23 novembro 2011

||| NÃO HÁ DINHEIRO, FECHAM-SE AS PORTAS...


O Contra apreciou a decisão do Secretário de Estado da Cultura: demitir o director do Teatro Nacional D. Maria, que se armou em carapau de corrida porque, por causa das medidas de austeridade, lhe cortaram o orçamento.
E, assim, já não podia brincar às programações.
O que Diogo Infante, o tal director, tinha a fazer era, no tempo das vacas menos gordas que se passa, fazer obra com o que tem. Isso é que era avaria de gajo competente. E não comportar-se como menino mimado e birrento, a quem  tiraram a chupeta - neste caso, a massa para ele desbaratar com a tal programação, que ele mesmo programou, para gastar o dinheiro que lhe davam e dando tachos aos amigos.
Foi demitido, caso arrumado.
Outro virá.
O surpreendente nisto tudo é a coragem do Secretário de Estado da Cultura, que não se pôs de cócoras a estes pequenos ditadores instalados na área da cultura, que agem como querem, gastando o dinheiro que lhe dão, pois quanto a arranjá-lo, tá quieto.

Portugal inteiro sabe dos dramáticos constrangimentos financeiros que o país atravessa, com muita gente (centenas de milhares de portugueses...) a reclamarem pão para a boca.
O Contra, logo por isso, acha perfeitamente normal que o orçamento para a cultura seja limitado. Não querendo fazer populismo barato, diríamos até que mais vale ter pão para a boca que palmas para o palco.
Outras governações assim parecido fazem: cortam, cortam, cortam..., sem buscar receitas, ou procurar alternativas.
Sem trabalhar para justificar e honrar o lugar.
Vão pelo mais fácil: não há cego, não se toca viola.
Pelo mais dramático: não há dinheiro, fecham-se as portas.
A história e os valores institucionais não contam para alguns governadores.

6 comentários:

Pilriteiro disse...

Pois...mas para tocar viola é preciso ter unhas!!

Anónimo disse...

Que bem informado que anda o Contra. Ou será que é exactamente esse o problema??

Margon disse...

cortam, cortam,... e quando não houver mai para cortar, nem mais para dar,... o melhor é contratar o cego e a viola para angariar alguma receita...

Anónimo disse...

Devia ir tudo para a rua...

Anónimo disse...

Permitam-me que partilhe um texto que apesar de ter tido o seu tempo, julgo ser actual e pertinente:
"Leiam este texto com atenção: «O principal para que o Governo tenha êxito é sabe...r persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Tomar decisões. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Aguentar de pé. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre - e só - o futuro.» Sabem quem o escreveu? Exacto: Mário Soares. Em 1984. Numa altura em que a situação social do país era bem pior do que hoje. Tão má que muitos trabalhadores trabalhavam mesmo com meses de salários em atraso. Tão tensa que, na campanha presidencial de 1986, Soares teve de enfrantar manifestantes violentos na Marinha Grande. Ganhou essas eleições por causa da sua coragem. Hoje como seria?"

Anónimo disse...

O Contra anda sempre com indirectas, porque é que não vai governar a associação, talvez assim pudesse perceber melhor o que custa e deixasse de mandar bitaites.