telejornal aquela enorme palhaçada que foi o debate quinzenal e não pude deixar de me lembrar do brasileiro que era palhaço e se fez deputado, com um slogan fatal: «Vote Tiririca, pior que tá não fica». Ou, não menos racional e sarcástico, «não sei o que faz um deputado, mas vote em mim que eu depois explico».
Voltando a Portugal, não me parece ser por aí que passará a credibilização do sistema político ou sequer poupanças significativas na despesa do Estado. Agora o que não percebi bem foi a ideia o ministro dos Assuntos Parlamentares defender publicamente uma proposta destas, aparentemente à revelia do seu Grupo Parlamentar e do Governo que ele próprio integra.
Isto, de verdade, é que me parece uma verdadeira palhaçada.
09 fevereiro 2011
||| A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO PAÍS E EM ÓIS DA RIBEIRA
A violência doméstica assume números escandalosos em Portugal e muita outra deve andar escondida. Por vergonha. Os números ontem noticiados na TV são assustadores: pelo menos 43 mulheres foram assassinadas em 2010, pelos companheiros com quem dividiam amores, casa, mesa e cama. Quase uma por semana. Fora os que não se conheceram.
E ter-se-ão feito 250 homicídios de mulheres nos últimos sete anos. E não esqueçamos que também alguns homens foram mortos pelas companheiras.
Bem perto de Óis, na Mamarrosa, no sábado, foi um sogro que, de pistola em punho, assassinou o ex-companheiro da filha e pai da neta.
A estas mortes podem juntar-se os assassínios de crianças e os maus tratos físicos e psicológicos que não dão em morte, ou nem chegam aos noticiários das televisões e dos jornais e teremos uma ideia aproximada da realidade que nos rodeia.
Óis da Ribeira, que eu me lembre, teve dois dramas desta natureza: um casal que desapareceu a tiro de revólver (um cônjuge matando o outro e matando-se depois) e um irmão que, por envenenamento, matou o irmão mais velho.
As razões destes dramas, que não adivinhamos, vivem-se muitas vezes por anos seguidos, escondidas debaixo das telhas das casas de cada um. Fora das nossas vistas. Mas são reais. Em Óis também, infelizmente!
08 fevereiro 2011
||| COMENTADOR ANÓNIMO, MAS NEM TANTO...
Se os comentários que enchem a caixa do blogue forem tão maldizentes como as conversas de café, então não seria má ideia fazer-lhe uma limpeza! É que o maldizente não diz mal nem bem, não ataca nem ofende e nem sequer comenta ou opina. O maldizente, de fato ou gravata, de laço, de enxada na mão ou até inteligente e intelectual, diz apenas o que lhe lhe corre nas veias como se se tratasse de uma doença. E não será? Tem dupla, tripla personalidade e, na maioria dos casos, não dá conta do que diz. Outros, fazem-no revoltados com a sua própria falta de capacidade de trabalho, de ajuda, de colaboração, de espirito asssociativo. É tão fácil o bota-abaixo quando não existem quaisquer responsabilidades, quando tudo se pode dizer porque não se esteve "lá", nem nunca irá estar. Óis é pequena mas é grande, muito grande, como grandes são os conterraneos de boa fé. E grandes serão os que aceitaram o desafio de continuar a grande obra da ARCOR, que é, ou deve ser, um orgulho para todos os ribeirenses. A obra fisica está lá, mas outra obra espera pelos homens e mulheres desta terra. Trabalho não vai faltar e é minha convicção que dedicação e empenho também não. Mais do que nunca, as Associações têm, e mais terão no futuro, um papel muito importante na vida das populações. Talvez também por isso, quando olho para a obra da Arcor, dou conta da minha estreiteza de visão do futuro, o que, felizmente, não aconteceu com a geração que a pensou. Tiro-lhe o meu chapéu, tiro sim senhor! Se se conseguir inverter o acto de maldizer, para um sentido crítico sério e construtivo que tenha como alvo o bem estar das associações e a população de Óis, então estaremos a dar uma contribuição que nos deve orgulhar e que nos deixará em paz com nós mesmos. Um bem-haja a todos os que, de uma forma ou de outra, se entregaram e entregam em prol de Óis da Ribeira. - NOTA: Comentário de autor que se faz anónimo, mas não é tanto! O Contra d´Ois subscreve-o integralmente e, por isso, lhe dá rosto em postagem. |
07 fevereiro 2011
||| TER DE BLOGAR SEM TER NET...
Cá por casa, há um bocado a mania das arrumações. É quase uma doença. E assim foi este fim-de-semana, depois de uns bons euros gastos na Staples pusemo-nos a apanhar e a rasgar papeis para arrumar outros, mais novos.
O espaço de deveria servir de arrumações foi transformado em escritório e apanhei um susto: o router não me dava sinal na nova secretária..,o que equivalia a dizer que a net ia ao ar. A trabalheira que eu tive.
Os meus primos, em Óis, n/ têm esse problema e não se cansam de gozar comigo, que ando sempre ás aranhas com a porcaria da net. Mas não desisti, mesmo assim, de arrumações e reorganizações. Não ficou perfeito, mas para lá caminha. Só que fiquei com as mãos a doer e o joelho esquedro esfolado, de andar a limpar o chão.
Sbrou-me para hoje o problema do router, mas um amigo do serviço foi uma simpatia: resolveu-me tudo. Chegou cá casa, estendeu-me um fio e, zás, aí tenho net.
Já pude vir blogar.
06 fevereiro 2011
||| TÊM OBRA PELA FRENTE, SRS. DIRECTORES DA ARCOR
O ano é cheio e feito de épocas, mas mais longas, outras mais curtas - sejam a do frio, a do futebol, a da caça, a da lampreia, a das férias, a das colheitas, a época natalícia, ou escolar, a das greves nos transportes públicos. A partir de hoje começa a época da nova direcção da ARCOR.
Que seja boa, construtiva, dinamizadora, ambiciosa, competente. Que não deixe emarachar no campo de ervas daninhas e mal-dizer tão característico de alguns lavradores da aldeia - que o que mais gostam é de semear dúvidas e dívidas de opinião. Nem sabem, ou não querem, sachar as ervas, mondá-las, podar os problemas, fazer do chão da nossa terra uma seara de trigo limpo.
É um voto amigo, que quer ajudar a desarmadilhar conceitos e preconceitos, desaplastar sentimentos e dúvidas.
Boa sorte, nova Arcor! Têm obra pela frente, srs. directores!
Que seja boa, construtiva, dinamizadora, ambiciosa, competente. Que não deixe emarachar no campo de ervas daninhas e mal-dizer tão característico de alguns lavradores da aldeia - que o que mais gostam é de semear dúvidas e dívidas de opinião. Nem sabem, ou não querem, sachar as ervas, mondá-las, podar os problemas, fazer do chão da nossa terra uma seara de trigo limpo.
É um voto amigo, que quer ajudar a desarmadilhar conceitos e preconceitos, desaplastar sentimentos e dúvidas.
Boa sorte, nova Arcor! Têm obra pela frente, srs. directores!
05 fevereiro 2011
||| ORA VÃO VER O CIRCUITO PEDESTRE DE ÓIS DA RIBEIRA
Fiz esta tarde o circuito pedestre. Fiz, é como quem diz, pois tive de andar a saltar por antos e barrancos para chegar ao fim e desviar-me várias vezes do percurso, que está em estado lastimável.
Demorei um pouco mais de duas horas mas, para tal, endireitei do hangar directamemte para a capela de Santo António, pois já não tinha pés e paciência para ir pelo bico da mota e dar aquela volta pelos gramais e portalvares.
Fiquei com pena de não levar a máquina pois tiraria boas fotografias para aqui mostrar o estado abandonado e lastimoso em que está o percurso - depois de lançado com tanta pompa e circunstância, há dois ou três anos. E não me cruzei com viv´alma, o que quer dizer que não será frequentado, nem vi rasto de outra gente que antes por lá passasse.
Atasquei-me ao pé dos adouros e daqui até ao restaurante tive de me desviar várias vezes do percurso.
Fiquei com pena do que vi!
04 fevereiro 2011
||| UMA PALAVRA AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE ÓIS
Rarissimamente aqui falamos do movimento associativo de Óis da Ribeira, pelo qual temos um enormíssimo respeito - e nomeadamente pelos homens e mulheres que lhe dão corpo. E muita pena temos nós, verdade seja dita, de não podermos participar naquela que é, muito provavelmente, a maior riqueza de Óis.
A leitura dos blogs de Óis e as repetidas bicadas que neles se metem a quem dirige, porém, entristecem-me. Ao modelo de construção que defendemos, existe a tradicional e palavrosa alternativa - que é a ofensa. E nós próprios, no Contra, que temos centenas de comentários «censurados», bem sabemos disso.
O movimento blogueiro ribeirês, mesmo que seja sob capa de anonimato, deveria apontar o dedo às feridas de Óis, mas de modo inteligentemente simples e com elegância. E não é isso que normalmente acontece. Os comentadores atacam, beliscam, até ofendem. São maldizentes. Só isso sabem ser.
Isto vem a propósito do próximo aniversário da Arcor e da posse dos seus novos dirigentes. Gostaria de aqui lhes deixar uma palavra de incentivo, para que dignifiquem uma associação que cresceu a pulso de ferro e é a grande referência de Óis da Ribeira.
A leitura dos blogs de Óis e as repetidas bicadas que neles se metem a quem dirige, porém, entristecem-me. Ao modelo de construção que defendemos, existe a tradicional e palavrosa alternativa - que é a ofensa. E nós próprios, no Contra, que temos centenas de comentários «censurados», bem sabemos disso.
O movimento blogueiro ribeirês, mesmo que seja sob capa de anonimato, deveria apontar o dedo às feridas de Óis, mas de modo inteligentemente simples e com elegância. E não é isso que normalmente acontece. Os comentadores atacam, beliscam, até ofendem. São maldizentes. Só isso sabem ser.
Isto vem a propósito do próximo aniversário da Arcor e da posse dos seus novos dirigentes. Gostaria de aqui lhes deixar uma palavra de incentivo, para que dignifiquem uma associação que cresceu a pulso de ferro e é a grande referência de Óis da Ribeira.
03 fevereiro 2011
||| A REDUÇÃO DO NÚMERO DE DEPUTADOS
O parlamento tem muitos deputados. E ficam caros. Eles e os assessores, as mordomias, os etc´s. E na maior parte do tempo para passarem o tempo a ofenderem-se uns aos outros.
Surpreendeu-me por isso o Ministro dos Assuntos Parlamentares vir propor a redução do número de deputados. Tiro-lhe o meu chapéu.
Não simpatizo particularmente com Jorge Lacão, por razões que aqui não vêem ao caso, pelo que ouvi-lo falar em reduzir o Parlamento a 180 deputados, me surpreendeu. Para mais, enfrentando a força dos dois maiores partidos: o seu próprio PS e o PSD.
A redução do número de deputados, na minha opinião, é algo que devia ter sido feito já ontem. Não só pelo argumento da crise, pois não será tanto por aí que o país poupa (nos salários), mas principalmente pelo exercício do poder político que se ganhará, em qualidade parlamentar, com um menor número de deputados.
Alguns deles andam por lá só a fazer número e a contabilizar salários e mordomias.
02 fevereiro 2011
||| A OBRIGAÇÃO DE ELEGER MULHERES! E HOMOSSEXUAIS?
A Lei da Paridade, que, por exemplo, exige um determinado número de mulheres por cada grupo de eleitos da política, enoja-me e revolta-me.
Sou contra.
Tão contra como, por princípio, sou contra leis que condicionem a liberdade de escolha dos cidadãos em relação aos seus políticos. Lei que, paradoxalmente, nos obriga a ter de votar e eleger uma mulher, mesmo que não queiramos e ela não valha nada.
A Lei da Paridade, por muito interessante que possa parecer, é completamente destituída de significado e deveria ser revogada, por, do meu ponto de vista, ir contra a liberdade de escolha dos cidadãos e condicionar de forma inaceitável as práticas de organizações que não estão sob a alçada do Estado - sejam os partidos, sejam as listas independentes.. É uma intromissão estapafúrdia e abusadora.
Antes desta lei, não existia discriminação em relação a qualquer pessoa ou género e se existia nos partidos, cabia ao povo ter isso em atenção no acto de os escolher. E o povo teria o direito total para ajuizar sobre cada um dos candidatos.
O mais interessante de tudo é que com a nova lei da paridade o número de mulheres no Parlamento diminuiu. E não se vêem mais mulheres nas Câmaras, para além das que a lei obriga. Muito menos nas Juntas de Freguesia. E em Óis. E se alguma vez forem eleitas, ficarão sempre sob o estigma e a suspeição de o terem sido por imposição da lei. Não por livre escolha dos eleitores.
Já agora, e porque está na moda, porque não exigir que cada lista tenha um homossexual, um solteirão ou um tipo de barbas?! Uma senhora de biquini e mini-saia, ou com bigode, ou um dos gajos que andam a assaltar casas em Óis? Isso, sim, isso é que seria uma verdadeira Lei de Paridades|
01 fevereiro 2011
||| O DESEMPREGO E O VOLTAR A TRABALHAR NA TERRA...
A gente lê os jornais e repara que Portugal terá para aí 1 milhão de trabalhadores precários e que a geração que agora entra no mercado de trabalho - e que é mais qualificada que a do meu tempo, salvo seja! - luta insanamente para conseguir ter empregos a 500 euros. 500 eurozinhos, que é um pouquinho mais que o ordenado mínimo nacional. E não os consegue.
Olho para isto e, com a sorte de nunca ter tido problemas de trabalho, estranho que esta precariedade laboral continue tão distante da agenda política e só se ouça o 1º. Ministro a falar de emprego quando uma chafarrica qualquer cria meia dúzia de postos de trabalho, mesmo que seja temporário.
Não sei quantos desempregados há em Óis. E se os há! E se os que trabalham o fazem em regime de precariedade, se são contratados ou efectivos. Mas receio que dentro de alguns (poucos) anos a situação se torne complicada e muitos de nós tenhamos de voltar às origens. Isto é: trabalhar na terra.
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