Alguém me dizia há dias que a coragem tem de ser inteligente. E eu, na verdade, suspeito que a coragem e a inteligência podem ser qualidades mas não são virtudes. Para o serem, julgo que terão de ser justas. Um celerado corajoso é um perigo, da mesma forma que um patife inteligente é uma ameaça. Um soldado que mata na guerra, pode ser corajoso, mas virtuoso não é, seguramente.
Dito isto, acredito também que para a acção política ser justa tem de ser reflectida mas não pode ser calculada. Se apenas for atrevida e/ou esperta nunca será nobre mas depressa será vã. E as alegadas coragens para o amanhã, são a mais vil cobardia de hoje e de agora. Portanto, e se bem entenderam, até amanhã, se Deus quiser.
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